Em 1.º de abril de 2024, as Forças de Defesa de Israel (FDI) bombardearam um edifício ao lado da embaixada do Irã na Síria, matando vários operadores da Guarda Revolucionária do Irã, incluindo Mohammad Reza Zahedi, comandante sênior dessa unidade das forças armadas do Irã, e que coordenava as operações de apoio que o Irã oferece aos grupos terroristas Hamas e Hezbollah. Na ocasião, o governo socialista do Brasil “condenou o ataque aéreo” de Israel.
Em 13 de abril, o Irã realizou um ataque de terror lançando cerca de 300 drones, mísseis de cruzeiro e misseis balísticos contra as principais cidades israelenses – fontes de Israel falaram em 170 drones, 30 misseis de cruzeiro e 120 misseis balísticos iranianos disparados contra Israel. Para se ter uma ideia da dimensão, esse ataque foi tão forte que somente pode ser comparado às primeiras 24 horas do ataque russo quando da invasão da Ucrânia. Diante do bombardeio iraniano contra cidades israelenses, o Ministério das Relações Exteriores do governo Lula soltou uma nota afirmando que “acompanha com preocupação relatos de envio de drones e mísseis do Irã para Israel” (destaque meu). A nota do Itamaraty é abjeta, ao falar de “relatos” e “envio” de cerca de 300 drones e mísseis contra Israel.
A nota também embaralhou deliberadamente a situação, ao mencionar o conflito de Israel com o Hamas na Faixa de Gaza – uma “guerra de procuração” estimulada e apoiada pelo Irã. A nota é mais vergonhosa quando se tem em mente que o próprio Irã afirmou que seu ataque era uma resposta ao ataque israelense na Síria. Para aumentar o embaraço internacional, o embaixador do Brasil no Irã disse que o ataque iraniano foi um “ataque limitado”. E o principal assessor internacional do presidente socialista Lula defendeu o ataque do Irã, tratado como um “gesto” de defesa. A preocupação maior do assessor é “como Israel vai responder” ao ataque sofrido pelo Irã.
A nota do Itamaraty é vergonhosa e imoral. Mas, tristemente, coliga o Brasil ao novo “eixo do mal”
O que aconteceu em 13 de abril já é considerado o maior ataque de drones da história e um dos maiores ataques de mísseis das últimas décadas realizados contra um país. Ou seja, Israel sofreu um ataque em larga escala do Irã, comparável apenas ao que a Rússia está fazendo agora na Ucrânia. E o governo brasileiro chamou tal ataque em nota oficial como “relatos de envios de mísseis e drones”. A nota do Itamaraty é vergonhosa e imoral. Mas, tristemente, coliga o Brasil ao novo “eixo do mal”. Pois a China comunista também não condenou o ataque iraniano contra Israel. E a Rússia, grande aliada do Irã, de quem compra armas e munições para sustentar o seu esforço de guerra na Ucrânia, também não repudiou o ataque iraniano. Do outro lado, os Estados Unidos e a União Europeia condenaram vigorosamente o ataque iraniano, e anunciaram mais sanções e embargos contra o Irã.
O Irã lançou centenas de mísseis e drones com o intuito de matar milhares de civis em Israel. E só não conseguiu isso porque Israel tem defesas antiaéreas modernas e conta com aliados dispostos a defendê-lo. Como informado, 99% dos cerca de 300 mísseis e drones que o Irã lançou contra Israel foram interceptados pelas FDI. E, numa aliança inédita, as FDI receberam apoio direto das forças militares de Estados Unidos, Reino Unido, França, Jordânia, Emirados Árabes e Arábia Saudita. Ou seja, em 13 de abril, além das nações ocidentais, nações islâmicas defenderam o Estado judeu de um ataque oriundo de uma outra nação islâmica.
