Em Apocalipse 17,1–19,5 aparece a queda da Babilônia, um símbolo para a cidade de Roma com sua imoralidade, mas também representando as seduções do mundo. O paganismo romano havia transformado cada uma das sete cidades da Ásia Menor nas quais as igrejas ali reunidas liam as visões de João numa pequena manifestação desta Babilônia. Nesse contexto, para que houvesse participação econômica e social era necessário assistir a festas religiosas pagãs. Esperava-se adoração ao imperador de Roma como expressão de lealdade política. E, porque os cristãos não adoravam os muitos deuses, os pagãos os chamavam de ateus; também de “detestadores da humanidade”, porque os cristãos não participavam de formas comprometedoras de vida social. Portanto, a Babilônia representa o sistema do mundo governado pela besta, englobando aspectos religiosos, econômicos e políticos. Também representa várias situações históricas, inclusive a manifestação final e culminante desta Babilônia, imediatamente antes da segunda vinda de Jesus.
Assim, na visão de João, o primeiro estágio da destruição da Babilônia ocorre em 17,1–19,5. Ali, o juízo preliminar da prostituta aconteceu mediante uma guerra civil dirigida por Deus (17,16-17), quando a besta e os reis vassalos – os dez chifres – se voltaram contra ela. Assim, o sistema político, econômico e religioso da Babilônia foi destruído. Somos convidados a louvar ao único Deus por quem Ele é, por seus juízos serem justos e verdadeiros, por Ele punir a prostituta e reinar sobre todas as coisas. Sobretudo devemos louvar porque a grande vitória de Deus será alcançada por seu poder somente, e resultará em sua glória (19,1-5). Resta apenas Jesus vir do céu e derrotar a besta e seus exércitos. É exatamente isso o que ele fará e, então, estabelecerá o seu reino de justiça na terra – e isso é revelado ao apóstolo João, em Apocalipse 19,5-21. A pergunta, diante do temível quadro final que se abre é: estamos sob o jugo da besta ou sob o senhorio de Jesus?
A Babilônia representa o sistema do mundo governado pela besta, englobando aspectos religiosos, econômicos e políticos
“Então ouvi o que parecia ser a voz de uma grande multidão, uma voz como de muitas águas e como de fortes trovões, dizendo: ‘Aleluia! Pois reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-Poderoso. Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque chegou a hora das bodas do Cordeiro, e a noiva dele já se preparou. A ela foi permitido vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro’. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos. Então o anjo me disse: Escreva: ‘Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro’. E acrescentou: São estas as verdadeiras palavras de Deus. Prostrei-me diante dos seus pés para adorá-lo. O anjo, porém, me disse: Não faça isso! Sou um servo de Deus, assim como são você e os seus irmãos que guardam o testemunho de Jesus. Adore a Deus! Pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia.
Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e combate com justiça. Os seus olhos são como chama de fogo; na cabeça dele há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém conhece, a não ser ele mesmo. Está vestido com um manto encharcado de sangue, e o seu nome é ‘Verbo de Deus’. Os exércitos do céu o seguiam, montados em cavalos brancos e vestidos de linho finíssimo, branco e puro. Da sua boca sai uma espada afiada, para com ela ferir as nações. Ele mesmo as regerá com cetro de ferro e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso. No seu manto e na sua coxa está escrito um nome: ‘Rei dos reis e Senhor dos senhores’.
Então vi um anjo posto em pé no sol. Ele gritou com voz forte, dizendo a todas as aves que voam pelo meio do céu: Venham, reúnam-se para a grande ceia de Deus, para comer carne de reis, carne de comandantes, carne de poderosos, carne de cavalos e seus cavaleiros, carne de todos, quer livres, quer escravos, tanto pequenos como grandes. E vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, reunidos para fazer guerra contra aquele que estava montado no cavalo e contra o seu exército. Mas a besta foi presa, e com ela foi preso o falso profeta que, com os sinais feitos diante da besta, seduziu aqueles que receberam a marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que queima com enxofre. Os outros foram mortos com a espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo. E todas as aves se fartaram das suas carnes.”
Louvor pelo casamento do Cordeiro
A voz é a mesma que João ouviu expressar louvor pela queda de Babilônia – o som de um exército de anjos, que proclama: Aleluia! Pois reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-Poderoso. A esta altura da composição do Apocalipse o reino de Deus não foi ainda completamente estabelecido; Jesus tem de voltar em triunfo primeiro – um acontecimento que ainda está por vir. João está narrando antecipadamente este acontecimento. O julgamento da Babilônia foi anunciado como o primeiro grande ato do estabelecimento do Reino de Deus. Antes que o governo de Deus obtenha a supremacia, os adversários humanos e demoníacos têm de ser afastados; a vitória sobre estes é o início do governo triunfal de Deus. E a voz anuncia alegremente o casamento do Cordeiro, e este é iminente. Mas este somente se consumará na vinda de Jesus. Este acontecimento do futuro – a união perfeita de Jesus com sua igreja – é o que João está anunciando com a figura do casamento do Cordeiro. À noiva é dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro – ou seja, a noiva tem de enfeitar-se a si mesma para o casamento; mas seu adorno foi lhe dado, como um presente de Deus. E a roupa de casamento é um vestido branco simples. Esta roupa consiste nos atos de justiça dos santos, a perseverança na santidade, a guarda dos mandamentos de Deus e a firmeza na fé em Jesus.
