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Franklin Ferreira

Franklin Ferreira

Franklin Ferreira é pastor da Igreja da Trindade e reitor e professor de teologia sistemática e história da igreja no Seminário Martin Bucer, em São José dos Campos-SP, professor-adjunto no Puritan Reformed Theological Seminary, em Grand Rapids-MI, nos Estados Unidos, secretário geral do Conselho Deliberativo do IBDR e consultor acadêmico de Edições Vida Nova.

Filmes

A história de Israel no cinema

Messala (à esquerda, interpretado por Stephen Boyd) e Ben Hur (à direita, interpretado por Charlton Heston), em cena de "Ben Hur". (Foto: Warner Bros./Divulgação)

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Após os romanos terem esmagado a revolta de Simão bar Kochba, em 136 d.C., os judeus foram proibidos de pisar em Jerusalém e na Judeia. Apesar de alguns judeus terem sido autorizados a voltar para sua terra nos anos que se seguiram à Segunda Guerra Judaica, não houve imigração judaica significativa até o início de 1800. A partir desta data os judeus começaram a chegar à região, então sob disputa entre egípcios e turcos, com os números aumentando dramaticamente no decorrer das décadas. Tendo vencido os turcos otomanos após o fim da Primeira Guerra Mundial, a região ficou sob controle do Reino Unido.

A fundação do Estado de Israel

Após a Segunda Guerra Mundial, o brasileiro Oswaldo Aranha presidiu, em 1947, a sessão especial da Assembleia Geral das Nações Unidas e apoiou a partição da Palestina britânica, evento que levou à criação do Estado de Israel, no ano seguinte. A resolução também previa um Estado árabe, então inexistente. O brasileiro é considerado fundamental para a decisão das Nações Unidas, sobretudo por ter buscado votos a favor de Israel. No fim, dez países, incluindo o Reino Unido, abstiveram-se. Outros 13, incluindo todos os países árabes, opuseram-se. E 33, incluindo os Estados Unidos e a União Soviética, votaram a favor da fundação do Estado de Israel. Mas os britânicos não cumpriram com a determinação e os países árabes se opuseram à repartição do território, deixando tudo como estava. Este é o contexto que levou os judeus a declararem sua independência, em 14 de maio de 1948.

Os parágrafos introdutórios da Declaração da Independência do Estado de Israel, promulgada nessa data, no salão do antigo Museu Nacional de Tel Aviv, são comoventes:

“A terra de Israel é o local de origem do povo judeu. Aqui a sua identidade espiritual, política e religiosa foi moldada. Aqui eles primeiro atingiram a formação de um Estado, criaram valores culturais de significância nacional e universal e deram ao mundo o eterno Livro dos Livros. Depois de serem forçosamente exilados de sua terra, o povo conservou consigo sua fé durante sua Dispersão e nunca deixou de orar e sonhar com o retorno para sua terra e com a restauração, lá, de sua liberdade política. Impelidos por sua ligação histórica e de tradições, judeus lutaram geração após geração para se restabelecerem em sua antiga terra natal. Nas décadas recentes, eles voltaram em massa. Pioneiros, desafiadores refugiados e defensores, eles fizeram desertos florescerem, reavivaram a língua hebraica, construíram vilarejos e pequenas cidades, criaram uma próspera comunidade que controla a sua própria economia e cultura, amando a paz, mas sabendo como se defender, trazendo as bênçãos de progresso para todos os habitantes do país e aspirando a um Estado independente.”

O judaísmo envolve uma mistura misteriosa de fé (Deus e Torá) e povo ligados a uma pátria (a terra de Israel), com um senso de destino concomitante

Como apontado por Abraham Joshua Heschel, existem quatro pilares sobre os quais o judaísmo se sustenta: Deus, a Torá, o povo de Israel e a terra de Israel, cada um dependendo do outro. Assim, o judaísmo envolve uma mistura misteriosa de fé (Deus e Torá) e povo ligados a uma pátria (a terra de Israel), com um senso de destino concomitante. Estas ênfases, em maior ou menor grau, guiaram a fundação do Estado de Israel e estão consagradas em sua Declaração de Independência.

O presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, reconheceu a soberania do Estado de Israel. Truman, um crente batista devoto que se tornou um sionista por sua própria leitura da Bíblia, desafiou o Departamento de Estado e quase todos os seus conselheiros, tanto ao apoiar a resolução das Nações Unidas para reconhecer o Estado de Israel quanto ao declarar o reconhecimento dos Estados Unidos ao novo Estado. Quando foi apresentado no Seminário Teológico Judaico, em 1953, como “o homem que ajudou a criar o Estado de Israel”, Truman protestou: “O que você quer dizer com ‘ajudou a criar’?! Eu sou Ciro! Eu sou Ciro!” Truman se percebia como o Ciro dos dias modernos, o novo restaurador de Israel.

Winston Churchill, que foi o primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial, escreveu em meados de 1953:

“Desde a Declaração de Balfour, em 1917, tenho sido um fiel defensor da causa sionista. [...] Como potência detentora de mandato, a Inglaterra viu-se frente ao espinhoso problema de combinar a imigração judaica para seu lar com a salvaguarda dos direitos dos habitantes árabes. Poucos de nós poderíamos censurar o povo judeu por suas opiniões violentas sobre o assunto. Não se pode esperar que uma raça que sofreu praticamente o extermínio de sua existência nacional seja inteiramente ponderada. [...] Espicaçados pelos assassinatos [de militares e civis ingleses] na Palestina, insultados pelos países do Oriente Médio e até por nossos aliados, não foi de surpreender que o governo inglês da época [do primeiro-ministro trabalhista Clement Attlee] viesse enfim a lavar suas mãos desse problema e deixar que, em 1948, os judeus achassem sua própria salvação. A breve guerra que se seguiu dissipou dramaticamente a confiança nos países árabes, que se juntaram para matar uma presa fácil. [...] Vejo com admiração o trabalho feito ali para construir uma nação, para recuperar o deserto e para receber inúmeros desafortunados, provenientes das comunidades judaicas do mundo inteiro. Mas a perspectiva é sombria. [...] Os países árabes professam uma hostilidade irreconciliável em relação ao novo Estado. [...] É um panorama tenebroso e ameaçador de violência e loucura ilimitadas. Uma coisa é certa. A honra e a sensatez exigem que o Estado de Israel seja preservado e que essa raça corajosa, dinâmica e complexa possa viver em paz com seus vizinhos. Eles podem levar àquela área uma contribuição inestimável em conhecimentos científicos, operosidade e produtividade. Devem receber uma oportunidade de fazê-lo, pelo bem de todo o Oriente Médio.” 

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A sangrenta guerra de 1948

Imediatamente após a declaração de independência de Israel, nações árabes muito mais poderosas – Egito, Síria, Iraque, Jordânia, Líbano e Arábia Saudita – atacaram Israel. E esta ofensiva árabe contra a comunidade judaica foi de uma selvageria poucas vezes vista. Houve assassinatos indiscriminados, estupros, saques e pilhagens. Feridos e mortos foram mutilados. Quando os exércitos árabes invadiram o território em disputa, nenhum judeu que caiu em suas mãos foi poupado. Todo judeu era considerado um inimigo a ser destruído. Militares árabes, sob ordens da Alta Comissão Árabe, também retiraram os habitantes árabes de aldeias na região, por razões militares, prometendo que, depois da guerra, e com a derrota de Israel, eles voltariam a ocupar seus lares.

Quando a maré da guerra virou, a população árabe supôs que haveria retaliação se os judeus fossem vitoriosos. Assim, com medo da vingança, 700 mil árabes palestinos fugiram, acreditando que os judeus agiriam como os árabes haviam agido antes contra os judeus. Estes árabes nunca foram integrados em outros países árabes, tornando-se meros joguetes no tabuleiro do poder do Oriente Médio.

A pretexto da fundação do Estado de Israel, cerca de 900 mil judeus foram expulsos de países árabes, entre 1948 e 1970. Estes foram integrados no novo Estado. A guerra de independência de 1948 foi a mais sangrenta das guerras travadas por Israel. Custou 6.373 mortos, quase 1% da comunidade judaica. E a vitória de Israel nesta guerra salvou os judeus de um segundo Holocausto. Hoje os árabes possuem 99,6% de todo o Oriente Médio e Norte da África, enquanto Israel corresponde a 0,4% de todo o território.

