O antissemitismo é uma manifestação de ódio e preconceito direcionada aos judeus, baseada em estereótipos negativos e discriminação étnica e religiosa. É uma atitude repugnante que existe há muitos séculos e continua a ser uma triste realidade em várias partes do mundo – inclusive, e muito tristemente, no Brasil.
É inaceitável que, pouco mais de 80 anos após o Holocausto (Shoah) promovido por Adolf Hitler e o nazismo alemão, que tirou a vida de mais de 6 milhões de judeus, o antissemitismo ainda persista. O Holocausto foi um dos eventos mais sombrios da história da humanidade, no qual milhões de inocentes foram assassinados em massa de maneira brutal e desumana.
É perturbador que, após os atos horríveis de terrorismo e assassinato promovidos pelo grupo terrorista Hamas contra famílias e civis israelenses em 7 de outubro de 2023, se vejam tantas manifestações de apoio ao grupo terrorista Hamas, que expressam a intenção de eliminar o Estado de Israel “do rio ao mar”. Essa retórica é perigosa demais e promove o ódio, colocando em risco a vida dos cidadãos israelenses e minando os esforços de paz na região. Não raro, esse discurso antissemita vem travestido de identitarismo político e defesa de minorias e é gestado em segmentos de jornais, grandes universidades e até mesmo igrejas, mas que por fim revela um desprezo inexplicável contra uma nação inteira.
É perturbador que, após os atos horríveis de terrorismo e assassinato promovidos contra famílias e civis israelenses em 7 de outubro de 2023, se vejam tantas manifestações de apoio ao grupo terrorista Hamas
Em grandes centros urbanos de vários lugares do mundo, como em Washington, DC (Estados Unidos), Londres (Reino Unido), Paris (França) e outras cidades na Europa e mesmo do Brasil, milhares de pessoas se reúnem para manifestar seu apoio ao grupo terrorista Hamas – e mesmo ao Estado Islâmico! – e levantar placas com mensagens abjetas que emulam a suástica nazista em conjunção com a Estrela de Davi e que pedem a destruição do Estado de Israel e seu povo. Jornalistas ou quaisquer pessoas que endossem tais ideias devem ser responsabilizados por promover a violência e o extremismo político. É importante que a liberdade de expressão não seja usada como desculpa para incitar o ódio, o terror, a erradicação de uma nação e a violência.
A Coalizão pelo Evangelho, como também os demais subscritores dessa nota, repudiam toda manifestação antissemita, que, como toda forma de racismo, é um pecado terrível que diminui o ser humano, portador da imagem de Deus. Chamamos, assim, os cristãos de fala portuguesa do mundo todo a levantar sua voz contra o antissemitismo, intercedendo diante de Deus pela paz em Israel e pelo reconhecimento do Messias, Jesus Cristo, o Leão da tribo de Judá, como salvador da humanidade – dos judeus, dos árabes e de toda tribo, e língua, e povo e nação. A fé cristã nasce no seio do judaísmo, e a Escritura Sagrada testifica que a salvação vem dos judeus.
Por fim, reconhecemos a importância e grande contribuição de Israel e seu povo para o mundo. O Israel moderno desempenha um papel significativo em diversas áreas, tais como a democracia e a liberdade, a ciência, a tecnologia e a cultura. Fazemos bem em amar seu povo e clamar a Deus que visite esta nação com poder, graça e proteção.
(Esta manifestação é assinada pelo conselho e associados da Coalizão Evangélica, uma rede de pastores e líderes evangélicos brasileiros, guiada pela Declaração Confessional e a Visão Teológica de Ministério, ambos comentados no livro O evangelho no centro, organizado por Donald Carson e Timothy Keller. Também conta com signatários que são membros da Fraternidade de Pastores Batistas Reformados, uma rede composta por pessoas que exercem o ministério pastoral em diversas regiões do Brasil, bem como em outros países, tais como Portugal, Inglaterra, Estados Unidos e Japão. Confira no site da Coalizão pelo Evangelho a lista dos signatários da carta.)
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