O casamento do Cordeiro foi anunciado por um grande grupo de anjos. Agora, um só anjo profere uma bem-aventurança sobre os que participarão da festa de casamento. Nessa passagem, a igreja é ao mesmo tempo a noiva e os convidados. A noiva é uma referência aos crentes de modo coletivo, e os convidados são os crentes considerados individualmente. A consumação messiânica, além de ser representada como uma ceia de casamento, a ceia das bodas, também é um banquete alegre. Mas ninguém terá acesso à festa de casamento por méritos próprios; todos têm de receber um convite de Deus. Como Grant Osborne escreveu: “Deus está no controle. Ele não somente ‘dá’ a roupa de casamento à noiva, como também ‘chama’ aqueles que deseja que participem da ceia das núpcias”. Pois, de acordo com a Sagrada Escritura, a iniciativa da salvação é sempre a chamada de Deus. O anjo também diz a João: São estas as verdadeiras palavras de Deus. Em face do mal que a igreja passa na terra, o anjo acrescenta uma declaração solene de que esta promessa de bênção e da festa messiânica é palavra de Deus infalível. João foi tomado de pavor com o que ouviu e com a presença do anjo declarando que a bem-aventurança sobre os convidados à ceia era de fato palavra de Deus. É possível que João tenha confundido a voz do anjo com a de Jesus. Mas o anjo repreendeu a João, dizendo que era um conservo de João e dos seus irmãos que guardam o testemunho de Jesus, pois somente Deus pode ser adorado pelos homens.
Aqui podemos perguntar: o que é mais importante – nosso conforto terreno ou a formação de Jesus em nós? O fato de Deus detestar a impiedade da Babilônia e de que a punirá não o impede de usá-la para realizar seus propósitos na nossa vida, nos purificando e santificando. E não importa qual seja o sofrimento que os cristãos passem, há uma recompensa – e que recompensa maior pode haver do que o cristão estar finalmente identificado com Jesus por meio da ressurreição e ter um lugar permanente na festa de casamento do Cordeiro, festejando a união completa entre Jesus e os santos?
A vinda de Jesus vencedor
A passagem continua, e o apóstolo afirma: vi o céu aberto. No início da sua profecia de Apocalipse, João viu uma porta aberta no céu, quando ele foi chamado para ver segredos divinos. O que estas visões indicam agora se tomou realidade, com o céu aberto para abrir caminho para o Messias que vem em triunfo. E o Messias vem em triunfo em meio a imagens espetaculares. O cavalo branco representa a vitória final de Jesus sobre os poderes malignos, que oprimiram o povo de Deus no decorrer dos séculos. E não pode haver erro na identificação do cavaleiro deste cavalo: ele se chama Fiel e Verdadeiro. As duas palavras são praticamente sinônimas, porque a ideia hebraica de verdade corresponde a confiabilidade. Na vida, na morte e na ressurreição de Jesus a fidelidade e veracidade de Deus se revelaram no cumprimento de sua aliança com Israel. A volta de Jesus será para cumprir final e totalmente as promessas da aliança de Deus com seu povo eleito. E o Messias julga e combate com justiça. Assim, a volta triunfal de Jesus será um ato de justiça, refletindo a fidelidade de Deus, porque o extermínio do mal e dos pecadores é parte da salvação divina.
O fato de Deus detestar a impiedade da Babilônia e de que a punirá não o impede de usá-la para realizar seus propósitos na nossa vida, nos purificando e santificando
Também é digo que os seus olhos são como chama de fogo. O olhar de Jesus analisa tudo, e aos seus olhos nada fica oculto. Seus olhos são os do juiz divino que enxerga infalivelmente o interior dos corações e das mentes. E na cabeça dele há muitos diademas. O Messias usa uma coroa pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis, e sua vinda será a manifestação pública e universal da soberania que já é sua, por sua morte e ressurreição – e o seu triunfo sobre todos os poderes hostis. Ele tem um nome escrito que ninguém conhece, a não ser ele mesmo, que pode referir-se a Yahweh, o nome pelo qual Deus se revelou a Moisés. Mas, que ele ainda tenha um nome secreto significa que nenhuma mente humana pode compreender a profundidade do seu ser. Ele está vestido com um manto encharcado de sangue. O quadro do Jesus vencedor usou aspectos da visão de Isaías 63,1-3, do conquistador que pisa o lagar da ira de Deus, e que tem suas roupas manchadas com o sangue dos seus inimigos, vencidos e esmagados em batalha. Jesus aqui é representado como o guerreiro e dominador do mal, não o redentor.