Público hoje a nota oficial da StandWithUs, assinada por André Lajst, presidente-executivo da StandWithUs Brasil, condenando a omissão do governo brasileiro, que não condenou claramente o ataque iraniano contra Israel. A StandWithUs é uma organização dedicada a ajudar pessoas de todas as idades a conhecer mais sobre Israel e a combater o extremismo e o antissemitismo. A organização entende que o conhecimento dos fatos históricos corrigirá os preconceitos comuns sobre o conflito árabe-israelense e promoverá discussões e políticas que possam ajudar a promover a paz na região. Com sede em Los Angeles, a StandWithUs tem 18 escritórios em todos os Estados Unidos, além de bases no Canadá, Israel, Reino Unido e, desde 2018, no Brasil. Seu Centro de Educação está em Jerusalém, e a organização tem hospedado programas na América Latina, África do Sul, China, Europa e Austrália. Milhões de pessoas têm sido alcançadas em todo o mundo, por meio de uma multiplicidade de plataformas em 18 idiomas diferentes.
O ataque de terror do Irã contra Israel terminou de forma pífia. Agora, o mundo prende a respiração aguardando a resposta israelense. Considerando o alto nível de profissionalismo, o material bélico superior e o histórico de ataques de precisão das FDI, como nos bombardeios aos reatores nucleares de Osirak, no Iraque, em 1981, e Deir ez-Zor, na Síria, em 2006, espera-se que a resposta israelense seja contundente. No conflito que engolfa o Oriente Médio desde o trágico 7 de outubro de 2023, pessoalmente, escolho estar ao lado da civilização, em oposição à barbárie e ao terror. Que o único Deus Eterno proteja Israel. Am Yisrael Chai.
Nota oficial da StandWithUs Brasil
A StandWithUs Brasil expressa sua profunda decepção quanto à omissão do governo brasileiro ao seu dever de condenar o ataque do Irã contra Israel, como outros países democráticos da região e do mundo fizeram.
A nota emitida na noite do sábado (13 [de abril]) pelo Itamaraty não repudiou a agressão do regime iraniano contra o povo israelense, limitando-se a falar em “preocupação” por “relatos” de “envio de drones e mísseis” – apesar de o documento ter sido divulgado quando o mundo inteiro já sabia da magnitude do ataque [iraniano].
Mais de 350 drones com carga explosiva e 200 mísseis balísticos foram disparados contra cidades densamente povoadas, nas quais os artefatos poderiam ter causado dano gravíssimo, não fosse a rápida e eficaz resposta do sistema de defesa israelense e a solidariedade internacional dos EUA, Reino Unido, Jordânia, entre outros países.
O Irã lançou centenas de mísseis e drones com o intuito de matar milhares de civis em Israel. E só não conseguiu isso porque Israel tem defesas antiaéreas modernas e conta com aliados dispostos a defendê-lo
Por outro lado, a nota oficial da chancelaria brasileira menciona o “conflito em curso na Faixa de Gaza” enquanto ponto de partida da situação atual, como se a guerra de Israel contra o Hamas não tivesse sido consequência do ataque terrorista de 7 de outubro. Data esta considerada o maior massacre de judeus por serem judeus desde o Holocausto [na Segunda Guerra Mundial]. Além disso, desconsidera-se que ainda há 133 reféns arrancados do território israelense nas mãos dos terroristas [na Faixa de Gaza]. Ademais, vale lembrar que esse ataque foi realizado por uma organização terrorista financiada pelo regime iraniano.
Foi profundamente decepcionante também o fato de o texto do Itamaraty citar que a situação de Gaza está “se alastrando” ao Líbano, à Síria e ao Iêmen, como se isso fosse espontâneo, e não porque o Irã tem usado seus proxies nesses países (os houthis, o Hezbollah, o Hamas e a Jihad Islâmica) para atacar Israel numa guerra por procuração, que ontem (13), pela primeira vez, teve um ataque direto.
Brasil e Israel são nações amigas, desde a fundação do Estado [de Israel], em 1948. Diante do histórico da relação, esperava-se solidariedade do governo brasileiro, a exemplo da manifestada por países latino-americanos, como México e Chile.
Esperamos que a participação do Brasil no Brics não extrapole as relações comerciais, chegando a macular nossa política exterior, aproximando-nos de um regime teocrático totalitário que oprime as mulheres e a população LGBT, encarcera dissidentes e jornalistas, além de financiar o terrorismo e a violência no mundo.
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