O Holocausto e Israel

De forma dramática, a fundação do Estado de Israel está ligada à morte dos 6 milhões de judeus no Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial. A fundação de Israel refletiu a determinação, por parte de seus fundadores, de que os judeus deveriam possuir algum lugar onde tivessem segurança nacional e controle de seu destino, tanto quanto qualquer outro povo.

A vitória de Israel na guerra de independência salvou os judeus de um segundo Holocausto. Hoje os árabes possuem 99,6% de todo o Oriente Médio e Norte da África, enquanto Israel corresponde a 0,4% de todo o território

Aqui se pode lembrar de uma história sobre a fundação de Israel, compartilhada pelo neto do primeiro premiê israelense, David Ben-Gurion:

“Conta-se que Ben-Gurion, em 1954, visitou os EUA para se reunir com o presidente [Dwight] Eisenhower para solicitar sua assistência e apoio nos primeiros e difíceis dias do Estado de Israel. Em um de seus encontros com o então secretário de Estado, John Foster Dulles, este o desafiou com muita soberba: ‘Diga-me, senhor primeiro-ministro – a quem você e seu Estado representam realmente? Será que os judeus da Polônia, talvez do Iêmen, da Romênia, do Marrocos, do Iraque, da União Soviética ou talvez do Brasil? Depois de 2 mil anos de exílio, é possível falar honestamente de um só povo judeu, de uma única cultura [judaica]?’ Ben-Gurion respondeu-lhe: ‘Olhe, senhor secretário – há 300 anos o Mayflower partiu da Inglaterra, e ele transportava os primeiros colonos que se estabeleceram no que se tornaria a maior potência democrática, conhecida como os Estados Unidos da América. Agora, faça-me um favor – peço-lhe que saia nas ruas e pergunte a dez crianças americanas o seguinte: Qual era o nome do capitão do Mayflower? Quanto tempo durou a viagem? O que as pessoas que estavam no navio comeram? Quais eram as condições de navegação durante a viagem? Tenho certeza de que você concordaria comigo que há uma boa chance de você não obter uma boa resposta para essas perguntas. Agora, em contraste – não há 300 anos, mas há mais de 3 mil anos, os judeus deixaram a terra do Egito. Gostaria de lhe pedir, senhor secretário, que em algumas de suas viagens pelo mundo tente conhecer dez crianças judias em diferentes países. E pergunte a elas: Qual era o nome do líder que tirou os judeus do Egito? Quanto tempo eles levaram para chegar à terra de Israel? O que eles comeram durante o período em que vagaram pelo deserto? E o que aconteceu com o mar quando o encontraram? Quando tiver as respostas, e se surpreender, tente lembrar e reconsiderar a pergunta que acabou de me fazer’.”

E havia o reconhecimento de que a maioria dos países na Europa ou América não poderia proteger os direitos das minorias judaicas. Com a fundação do Estado de Israel, o judaísmo concedeu a si uma forma de proteção que deveria ser afirmada e apoiada. Mas, no século 21, vai ficando evidente que o mundo tem memória curta. Após décadas do Holocausto judeu, há grande número de pessoas que nunca ouviram ou que esqueceram que Israel, como um povo, quase foi destruído na Europa, há não muito tempo atrás, por Adolf Hitler.

Uma mudança de percepção

Mas, embora a maioria dos cristãos ocidentais continue a demonstrar compaixão em relação aos judeus, sua intensidade tem diminuído – na mesma medida do sentimento de penitência, ditado pela conturbada relação da Igreja com os judeus. Em parte, isso se deve ao fato de que o Estado de Israel foi capaz de seguir em frente sozinho, quando o perigo mortal o ameaçava, e sempre venceu as batalhas decisivas. Nas guerras de 1948, 1967 e 1973, Israel se defendeu vitoriosamente do ataque de países árabes mais poderosos, que queriam “jogar os judeus no Mediterrâneo”, exterminando-os. Assim, para muitos cristãos, o próprio fato de poderem se defender muda a condição de Israel de oprimidos para opressores, embora as ações israelenses sejam sempre defensivas. Para os críticos de Israel, os judeus cometeram o erro de vencer suas batalhas. Os judeus são, agora, culpados de insistir em ser os sujeitos de sua própria história, não apenas os que sobrevivem dependendo do capricho de outros. Isso levou os adeptos das distorcidas teologias da libertação a se inclinarem para os palestinos e seus apoiadores, fustigando Israel.

