Em nome da paz, da justiça e do respeito pela vida e direitos humanos, manifestamos nosso mais veemente repúdio às ações terroristas perpetradas contra o Estado de Israel. O ataque sofrido por essa nação, em pleno shabat, em 7 de outubro de 2023, realizado por terra, mar e ar, demonstra a irracionalidade, a maldade e a irresponsabilidade do Hamas, grupo terrorista islâmico que almeja a destruição de Israel e o extermínio do povo judeu. Esta agressão terrorista ocorreu duas semanas após o Yom Kippur, o feriado mais sagrado do judaísmo, e 50 anos depois da terrível guerra que se iniciou em 6 de outubro de 1973, quando Israel foi atacado de surpresa por uma coalizão árabe liderada por Egito e Síria. Chocados, assistimos ao dia mais mortal para os judeus desde o infame Holocausto, ocorrido na Segunda Guerra Mundial. Portanto:
Condenamos veementemente o covarde ataque realizado sem aviso prévio, quando terroristas do Hamas barbaramente arrancaram famílias inteiras de suas casas, matando e sequestrando crianças, mulheres e idosos, bem como o assassinato indiscriminado de jovens. Tais ações do Hamas infligiram terrível sofrimento ao povo de Israel. Tais atos são movidos por uma ânsia pela perturbação da paz, pelo ódio aos judeus e tem como objetivo gerar instabilidade na região e mais além. Os ataques do Hamas deveriam encher de indignação as pessoas possuidoras de um mínimo de decência e senso moral, gerando apoio inequívoco a Israel. Aliás, como é sabido, o grupo terrorista Hamas abriga seus comandos dentro ou perto de hospitais e creches, ou em áreas congestionadas com população civil. Insensíveis, colocam o próprio povo árabe palestino em perigo para se protegerem, e dificultar reações de quem tem critérios e regras de engajamento e proteger.
Rejeitamos qualquer forma de terrorismo, tal qual o terrorismo jihadista islâmico, independentemente de sua origem, e instamos a comunidade internacional, os homens de bem e, sobretudo, a igreja cristã a expressar sua indignação contra os ataques covardes sofridos pelo povo judeu, bem como a promover esforços para que essas hostilidades sejam cessadas imediatamente.
Os ataques do Hamas deveriam encher de indignação as pessoas possuidoras de um mínimo de decência e senso moral
Reconhecemos que os judeus enfrentaram o genocídio horrível, o Holocausto (Shoah), perpetrado pelos nazistas alemães, resultando na perda de 6 milhões de vidas. E a memória desta tragédia sem paralelo na história nunca deve ser esquecida. E, na atualidade, os judeus não se sentem seguros em lugar nenhum no mundo e não têm sossego nem mesmo em seu próprio país – na medida em que nações como o Irã e seus aliados querem exterminá-los, tornando a questão da segurança de Israel ainda mais crucial.
Observamos que os judeus têm mostrado disposição para negociar e buscar uma solução pacífica no Oriente Médio. A terra de Israel é de profundo significado religioso e histórico para muitos e, sob o Estado de Israel, os principais lugares da fé cristã têm sido respeitados e abertos a todos, sem discriminação. Israel é uma democracia que oferece liberdade e igualdade a judeus, árabes muçulmanos, minorias cristãs e diversas outras comunidades. Esta diversidade é uma raridade em toda a região do Oriente Médio.
Testemunhamos que Israel é uma florescente cultura de fomento à educação, ciência, progresso e desenvolvimento, tendo produzido numerosos laureados com o Prêmio Nobel em sua curta história. E os valores que estão na base do Estado de Israel, incluindo respeito, lei, diversidade, liberdade, tolerância e democracia, são dignos de apoio e identificação. É importante notar o abismo entre Israel e alguns de seus vizinhos em termos de liberdades individuais, respeito à mulher e direitos humanos.
Repudiamos o ódio irracional e injustificado direcionado a Israel e aos judeus, baseado na compreensão de que todos os seres humanos merecem respeito, sobrevivência e o direito à autodefesa contra os ataques externos.
