O domingo 2 de outubro foi um dia histórico. Lutando contra o consórcio de veículos de imprensa, artistas, Judiciário, institutos de pesquisa e esquerdistas de todos os tons, o presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu cerca de 51 milhões de votos válidos (43,65%), indo para o segundo turno contra o socialista Lula (PT) – numa eleição preparada de antemão para o ex-presidiário vencer no primeiro turno. O tom dos discursos nos veículos de imprensa após o primeiro turno ilustra o senso de derrota dos esquerdistas – sobretudo diante da imensa bancada eleita de 22 senadores e cerca de 200 deputados federais conservadores e aliados do atual presidente, além de vitórias de candidatos conservadores ao governo em oito estados e possibilidade de vitória em outros oito estados no segundo turno. Como foi dito por um jornalista esquerdista no fim do domingo, em tom de indignação, “Lula é uma ilha cercada por um oceano de conservadores”.
Aliás, a credibilidade dos institutos de pesquisa é a maior derrotada nessa eleição – de novo. Iludiram, manipularam, influenciando o “voto útil” sem qualquer controle ou pudor, da forma mais vergonhosa, como se estivessem atuando em favor do candidato esquerdista. Precisa haver investigação rigorosa e punição para os que elaboram e fazem essas pesquisas. E toda a desconfiança em torno das urnas é culpa do STF, que fez interferência política para não haver voto impresso aprovado pelo Congresso Nacional e anulou as condenações do candidato socialista. Nunca é demais reforçar: a democracia também depende da percepção de lisura do pleito.
Também fica evidente que estamos em meio de uma crise religiosa cristã. Num país onde 81% de seus cidadãos se declaram cristãos, mas que tem boa parte de seus eleitores votando em um candidato socialista que defende pautas que se opõem aos princípios morais divinos, evidencia-se uma falha grave da Igreja cristã, o que sinaliza ensino raso, falta de testemunho ou fé nominal. Parece que falta catequese doutrinal e relacionamento íntimo e prático com o Deus Uno e Trino. Estes que se declaram cristãos, mas votam em candidatos de esquerda parecem não compreender o que é o Evangelho e suas implicações morais.
Como os eleitores de Bolsonaro podem fazer uma campanha inteligente e garantir a vitória do presidente no segundo turno?
Mas derrotar o PT no segundo turno não será fácil. Esse partido, que já deveria ter sido extinto, é uma máquina política milionária e com uma estrutura quase militar, com seus adeptos vivendo em estado de devoção religiosa ao Partido e à Ideia. E o que está em jogo no segundo turno não é apenas quem será o próximo presidente do país. O que está em jogo é a identidade, os valores e a própria história do Brasil. Há duas visões de mundo claramente opostas e antagônicas disputando o comando do país.
Caio Coppola afirmou: “Não adianta mais pregar para convertido [político] e desabafar em grupo de WhatsApp, é hora de furar a bolha e sair da zona de conforto, é momento de persuadir o próximo com a serenidade de quem tem razão e com a compaixão de quem entende que somos um país vítima da desinformação e da doutrinação em massa”. Como, portanto, os eleitores de Bolsonaro podem fazer uma campanha inteligente e garantir a vitória do presidente no segundo turno?
1. Não fale ou escreva com raiva e ódio. Não compartilhe ou dissemine fake news. Peça licença para expor suas ideias. Agradeça ao ser ouvido.
2. Não compartilhe nada ofensivo ao Nordeste. Não entre no jogo que o próprio PT criou, do “nós contra eles”, dos “ricos contra os pobres”. É preciso lembrar que o PT foi fundado em São Paulo, tinha sua principal base no ABC e foi apoiado pela classe média do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. Com boa e clara comunicação, uma onda antiesquerdista pode se espalhar pelo interior do Nordeste. Ainda que Bahia, Alagoas e Maranhão, estados com os mais baixos índices de IDH do país, sejam feudos esquerdistas, é preciso destacar que a votação em Bolsonaro na região Nordeste em 2022 foi 20% maior que em 2018.
3. Compartilhe mensagens positivas de Bolsonaro e de suas propostas de mudança e solidificação da democracia. Desfaça as caricaturas e insultos fabricados por esquerdistas histéricos. Recomende ouvir o candidato, conhecer seus ministros, ler suas propostas.