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Com isso, nas últimas décadas, houve dramática diminuição do apoio a Israel entre as principais denominações protestantes nos Estados Unidos e Europa. E cada vez mais estas mesmas atitudes são reproduzidas pelas esquerdas nos Estados Unidos, Europa e América Latina. Para estes, o estabelecimento de Israel foi uma mera manifestação do nacionalismo do século 19, que deveria ser rejeitado junto com outros nacionalismos suspeitos. Esses movimentos na igreja e na sociedade classificam Israel como um estado de apartheid. Documentos contrários a Israel, inclusive preparados por líderes e igrejas protestantes, criminalizam continuamente a única democracia do Oriente Médio, e não há uma crítica sequer contra os regimes totalitários islâmicos, ao terrorismo islâmico ou ao Hamas, o Hezbollah e o Irã. Eles tentam ditar como Israel deve se defender e até lideram campanhas para boicotar empresas que fazem negócios com Israel. No rastro da fala abjeta de Lula, comparando os ataques de Israel ao Hamas à tragédia do Holocausto, aumentaram em 263% as denúncias de ataques contra os judeus ocorridas em escolas, universidades, redes sociais e grupos de WhatsApp. Esse porcentual representa quase um terço do total de denúncias do ano passado inteiro.

Um problema sem solução

Desde que o Estado de Israel foi proclamado em 1948, o Oriente Médio tem sido um barril de pólvora pronto para explodir à menor provocação. Os problemas que judeus e árabes enfrentam duram séculos. Os judeus estão presentes na região há mais de 3 mil anos. E, dos séculos 2.º ao 19, “Palestina” nunca foi claramente distinguida de uma “Síria” muito maior, e muitas vezes significava apenas a faixa costeira ao longo do Mediterrâneo – separada das regiões interiores, chamadas Judeia, Samaria e Galileia. As reivindicações políticas dos palestinos são recentes. Em 1937, o líder árabe Auni Bey Abdul Hadi disse à Comissão Real Britânica: “Não existe Palestina. ‘Palestina’ é um termo que os sionistas inventaram. [...] Nosso país foi durante séculos parte da Síria”. Até 1967, os árabes da região se consideravam jordanianos. Em 1977, Zuheir Mohsen, membro executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), disse ao jornal holandês Trouw que “não há diferenças entre jordanianos, palestinos, sírios e libaneses”, são todos parte de uma “nação árabe”, embora a identidade palestina fosse enfatizada por razões políticas: “Não existe ‘povo palestino’. A criação de um Estado palestino é apenas um meio para continuar a nossa luta contra o Estado de Israel”.

O problema sem solução é que a própria existência de Israel é um problema para os árabes. Assim, é incrivelmente ingênuo pensar que o simples desmantelamento do Estado de Israel teria sucesso na diminuição do terrorismo islâmico ou de pretensões territoriais árabes. Na verdade, o terror islâmico atingiria os países ocidentais com mais virulência, precisamente porque o fim de Israel seria percebido como a “derrota” da suposta “conspiração sionista-cruzada”. Assim, ficar ao lado de Israel é permanecer ao lado da única democracia de todo o Oriente Médio.

Israel no cinema e na televisão

Tendo já indicado filmes, séries e documentários sobre o Holocausto, ofereço recomendações de novos filmes, agora abordando a história dos judeus, de Israel e do Holocausto.

Ben Hur (1959), épico baseado no romance do major-general Lew Wallace, considerado “o livro cristão mais influente do século 19”, e ambientado entre 26 e 35 d.C., conta a vida de um príncipe judeu, Judá ben Hur, que, ao ser injustamente acusado pelo tribuno Messala de tentar matar o prefeito Valério Grato, acaba escravizado, sendo enviado para as galés. Ao recuperar a liberdade, buscando vingança, encontrará a salvação. Ganhador de 11 Oscars em 1960, inclusive o de melhor filme.

