Imagem ilustrativa.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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No passado, em momentos críticos, clérigos convocavam a Igreja cristã para se unir em oração e jejum, para implorar perdão e visitação da parte do único Deus, o rei todo-poderoso. Estamos vivendo tempos críticos, em que urge nos dedicarmos à oração pelo nosso país. No próximo 7 de setembro, o Brasil completará 200 anos de independência, e logo no início de outubro teremos eleições importantíssimas. Como cristãos, somos compelidos a orar para que Deus nos livre de maus políticos, governantes corruptos e ideologias totalitárias, para que as eleições sejam limpas e transparentes, e que tenhamos uma nação pacificada e próspera.

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O The Gospel Coalition (TGC, ou “coalizão evangélica”) é uma rede de pastores e líderes evangélicos fundada em 2005, nos Estados Unidos, por D. A. Carson, professor emérito de Novo Testamento na Trinity Evangelical Divinity School, e Timothy Keller, pastor fundador da Redeemer Presbyterian Church, em Nova York. A orientação teológica do TGC é reformada, com ênfase na pregação do Evangelho, na conversão pessoal e na transformação cultural. Esta, como diz Carson, é “uma organização independente – autogovernada, autossustentada e autopromovida [...] – ligada a outras coalizões semelhantes ao redor do mundo em seu compromisso doutrinário e ministerial”.

Em 2018, na 34.ª Conferência Fiel para Pastores e Líderes, foi lançado o segmento brasileiro do TGC, a Coalizão pelo Evangelho. Forjada num ambiente de amizade e colaboração ministerial que, em alguns casos, remonta a 25 anos ou mais, a Coalizão é uma aliança para promover a causa do Reino de Deus e sua mensagem central, isto é, “que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Co 15,3-4). A Coalizão é guiada pelos documentos fundamentais do TGC: a Declaração Confessional e a Visão Teológica de Ministério. Ambos são comentados na obra O Evangelho no Centro, organizada por Carson e Keller.

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Como cristãos, somos compelidos a orar para que Deus nos livre de maus políticos, governantes corruptos e ideologias totalitárias, para que as eleições sejam limpas e transparentes, e que tenhamos uma nação pacificada e próspera

Compartilho a seguir o chamado à oração mais recente redigido pela Coalizão pelo Evangelho, convocando o povo de Deus a se unir em oração pelo nosso país, para que celebremos os 200 anos da Independência do Brasil de maneira pacífica, com atitudes de alegria e gratidão, em constante oração pela nação e intercedendo pelas eleições de outubro. Considere incluir ou solicitar a inclusão nas ordens de culto ou liturgias das igrejas cristãs nos próximos domingos um momento de confissão de pecados, quebrantamento e intercessão, para que Deus visite com seu Espírito Santo sua igreja, a cruz de Cristo Jesus seja magnificada nesta nação, e graça e misericórdia sejam concedidas ao povo brasileiro, além de, eventualmente, ler o seguinte chamado à oração:

Bicentenário da Independência e eleições: carta à Igreja brasileira

Neste 7 de setembro, o Brasil celebra 200 anos de independência. Em meio às comemorações dessa data tão importante, vivemos tempos de definições, visto que em outubro próximo escolheremos os representantes para as casas legislativas estaduais e federal, governadores de estados, bem como o presidente da República.

Por conta desses acontecimentos marcantes, os pastores e líderes abaixo-assinados conclamam para que a Igreja brasileira se coloque em contínua intercessão pelo país nas próximas semanas, até o fim dos pleitos em segundo turno, em jejum e oração, pedindo para que o Deus Uno e Trino, Criador e Redentor, por sua graça, ouça as preces que fazemos pelo nosso país.

Devemos, assim, orar, em primeiro lugar, em ações de graças pelos 200 anos de Independência do Brasil, por vivermos em país sem guerras, com liberdade de religião e de crença, onde podemos pregar abertamente a Palavra de Deus, e cujo território é tão belo, rico em alimentos e diversos recursos naturais. Oremos também, em humilde postura de petição, para que o Senhor mantenha este um país livre e olhe com favor para o Seu povo, guardando-nos de todo mal, trazendo paz e prosperidade para a nação, a fim de vivermos vidas tranquilas e piedosas.

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Quanto às eleições, oremos para que Deus livre o Brasil de maus políticos e governantes corruptos, para que as eleições sejam limpas e transparentes, e que tenhamos uma nação pacificada. Após as eleições, ore em favor dos candidatos eleitos, para que cumpram seus mandatos com sabedoria e pelo bem da população.

Relembramos, ainda, algumas recomendações quanto ao pleito eleitoral, conforme sugerido em ocasião de eleições passadas: a) Para a escolha de candidato, recomenda-se conhecer bem o seu caráter, ideias e a ideologia do partido; b) Apoie propostas que defendam a dignidade do ser humano e a vida em qualquer circunstância, desde sua concepção no ventre materno; c) Rejeite propostas com ênfases intervencionistas na esfera familiar, educacional, eclesiástica e artística; d) Repudie qualquer ideologia que se oponha aos princípios do Reino de Deus, isto é, à mensagem e aos ensinamentos da Bíblia; e) Apoie candidatos que expressam compreender a função primordial do Estado em prover e promover justiça e segurança para seus cidadãos; f) Procure conhecer as ideias dos candidatos quanto ao bem-estar social da população em geral, que alcance todas as classes sociais, sem distinção de qualquer natureza, cujos programas sociais venham a contemplar a necessidade dos cidadãos mais carentes, a fim de dar-lhes uma vida digna e proporcionando alternativas que os ajudem a sair da condição de miséria e pobreza; g) E, ao indicar um candidato para amigos e familiares, faça-o com respeito às opiniões diversas, tendo em mente que, como cristãos, nossa esperança última está na consumação dos séculos, quando Jesus voltará para reinar.

“Após as eleições, ore em favor dos candidatos eleitos, para que cumpram seus mandatos com sabedoria e pelo bem da população.”

Trecho do chamado à oração da Coalizão pelo Evangelho.

Celebremos, enfim, os 200 anos de Independência do Brasil de maneira pacífica, com atitudes de alegria e gratidão, em constante oração pela nação e intercedendo pelas eleições de outubro em que serão escolhidos os líderes políticos que guiarão o país durante os próximos anos.

O leitor pode auxiliar compartilhando esse chamado à oração em suas redes sociais e, se possível, pedir autorização aos seus pastores para lê-la em sua igreja, seja no culto, escola dominical, pequenos grupos ou demais reuniões. Aproveite também a oportunidade para organizar reuniões de oração com o propósito específico de interceder pelo Brasil, e proponha em seus grupos de família e amigos escalas de jejum e oração.

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Que o Senhor, nosso Deus, olhe com graça e misericórdia para o Brasil! Amém.

“Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito. (1 Timóteo 2,1-2).

(Confira no site da Coalizão pelo Evangelho a lista dos signatários da carta)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]