“Creio... [que Jesus Cristo... nosso Senhor] ressuscitou ao terceiro dia” – assim afirma o Credo dos Apóstolos, e assim cristãos católicos, ortodoxos e protestantes têm unanimemente confessado através dos séculos. Isto pode ser facilmente confirmado numa consulta à Didaquê (16.6) e às obras de Inácio de Antioquia (Epístola aos Trálios. 9.2), Clemente de Roma (1 Clemente 24-26), Justino (1 Apologia 18s.), Irineu de Lyon (Contra as heresias 1.6.2; 1.27.3; 5.1.2), Tertuliano (A ressurreição da carne) e Orígenes (Tratado sobre os princípios 2.10; 3.6.6). A importância da doutrina da ressurreição na pregação e ensino cristãos pode ser facilmente comprovada a partir do estudo das obras de cristãos como Agostinho de Hipona (Enquirídio 84-87; A cidade de Deus 22.20.1; 22.19), Tomás de Aquino (Exposição sobre o Credo), João Calvino (Institutas da Religião Cristã 3.25), Karl Barth (Church Dogmatics 3.2.47; 4.1.59), Wolfhart Pannenberg (Teologia Sistemática v. 2; Jesus: God and Man; The Apostles’ Creed in light of today’s questions), Bento XVI (Introdução ao cristianismo; Jesus de Nazaré v. 3) e N. T. Wright (A ressurreição do Filho de Deus), ou com uma consulta às principais confissões de fé e catecismos da igreja cristã.
Pois, como escreveu Pannenberg, “historicamente falando, a ressurreição de Jesus é o evento que foi o ponto de partida para a história da cristandade. O episódio da Páscoa em particular forma o ponto inicial da história da fé em Cristo, e tal ponto é ao mesmo tempo o fundamento perene e substancial dessa fé”. Assim, a crença na ressurreição de Cristo é vital para a fé cristã.
A narração da ressurreição nos Evangelhos
O relato mais impressionante sobre a ressurreição de Cristo se encontra no evangelho de Mateus 28,1-10 (cf. Mc 16,1-8; Lc 24,1-12): “Depois do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. Havia acontecido um grande terremoto, pois um anjo do Senhor havia descido do céu e, aproximando-se, removera a pedra e estava sentado sobre ela. O seu aspecto era como um relâmpago, e suas roupas, brancas como a neve. Os guardas tremeram de medo e ficaram como mortos diante dele. Mas o anjo disse às mulheres: Não temais; pois eu sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, mas ressuscitou, como havia falado. Vinde, vede o lugar onde ele estava. Ide depressa e dizei aos seus discípulos que ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galileia; lá o vereis. Eu vos avisei. Elas, então, saindo apressadamente do sepulcro, com temor e grande alegria, correram para contar tudo aos discípulos. E Jesus foi ao encontro delas, dizendo: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e o adoraram. Então Jesus lhes disse: Não temais; ide dizer a meus irmãos que sigam para a Galileia; lá me verão”.
A ressurreição de Cristo aconteceu no domingo, que passou a ser separado para o culto cristão, o “dia do Senhor” (Ap 1,10). A tumba estava guardada em segurança, e havia uma pedra selada fechando a tumba, que as mulheres não poderiam abrir sozinhas. Então, o apóstolo nos oferece um quadro impressionante da apresentação do “Filho de Deus com poder” (Rm 1,4). Os anjos removem a pedra, tal qual um séquito real faria diante de um rei, abrindo as portas à realeza. E os soldados romanos aterrorizados simplesmente caíram inconscientes. A mensagem do anjo às mulheres é simples: “Não tenhais medo; procurais Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Ele ressuscitou! Não está aqui. Este é o lugar onde o puseram” (Mc 16,6). Como J. Scott Horrell coloca, “por causa da desconsideração do judaísmo antigo em relação à confiabilidade das mulheres, se a história da ressurreição fosse realmente uma manipulação, elas nunca teriam sido escolhidas para serem as primeiras testemunhas do fato”.
Ao dizer “o que [...] recebi”, Paulo parece estar citando uma declaração confessional extraída de uma tradição cristã mais antiga que a própria epístola que ele está escrevendo
E, antes de as mulheres saírem daquele lugar de morte, elas são confrontadas pelo próprio Cristo ressurreto. A reação foi a apropriada aos súditos no antigo Oriente Médio: “Aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e o adoraram” (28,10). As mulheres, num gesto impressionante, reconheceram que o ressuscitado era Deus, prestando culto a Ele. Esta foi a mesma reação de Tomé, ao tocar nas chagas do Cristo ressurreto, confessando: “Senhor meu e Deus meu!” (Jo 20,28) Aquele que morreu e foi sepultado ressuscitou, vencendo completamente a morte, por obra de Deus.