A própria existência de Israel é um problema para os árabes. Assim, é incrivelmente ingênuo pensar que o simples desmantelamento do Estado de Israel teria sucesso na diminuição do terrorismo islâmico ou de pretensões territoriais árabes

Masada (1981) é uma reconstrução histórica baseada na obra de Ernest K. Gann, e centrada em duas personagens, o legado Cornélio Flávio Silva, comandante da legião X Fretensis, e Eleazar ben Jair, líder dos guerrilheiros judeus entrincheirados na fortaleza de Massada. O filme, que se passa entre 72-73 d.C., retrata magistralmente os estágios finais da Primeira Guerra Judaica, tendo sido filmado no famoso sítio histórico.

Um violonista no telhado (1971) é um musical que se passa numa aldeia fictícia, na Rússia imperial, em 1905, e mostra, a partir da vida de um pobre leiteiro judeu e o desafio de casar suas cinco filhas, o relacionamento e as tensões entre as comunidades judaica e cristã ortodoxa, e o impacto de um decreto do czar Nicolau II, que obrigou todos os judeus a abandonar a aldeia, condenando a família ao exílio e à dispersão. Ganhador de quatro Oscars.

The Lighthorsemen (1987) é uma reconstrução histórica sobre a batalha de Beersheba, em 31 de outubro de 1917, travada pela 4.ª Brigada de Cavalaria Ligeira australiana, comandada pelo general Harry Chauvel, que combateu sob a EEF contra os turcos otomanos, durante a campanha britânica no Sinai e na Palestina, na Primeira Guerra Mundial. Na época, muitos cristãos evangélicos viram a carga da cavalaria australiana na batalha como cumprimento de profecias do Antigo Testamento, ao ajudar a devolver Israel aos judeus.

A Woman Called Golda (1982) é uma biografia histórica de Golda Meir, mãe fundadora de Israel, nascida na Rússia e criada nos Estados Unidos, e que vivenciou os momentos mais marcantes de seu país, sendo eleita primeira-ministra em 1969, e renunciando pouco depois da Guerra do Yom Kippur, em 1974.

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Above and Beyond (2014) é um documentário que retrata a história de pilotos americanos, britânicos e israelenses, como Al Schwimmer, George “Buzz” Beurling, Lou Lenart, Milton Rubenfeld, Harold Livingston, George Lichter, Modi Alon, Ezer Weizman e Dani Shapira, que ajudaram a fundar a Força Aérea de Israel, para ajudar a defender o novo Estado de Israel, durante a Guerra de Independência de 1948, contra os exércitos árabes que buscavam destruir o novo país.

The Chosen (1981) é uma adaptação literária de uma obra de Chaim Potok e se passa em 1944, no Brooklyn, Nova York, retratando a amizade de dois adolescentes judeus – um de família hassídica, e o outro de família ortodoxa moderna. A importância da tradição, as expectativas dos pais e a formação do Estado de Israel geram debates e atritos, que desafiam a amizade e o futuro de ambos, resumindo o debate entre os judeus ortodoxos modernos, que acreditavam na luta pela fundação de um Estado judeu na Palestina, e os judeus hassídicos, que criam que somente o Messias lhes concederia a terra.

Exodus (1960) é uma adaptação literária de uma obra de Leon Uris, que remonta aos anos de 1947 e 1948, abordando os acontecimentos relacionados à tentativa real do navio cargueiro SS Exodus de chegar à costa palestina com 600 judeus que fugiam de um campo de detenção em Chipre e a luta para a fundação do Estado de Israel. Vencedor de um Oscar, em 1960. Uris escreveu depois, quando o livro se tornou um sucessointernacional: “Exodus é a história do maior milagre dos nossos tempos, um evento sem igual na história: o renascimento de uma nação que havia sido dispersada 2 mil anos antes. Conta a história dos judeus retornando após séculos de abuso, indignidades, tortura e assassinato para esculpir um oásis na areia com coragem e sangue... Exodus trata de pessoas guerreiras, pessoas que não se desculpam nem por terem nascido judeus, nem pelo direito de viver com dignidade humana”. David Ben-Gurion comentou que “como peça de propaganda, [o livro] é a maior coisa já escrita sobre Israel”.