Ressaltamos que o grupo terrorista Hamas oprime cidadãos palestinos que não se submetem às suas determinações e persegue os cristãos árabes em seu território com selvageria (em 2015, os cristãos árabes palestinos representavam aproximadamente 1% a 2,5% da população da Cisjordânia e menos de 1% na Faixa de Gaza), e suas ações são uma ameaça para judeus, árabes, armênios, drusos e africanos (cristãos e muçulmanos) na tolerante e diversificada sociedade israelense. Oramos para que o Senhor Deus julgue os terroristas do Hamas, e que também abra os olhos dos árabes muçulmanos, para que Deus lhes converta o coração ao único Messias, o Senhor Jesus, o perfeito salvador, que “morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1Coríntios 15,3-4).
Por fim, lembramos que as Escrituras são claras no sentido de que nós, crentes gentios, somos os ramos da oliveira brava que foi enxertada no tronco da oliveira original, composta dos judeus crentes. Alguns ramos da oliveira original foram cortados e lançados fora até que se complete o número dos crentes gentios, mas haverá um renovo daqueles que o apóstolo Paulo chamou de seus irmãos de carne. É uma a oliveira, mas nós somos o enxerto. Isso deve trazer aos crentes gentios humildade e ao mesmo tempo zelo e amor pelo povo que Deus usou para nos dar a Lei, as Promessas e o Messias Jesus: “Será que Deus rejeitou o seu povo [de Israel]? De modo nenhum! [...] Nos dias de hoje sobrevive [em Israel] um remanescente segundo a eleição da graça. E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça. [...] Todo o Israel será salvo. [... Pois] quanto à eleição, [os de Israel são] amados por causa dos patriarcas; porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” (Romanos 11,1-5.6.26). Assim, conclamamos a igreja cristã a lamentar e orar continuamente em favor das famílias enlutadas em Israel nesta guerra sem sentido, suplicando pela paz na região e, sobretudo, intercedendo para que o Senhor todo-poderoso abra os olhos dos judeus em Israel e em todo o mundo para que eles recebam com fé e arrependimento o único Messias, o Senhor Jesus, o maior judeu da história, o Filho de Deus e o descendente do rei Davi, que governará sobre toda a criação e os eleitos selados pelo Espírito Santo, no dia de seu triunfo espetacular e total sobre o mal, o diabo, as ideologias mundanas e o pecado, quando o Reino de Deus se estenderá inconteste por todo o cosmos.
O grupo terrorista Hamas oprime cidadãos palestinos que não se submetem às suas determinações e persegue os cristãos árabes em seu território com selvageria
“Alegrei-me quando me disseram: ‘Vamos à Casa do Senhor.’ Pararam os nossos pés junto às suas portas, ó Jerusalém! Jerusalém, você que está construída como uma cidade bem sólida, para onde sobem as tribos, as tribos do Senhor, como convém a Israel, para renderem graças ao nome do Senhor. Lá estão os tronos de justiça, os tronos da casa de Davi. Orem pela paz de Jerusalém! Que sejam prósperos aqueles que a amam. Reine paz em seu meio e prosperidade nos seus palácios. Por amor dos meus irmãos e amigos, eu peço: ‘Haja paz em você!’ Por amor da Casa do Senhor, nosso Deus, buscarei o seu bem.” (Salmos 122,1-9).
(A convocação é assinada pelo conselho e associados da Coalizão Evangélica, uma rede de pastores e líderes evangélicos brasileiros, guiada pela Declaração Confessional e a Visão Teológica de Ministério, ambos comentados no livro O evangelho no centro, organizado por Donald Carson e Timothy Keller. Também conta com signatários que são membros da Fraternidade de Pastores Batistas Reformados, uma rede composta por pessoas que exercem o ministério pastoral em diversas regiões do Brasil, bem como em outros países, tais como Portugal, Inglaterra, Estados Unidos e Japão. Confira no site da Coalizão pelo Evangelho a lista dos signatários da carta.)
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