O título Verbo de Deus destaca que Jesus em pessoa é a Palavra de Deus – a personificação de todo o plano de redenção de Deus, cumprimento da profecia do Antigo Testamento e do Novo Testamento. E os exércitos do céu o seguiam, montados em cavalos brancos e vestidos de linho finíssimo, branco e puro. Estes exércitos representam os santos. As roupas brancas e puras dos exércitos celestiais indicam que eles participam da vitória do Messias. Mas esses santos não usam armadura nem têm armas. Assim, nada é mencionado sobre sua atuação no combate; somente o Messias lutará contra seus inimigos. A visão também capta que da sua boca sai uma espada afiada, para com ela ferir as nações; assim, a única arma usada na batalha final será a Palavra de Deus. A ideia nos leva de volta à criação. Deus criou o mundo por meio da sua Palavra. Ele falou, e tudo foi feito. O julgamento do velho sistema será executado por intermédio da Palavra de Deus. A espada com a qual Jesus mata é aquela que sai de sua boca: sua palavra de juízo verdadeiro. E o cetro de ferro é a vara do pastor, que mata os inimigos das ovelhas. O pastorear, nesse caso, não significa cuidar das ovelhas, mas destruir os inimigos predadores.
Por fim, o Messias pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso. O derramamento do sangue dos ímpios será o pagamento justo pelo derramamento do sangue dos santos. O juízo sobre eles será executado porque ele é o Deus todo-poderoso, cuja soberania garante que a justiça será feita. Por fim, no seu manto e na sua coxa está escrito um nome: “Rei dos reis e Senhor dos senhores”. O mundo então conhecerá Jesus como rei dos reis e senhor dos senhores. Jesus, não o imperador romano, é o soberano sobre todos os governantes da terra. O Anticristo pode ser o governante de seus reis vassalos, mas Jesus é soberano sobre tudo e todos, inclusive sobre o Anticristo. Como escreve Richard Bauckham, agora “o céu se abre e a própria verdade, a Palavra de Deus [...], cavalga em direção à terra. Esse é o ponto em que a perspectiva celeste prevalece no plano terreno, dissipando, finalmente, todas as mentiras da besta. Desse modo, ficará evidente aos olhos de todos quem tem a real soberania divina”. Deste modo, o Messias guerreiro é o próprio Jesus-Deus, totalmente soberano sobre tudo e todos.
Na visão de João, o Messias guerreiro se apresenta à igreja montado em um cavalo de guerra branco, como o herói vencedor, e tem vários nomes: ele é o Fiel e Verdadeiro; ele tem um nome escrito que ninguém conhece, a não ser ele mesmo; ele é o Verbo de Deus, aquele que é a Palavra de Deus imbuída de autoridade, tanto juiz quanto executor da sentença; ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores, ou seja, ele, não o dragão nem a besta ou o falso profeta, é o único soberano sobre os reis da terra. De acordo com Richard Bauckham: “Ele vem como ‘rei dos reis e senhor dos senhores’ [...] com o propósito de destruir todo poder político que não reconhece o governo de Deus que ele implementa na terra”. Aqui temos um vislumbre de como o Messias guerreiro agirá no mundo por ocasião de sua segunda vinda triunfal: seu juízo e combate serão totalmente justos e verdadeiros; seus olhos serão como chama de fogo, ou seja, ele verá tudo e saberá tudo, e seu juízo será executado em caráter definitivo; sua veste estará encharcada de sangue dos seus inimigos; ele destruirá as forças do mal com a espada afiada que sai da sua boca; ele pastoreará as nações com o cetro de ferro, que despedaçará e destruirá seus inimigos; e ele pisará o lagar do vinho, uma imagem da ira divina e da destruição dos ímpios. Que imagem poderosa! Que nos rendamos a Jesus enquanto há tempo!