O Jerusalem (2006) é uma adaptação literária de uma obra de Dominique Lapierre e Larry Collins, e acompanha a amizade de dois americanos, um judeu e um árabe, enquanto retrata Jerusalém de 1947 a 1949, a guerra de independência de Israel e o fim do Mandato Britânico da Palestina.

No rastro da fala abjeta de Lula, comparando os ataques de Israel ao Hamas à tragédia do Holocausto, aumentaram em 263% as denúncias de ataques contra os judeus ocorridas em escolas, universidades, redes sociais e grupos de WhatsApp

Operação Final (2018) é uma reconstrução histórica da ação de uma equipe do Mossad que caçou e capturou o criminoso nazista Adolf Eichmann, um dos principais organizadores do Holocausto, enquanto vivia escondido na Argentina, além de sua prisão e julgamento em Israel, onde foi executado por seus crimes, em 1962.

Munique, 1972: um dia em setembro (1999) é um documentário sobre o ataque terrorista que culminou no assassinato de 11 atletas israelenses nos Jogos Olímpicos de Munique, na Alemanha, em setembro de 1972. Premiado com o Oscar de melhor documentário, em 2000.

Munique (2005) é uma ficção histórica baseada nos eventos que se seguiram ao ataque terrorista contra os atletas israelenses em Munique, quando uma equipe do Mossad caçou e matou, entre 1972 e 1979, os terroristas palestinos da Organização Setembro Negro, responsáveis pelo ataque na Alemanha.

Valley of Tears (2020) é uma ficção histórica em dez episódios que retrata as batalhas ocorridas nas Colinas de Golã e no Monte Hermon, na Guerra do Yom Kippur, iniciada em 6 de outubro de 1973, quando os Estados árabes liderados pelo Egito e pela Síria lançaram um ataque de surpresa e quase derrotaram Israel no dia mais sagrado do calendário judaico, o dia da expiação, Yom Kippur.

Golda: a mulher de uma nação (2023) é uma biografia histórica sobre Golda Meir, a quarta primeira-ministra de Israel, durante a Guerra do Yom Kippur, e sua interação com o diretor do Mossad, Zvi Zamir, os principais comandantes das Forças de Defesa de Israel (FDI) e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Henry Kissinger.

Para os críticos de Israel, os judeus cometeram o erro de vencer suas batalhas. Os judeus são, agora, culpados de insistir em ser os sujeitos de sua própria história, não apenas os que sobrevivem dependendo do capricho de outros

Raid on Entebbe (1977) é uma reconstrução histórica que descreve as discussões do governo israelense liderado pelo primeiro-ministro Yitzhak Rabin, a preparação da equipe das forças especiais de Israel, a Sayeret Matkal, comandada pelo tenente-coronel Yonatan Netanyahu, irmão do futuro primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e o espetacular resgate dos reféns judeus mantidos em cativeiro no aeroporto de Entebbe, em Uganda, em 4 de julho de 1976.

The Red Sea Diving Resort (2019) é uma reconstrução histórica baseada nos eventos da Operação Moisés e da Operação Josué, ocorridas em 1984 e 1985, nas quais o Mossad resgatou secretamente refugiados judeus-etíopes que sofriam perseguições no Sudão, na África, contrabandeando-os até a segurança de Israel. Eles utilizaram uma base no antigo resort de férias abandonado da Vila de Arous, na costa do Mar Vermelho sudanês, cerca de 70 quilômetros ao norte de Porto Sudão.

Beaufort (2007) é uma adaptação literária de uma obra de Ron Leshem, e acompanha uma unidade das Forças de Defesa de Israel estacionada na fortaleza dos cruzados do século 12, o Castelo de Beaufort, antes da retirada israelense em 2000, que encerrou um conflito de 18 anos no sul do Líbano.

One Life (2023) é uma biografia histórica sobre Sir Nicholas Winton, que retrata como ele, um corretor em Londres, organizou o resgate de 669 crianças judias da Tchecoslováquia antes da Segunda Guerra Mundial. Em 1988, em um programa de televisão, reencontrou algumas das crianças salvas, recebendo reconhecimento por seus atos heroicos. A BBC, em sua publicidade para o filme, anunciou que Winton havia salvado “crianças da Europa Central”. Após protestos, a BBC alterou a descrição do filme, afirmando que ele havia salvado “crianças predominantemente judias”.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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