4. Não ataque pessoas. Ataque ideias. É preciso deixar claro que, ao votarem em Lula, os eleitores do PT estão apoiando um partido movido por uma ideologia que socializou a miséria onde foi implantada, e que:
Teve sua cúpula condenada pelo STF por formação de quadrilha em 2012;
Teve vários de seus filiados, além de executivos de estatais, envolvidos em esquemas de corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos dos pagadores de impostos;
Está envolvido em dezenas de escândalos de corrupção, tais como os dos Correios, do mensalão, das refinarias de Pasadena e Abreu e Lima, do petrolão;
Deseja uma nova Assembleia Constituinte;
Indicará pelo menos dois ministros para o STF, o que tornará o Judiciário ainda mais “progressista” e ativista;
Apoia as ditaduras socialistas que comandam com mão de ferro Venezuela, Cuba e Nicarágua, onde a Igreja cristã está sendo perseguida;
Apoia ditadores facínoras na África, Oriente Médio e Ásia;
Odeia os Estados Unidos e Israel;
Não tem respeito pelas liberdades individuais e anseia suprimir a liberdade de imprensa – o que, aliás, já começou a acontecer;
Desmoraliza e aparelha o Judiciário;
Justifica e apoia a desumanização e a violência simbólica e física contra seus oponentes políticos;
Despreza a fé cristã e tenta controlar as igrejas católica, protestante e pentecostal;
Defende a descriminalização das drogas e do aborto, a agenda LGBT e a educação doutrinada;
Levou ao descontrole da violência no país com sua política de segurança, pois desde 2002 foram assassinadas uma média de 60 mil pessoas por ano no Brasil, número que está em queda desde 2018;
Ajudou a criar uma cultura de impunidade sem precedentes;
Sucateou a segurança pública, mas não a particular, que os protege;
Não aceita a vontade do povo quando esta é contrária ao partido, como no referendo do desarmamento de 2005;
É o culpado pela pior recessão do Brasil, quebrando-o economicamente e iniciando a mais dolorosa onda de desemprego de nossa história;
E defende aumento de impostos para sustentar a súcia socialista no poder.
Não compartilhe nada ofensivo ao Nordeste. Não entre no jogo que o próprio PT criou, do “nós contra eles”, dos “ricos contra os pobres”
Muitos dos pontos acima estão nos programas de governo do PT do passado e foram resultado direto de seus governos entre 2002 e 2016. Na verdade, nem dá para saber qual é a atual proposta de governo dos esquerdistas, pois os socialistas chegam ao segundo turno sem um programa de governo. Mas duvido que tenham mudado algum de seus objetivos sinistros. Como José Dirceu disse: “É uma questão de tempo para a gente tomar o poder. Aí nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição”. Assim, como um mágico que distrai a plateia com suas palavras e movimentos das mãos, o descondenado Lula distrai sua audiência com falácias e promessas mirabolantes, que escondem a real agenda esquerdista.
5. Ao conversar com cristãos que votaram no PT, pergunte como eles harmonizam sua fé com pautas como corrupção, descriminalização das drogas e aborto, ideologia de gênero, desarmamento civil, bandidos soltos e inimputáveis, idolatria do Estado etc. O socialismo é uma ideologia anticristã, responsável pelo assassinato de pelo menos 100 milhões de pessoas no século 20, e que por onde passa semeia violência, morte, fome, miséria e pobreza. Para citar o que Karl Barth disse a um adepto do nacional-socialismo, aqueles que se dizem cristãos e votam em partidos que se movem por tais princípios, como o PT, “têm uma fé diferente, um espírito diferente, um Deus diferente”.
6. Ao conversar com aqueles que não votaram por cansaço de ficar nas filas, como muitos idosos, encoraje-os a buscar alternativas com ajuda de outras pessoas, como amigos e familiares.
Que ninguém se iluda com as reais intenções do PT. Pois está na gênese deste partido o anseio de implantar um projeto autoritário no Brasil. Que depois ninguém lamente uma guinada para o bolivarianismo venezuelano no país, com o êxodo de brasileiros para o exterior, fuga de investidores estrangeiros, desabastecimento e socialização da pobreza, irreligião e violência. Votar no PT é o caminho mais rápido para o desastre social e financeiro do país. Na verdade, se passarmos pelo desastre de o PT ganhar o segundo turno das eleições de 2022, isso pode vir a ser juízo de Deus sobre esse país e a sua Igreja. Pois, como escreveu o reformador João Calvino, “quando Deus quer julgar uma nação, Ele lhes dá governantes ímpios”. Não desejamos isso para nossos filhos e netos, que serão as vítimas do socialismo, o “horrendo flagelo [d]a civilização cristã”, como escreveu Pio XI na encíclica Divinis Redemptoris.
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