A rápida batalha entre Jesus e o Anticristo
Por fim, João vê um anjo posto em pé no sol, onde todos o podem ver. O anjo gritou com voz forte, chamando todas as aves que voam pelo meio do céu, para que se reúnam para a grande ceia de Deus. Esta ceia contrasta com a ceia das bodas do Cordeiro, onde os santos são convidados. A mensagem é terrível e impactante, garantindo, antes mesmo do início da batalha, que o resultado está definido. E como em Ezequiel 39, esta ceia inclui carne de reis, carne de comandantes, carne de poderosos, carne de cavalos e seus cavaleiros, carne de todos, quer livres, quer escravos, tanto pequenos como grandes. Segundo Richard Bauckham: “O quadro cruel da matança em 19,18-19 faz uso de uma linguagem surpreendentemente universal: ‘carne de todos: livres e escravos, pequenos e grandes’ [...]. Essa não é uma representação das nações que vêm adorar a Deus, mas da destruição daqueles que se recusam a fazê-lo”. Aqui, carne de todos aponta para aqueles que receberam a marca da besta e decidiram aliar-se ao Anticristo, em vez de se humilhar diante dos juízos de Deus, reconhecendo a soberania de Jesus. Todos os participantes da batalha do Armagedom serão destruídos, o mal e os homens maus. Assim, esta batalha final conduz a um clímax todas as batalhas que Deus travou em benefício do seu povo e consuma o triunfo obtido por Jesus na cruz.
João agora vê as forças do inimigo alinhadas, no Armagedom, reunidas para fazer guerra contra aquele que estava montado no cavalo e contra o seu exército. À testa destas forças está a besta – o próprio Anticristo. Em seu apoio vêm os reis da terra, com os seus exércitos. Este é o verdadeiro “dia do Senhor” profetizado no Antigo Testamento. Esperaríamos uma descrição da batalha com os reis da terra, mas em vez disso João trata do seu tema principal, a derrota do Anticristo. A derrota dos reis é secundária. João afirma que a besta foi presa, e com ela foi preso o falso profeta [...]. Os dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que queima com enxofre. O lago de fogo – que remete ao Vale de Hinom, que era o depósito de Jerusalém, onde o fogo nunca se extinguia por causa do lixo que lá era queimado – descreve o julgamento final e irreversível. A ideia é de um castigo consciente recebido no lago de fogo. E o apóstolo fala agora de modo resumido da destruição dos exércitos do Anticristo. Tudo o que ele diz é que eles foram mortos com a espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo. Os exércitos do mal foram totalmente destruídos. Ele conclui: E todas as aves se fartaram das suas carnes. No Antigo Testamento, ser comido por cães ou aves era a humilhação máxima que uma pessoa poderia sofrer. Portanto, Deus está retribuindo aos incrédulos o que eles fizeram aos santos. Grandes massas de pessoas permanecerão sem se arrepender e com o coração endurecido, para os quais não há nada a esperar a não ser o julgamento e a ira do Cordeiro.
A batalha final conduz a um clímax todas as batalhas que Deus travou em benefício do seu povo e consuma o triunfo obtido por Jesus na cruz
Esse trecho impactante do Apocalipse de João nos incentiva a orar, na esperança de que a vitória de Jesus sobre o mal ocorra com celeridade. Nós ainda estamos no meio da luta, experimentando mais sofrimento que triunfo. Todavia, cremos que a vitória final do Messias sobre o mal e a maldade humana está garantida e que o Deus todo-poderoso de fato a alcançará. Essa é a verdadeira mensagem do Apocalipse. Portanto, oremos e confiemos que Jesus, que começou essa batalha na sua primeira vinda, há de encerrá-la em sua segunda vinda com vitória total para sua própria glória. Pois, como se canta em muitas igrejas cristãs, Vencendo vem Jesus:
Os meus olhos viram o esplendor da vinda do Senhor
Que extermina da vindima suas uvas de rancor;
Como um raio é sua espada, flamejante o seu fulgor,
Vencendo vem Jesus!
Glória, glória, aleluia!
O clarim que chama os crentes à batalha já soou;
Jesus, à frente do Seu povo, multidões já conquistou.
O inimigo, em retirada, seu furor patenteou.
Vencendo vem Jesus!
Eis que em glória refulgente sobre as nuvens descerá
E as nações e os reis da terra com poder governará.
Sim, em paz e santidade toda a terra regerá.
Vencendo vem Jesus!
E por fim entronizado as nações há de julgar;
Todos, grandes e pequenos, o Juiz hão de encarar.
E os remidos triunfantes
em fulgor hão de cantar: Venceu o Rei Jesus!
Glória, glória, aleluia!
Mas devemos notar que a batalha do Armagedom, como registrada no Apocalipse, é quase anticlimática. A promessa é que todos que foram recrutados para o exército da besta e participarem desse grande dia da ira derradeira, do maior ao menor, serão massacrados pelo Messias. Em seguida, a batalha é descrita, só que não há embate. Os exércitos estão em ordem de batalha e preparados, mas nenhuma batalha é registrada. O poder do Messias guerreiro sobrepuja a tudo, e a guerra é vencida antes mesmo de começar. A besta e o falso profeta são capturados e enviados ao lago de fogo. Os exércitos do Anticristo são massacrados e as aves, convidadas para se banquetear com as carnes deles. Assim, a grande pergunta, segundo Grant Osborne, é: “Você será aquele que come ou a comida?”
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