Bento XVI resume o ensino dos Evangelhos: “Os relatos da ressurreição [...] testemunham um acontecimento que não brotou dos corações dos discípulos, mas que lhes sobreveio de fora, dominando-os, de encontro à sua dúvida, e infundindo-lhes a certeza de que ‘o Senhor ressuscitou verdadeiramente’. O que jazera no sepulcro não está mais lá, mas vive – é realmente ele mesmo quem vive”. O que ocorreu naquele domingo em Jerusalém não foi uma mera manifestação espiritual, mas a ressurreição corpórea de Jesus Cristo.
A confissão da ressurreição de Cristo nas epístolas
O fato da ressurreição de Cristo é fundamental para a fé cristã. Como bem colocou Paulo em 1 Coríntios 15,1-4: “Irmãos, lembro-vos do evangelho que vos anunciei, o qual também recebestes e no qual estais firmes. Por meio dele também sois salvos, se retiverdes com firmeza a mensagem tal como a anunciei a vós; a não ser que tenhais crido inutilmente. Porque primeiro vos entreguei o que também recebi: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; e foi sepultado; e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”. O apóstolo oferece uma breve confissão de fé, o resumo da pregação da igreja primitiva: a morte substitutiva e penal, o sepultamento e a ressurreição de Cristo como cumprimento da mensagem do Antigo Testamento. Ao dizer “o que [...] recebi”, o apóstolo parece estar citando uma declaração confessional extraída de uma tradição cristã mais antiga que a própria epístola que ele está escrevendo. A sequência aqui é importante: em cumprimento das profecias do Antigo Testamento, “Cristo morreu pelos nossos pecados [...]; foi sepultado; e ressuscitou ao terceiro dia”. Assim, o evangelho completo enfatiza a morte de Cristo por nossos pecados, seu sepultamento e sua ressurreição. Logo, a ressurreição de Cristo é parte essencial da mensagem da igreja. E na ressurreição de Cristo, que venceu a morte, participamos da justiça que em sua morte Cristo adquiriu para todos os que creem.
Na continuação da passagem (15,5-11), o apóstolo oferece uma lista de aparições do Cristo ressurreto, lista esta que somente seria elaborada se muitos daqueles ali citados estivessem vivos quando ele escreveu esta epístola – e isto significava que qualquer um poderia verificar os fatos. Ao mencionar “apareceu a mais de 500 irmãos de uma só vez”, mostra que as aparições do Cristo ressurreto não foram uma mera ilusão de gente desorientada. O que Paulo intenta é mostrar que a ressurreição de Cristo ocorreu na nossa história, e tal fato foi testemunhado por pessoas que o confirmariam. Paulo também destacou que o crente, em seu batismo, está unido e participa com Cristo de sua morte e ressurreição (Rm 6,1-11), “o fundamento pelo qual o crente morre para o pecado e recebe nova vida”, como escreve Millard Erickson.
Então, como afirma o Catecismo da Igreja Católica, “perante estes testemunhos, é impossível interpretar a ressurreição de Cristo fora da ordem física e não a reconhecer como um fato histórico” (§ 643), pois, como Bento XVI escreve, “a ressurreição é um acontecimento dentro da história que, todavia, rompe o âmbito da história e a ultrapassa”. Assim, por causa da ressurreição de Cristo dentre os mortos podemos crer que o Senhor Jesus “subiu aos céus; está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos”, e afirmar a crença na “ressurreição da carne, a vida eterna”.
A ressurreição como fato histórico
Seria interessante destacar o que talvez seja a mais impressionante defesa contemporânea da historicidade da ressurreição de Cristo, e que se encontra nas obras de Pannenberg.
Em oposição às diversas tentativas de se reinterpretar a ressurreição corporal de Cristo em termos existencialistas, ele entendeu que a ressurreição ocorrida em Jerusalém foi um fato histórico: “A afirmação de que Jesus ‘ressuscitou’ e que, portanto, o Jesus de Nazaré morto veio a uma nova vida já implica a pretensão de historicidade”. Pannenberg afirma estar convencido não somente de que a crença da igreja na ressurreição não foi um mito criado pelos primeiros cristãos, como afirmava Rudolf Bultmann, mas de que a ressurreição é um milagre historicamente demonstrável: “O ressuscitamento pelo Pai e seu Espírito está pressuposto em toda parte onde se fala da ‘ressurreição’ de Jesus”.
