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GAMEFIQUE-SE

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Os negócios e oportunidades que estão acontecendo na maior indústria do entretenimento da atualidade: games. Por Daniel Coelho.

Mercado de games

Seu próximo comprimido pode ser em pixels

Pixels
Os desenvolvedores de jogos estão de olho no mercado das startups de tecnologia em saúde, as healthtechs. (Foto: rawpixel.com / Nunny)

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Jogos eletrônicos são a maior indústria de entretenimento do planeta. Nem mesmo a música e o cinema juntos conseguem superar os quase 400 bilhões de dólares que toda a cadeia de jogos deve movimentar em 2023.

Agora, imagine uma porção disso unindo-se a outro bilionário negócio? Pois bem, os desenvolvedores de jogos, agora, estão de olho no mercado das startups de tecnologia em saúde, as healthtechs.

O primeiro grande passo neste sentido foi o desenvolvimento do EndeavorRx, o primeiro jogo da história aprovado pelo FDA, uma espécie de Anvisa do Tio Sam, como uma alternativa para o tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade em crianças de 8 a 12 anos. Para os céticos de plantão, o jogo resultou na melhoria da atenção de 73% dos pacientes, tendo seu resultado, inclusive, publicado no Lancet, uma das revistas científicas mais respeitadas do planeta. Com isso, o jogo é considerado um tratamento tão eficaz quanto uma medicação, necessitando, inclusive, de prescrição médica para utilizá-lo.

A união de gaming com as healthtechs parece ser uma aposta promissora. Afinal, o mercado de tecnologia em saúde deve movimentar perto de 270 bilhões de dólares em 2023, incluindo aí estudos para novos medicamentos, apps e dispositivos de monitoramento, previsibilidade de ocorrências utilizando machine learning e Inteligência Artificial, entre muitas outras frente. Até mesmo a busca pela imortalidade, seja por meio do upload de seus pensamentos em uma máquina, seja por meio do retardamento do envelhecimento pela reprogramação epigenética e terapia celular.

Obviamente, não podemos esquecer os problemas que os jogos eletrônicos causam, que vão desde a dependência excessiva ou a falência financeira devido ao gasto descontrolado, especialmente nos títulos com compras de vantagens dentro do jogo.

Talvez o médico e físico suíço Paracelso esteja novamente certo quando afirmou, ainda no século XVI, que a diferença entre o remédio e o veneno é a sua dose. Quantos megabytes nossos corpos irão precisar?

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