Pannenberg terminantemente se recusa a explicar os relatos evangélicos da ressurreição como fruto da imaginação dos apóstolos, pois estes estavam completamente abatidos após a morte de Cristo para concluírem sozinhos que o crucificado ressuscitou: “Decisivos para a confiança na facticidade da ressurreição de Jesus afirmada pela mensagem cristã permanecem os testemunhos cristão-primitivos a respeito das aparições do Ressurreto diante de seus discípulos em ligação com a descoberta da sepultura vazia de Jesus em Jerusalém”. Era necessário que o próprio ressurreto aparecesse a eles, já que a “ressurreição para a vida significou, na referência ao Jesus crucificado, imediata e simultaneamente a justificação e a confirmação de sua missão terrena e de sua pessoa por Deus”.
A explicação inventada pelos líderes judeus para refutar a ressurreição é que os discípulos roubaram o corpo, mas ninguém no mundo antigo se atreveu a questionar a realidade do túmulo vazio
De acordo com Pannenberg, os apóstolos também não receberiam benefício algum em inventar uma mentira de tão grande magnitude. Por isso, de acordo com ele, a única explicação satisfatória para a repentina mudança que ocorreu nos apóstolos é exatamente a ressurreição corporal de Cristo. Além disso, a comunidade cristã primitiva não teria conseguido dar prosseguimento à sua missão evangélica caso o túmulo de Jesus não estivesse, de fato, vazio, pois “sem o ressuscitamento de Jesus não teria existido nem a mensagem missionária dos apóstolos nem uma cristologia referente à pessoa de Jesus”.
A explicação inventada pelos líderes judeus para refutar a ressurreição é que os discípulos roubaram o corpo, mas ninguém no mundo antigo se atreveu a questionar a realidade do túmulo vazio: “Quem quer contestar o fato da sepultura vazia deve comprovar que existiram entre os testemunhos judaicos contemporâneos concepções segundo as quais a ressurreição não precisa ter relação com o corpo que se encontra na sepultura: Além disso, seria necessário supor que tais concepções (até agora não comprovadas) eram suficientemente populares na Palestina, visto que, do contrário, a bem-sucedida proclamação cristã-primitiva da ressurreição de Jesus não teria sido possível em Jerusalém sob a pressuposição de um túmulo intacto de Jesus. [...] Enquanto, porém, a comprovação mencionada não for apresentada devemos supor que a sepultura de Jesus estava realmente vazia”.
E o túmulo vazio é um fato histórico, que, considerado em conjunto com a repentina mudança ocorrida nos discípulos, é uma evidência de que Jesus realmente ressuscitou corporalmente. Mas, ainda assim, se por um lado a ressurreição corporal de Cristo é que assegura aos cristãos a esperança escatológica da ressurreição dos justos no fim dos tempos, de outro lado “a mensagem cristã da ressurreição de Jesus necessita, para sua verificação, dos acontecimentos da ressurreição escatológica dos mortos”. Em outras palavras, ainda que a ressurreição de Cristo seja um fato ocorrido na história e por isso mesmo verificável, deve ser recebido pela fé, como “esperança fundamentada”, ainda que ainda não consumada.
A importância da ressurreição
As Escrituras são claras em prometer ressurreição aos que creem em Cristo: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, mesmo que morra, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisso?” (Jo 11,25-26) A ressurreição é prometida e ansiada nos textos proféticos do Antigo Testamento e, no Novo Testamento, afirmada nos evangelhos e epístolas.
A ressurreição futura dos que creem é firmada em dois fatos. O primeiro é que Jesus foi ressuscitado fisicamente no mesmo corpo no qual Ele morreu. O segundo é que, sendo Cristo “as primícias dos que dormem” (1Co 15,21), os que creem terão corpos iguais ao corpo do Salvador.
Esta ressurreição futura, portanto, implica uma continuidade entre o corpo físico que temos agora e o corpo que teremos no futuro. “Na ressurreição”, de acordo com o Breve Catecismo de Westminster, “os crentes, sendo ressuscitados em glória, serão publicamente reconhecidos e absolvidos no dia do juízo, e tornados perfeitamente felizes no pleno deleite de Deus, por toda a eternidade”. Os próprios santos martirizados serão incluídos na ressurreição e haverá mútuo reconhecimento entre os ressuscitados. Mas a continuidade entre o corpo presente e o futuro também será marcada por algumas mudanças. No Cristo ressuscitado, como Bento XVI escreve, “a própria matéria é transformada num novo gênero de realidade”. O corpo ressuscitado de Cristo tinha o poder de aparecer de repente entre os discípulos, mas era ainda um corpo físico. Assim, parece, o corpo dos crentes ressuscitados no estado futuro terá capacidades além daquelas que tem agora. Este corpo será próprio para a existência celestial que os crentes terão. Serão corpos perfeitos, sem corrupção, poderosos e gloriosos. Estarão livres das imperfeições e das necessidades que tinham na terra.
Portanto, de acordo com o testemunho da Escritura Sagrada, a morte, em toda a sua tristeza e dor, já foi cabalmente vencida pela ressurreição de Cristo de entre os mortos. “Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, também devemos crer que Deus, por meio de Jesus, vai trazer juntamente com ele os que já faleceram” (1Ts 4,14). E, nessa certeza, os cristãos devem ser consolados, sabendo que seus amigos e familiares que morreram em Cristo também ressuscitarão dos mortos para desfrutar da vida eterna concedida por Cristo, através do seu sacrifício na cruz. Isso é boa nova! Este é o evangelho!
Chamados a crer na ressurreição
Aquele sob o qual a igreja está assentada foi crucificado, morreu por nossos pecados e foi sepultado, ressuscitou e vive hoje para sempre, assentado à “direita do Pai” – como diz o Credo –, de onde voltará em glória, para consumar a história. O salvador, que se entregou pelos nossos pecados, ofereceu a sua vida à morte e, com poder, tornou a tomá-la.
De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, “a ressurreição de Cristo é objeto de fé, na medida em que é uma intervenção transcendente do próprio Deus na criação e na história” (§ 648). Assim, ouçamos o intenso convite de Bento XVI: “Porventura não irradia de Jesus um raio de luz que cresce ao longo dos séculos, um raio que não podia provir de nenhum simples ser humano, um raio mediante o qual entra verdadeiramente no mundo o esplendor da luz de Deus? [...] Se ouvirmos as testemunhas com coração atento e nos abrirmos aos sinais com que o Senhor não cessa de autenticar as Suas testemunhas e de atestar-Se a Si mesmo, então saberemos que Ele verdadeiramente ressuscitou; Ele é o Vivente. A Ele nos entregamos, sabemos que assim caminhamos pela estrada justa. Com Tomé, metamos a nossa mão no lado traspassado de Jesus e professemos: ‘Meu Senhor e meu Deus!’ (Jo 20,28)”. Temos colocado nossa fé somente no Salvador que ressuscitou e assegura a ressurreição vindoura e o triunfo sobre a morte para todos aqueles que creem nele? “Crês nisso?”
O túmulo vazio é um fato histórico, que, considerado em conjunto com a repentina mudança ocorrida nos discípulos, é uma evidência de que Jesus realmente ressuscitou corporalmente
Poucos captaram a importância da ressurreição do Senhor Jesus com tanta intensidade e beleza como o romancista John Updike, em seu poema Sete Estrofes Sobre a Páscoa:
“Não se
engane: se Ele ressuscitou mesmo
foi com Seu corpo;
se a dissolução das células não foi revertida,
as moléculas reconectadas,
os aminoácidos reanimados
a Igreja cairá.
Não foi
como as flores
que ressurgem em cada suave primavera
não foi com Seu Espírito nas bocas e olhos
aturdidos dos onze apóstolos;
foi com Sua Carne: nossa.
Os mesmos
dedos articulados
o mesmo coração e suas válvulas
que – perfurado – morreu, murchou, parou, e então reconquistou de permanente
Poder
novas forças para sustentar.
Não
debochemos de Deus com metáforas,
analogias, esquivando-nos da transcendência;
fazendo do evento uma parábola, um símbolo pintado na apagada credulidade de
eras antigas:
entremos pela porta.
A pedra
foi rolada, não papel-machê,
não uma pedra de contos de fadas,
mas a vasta rocha da materialidade que no lento moer do tempo vai eclipsar para
cada um de nós a vasta luz
do dia.
E se
vamos ter um anjo na tumba,
que seja um anjo real,
pesado com os quanta de Max Planck,
vívido com cabelos, opaco na luz do amanhecer,
vestido com linho de verdade
feito em um tear definido.
Não
busquemos deixar a coisa menos monstruosa,
para nossa conveniência, nosso senso de beleza,
para que, despertos naquela hora impensável,
nós não sejamos envergonhados pelo milagre,
e esmagados pelo julgamento.”
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