Apesar de já estar há 1 mês com o Moto Z2 Force, não cheguei a fazer nenhum post ou vídeo de primeiras impressões porque estava aguardando a hora certa de começar a usá-lo. Ou seja: quando a reforma da minha casa entrou em sua reta final e eu passei a circular por lojas de móveis, carregar peso, faxinar restos de obra e desencaixotar as coisas salvas do incêndio sofrido há alguns meses. Não podia haver momento mais propício para pegar no pesado: levando junto um celular à altura. Resistente à pancadarias, conforme mostrei no evento de lançamento, coloquei o bichão no bolso e fui à luta. Até apelidei ele de “motopeão”…
O Moto Z2 Force está disponível por R$ 2.999,00 no site da Motorola. Há uma versão chamada Power Edition, em que o aparelho vem acompanhado de um módulo de bateria — esse da foto acima. Se você cogita seriamente comprar um Z2 Force, analise com carinho os 200 reais a mais pelo módulo. Ao longo do post você entenderá melhor o porquê.
Nesse período com o aparelho, vestida de agasalho esportivo e tênis a maior parte do tempo, andei muito por aí — somente com ele e meus documentos no bolso. Peguei ônibus, Uber, carreguei caixas e mais caixas de mudança e fiz faxina pesada. Não teria feito tudo isso com tranquilidade com outro aparelho no bolso porque, como já era esperado, o Moto Z2 Force deu de encontro com pisos de cerâmica e cimento algumas vezes. Foi assim que a tela dele ficou ao término do mês:
Mas para me acompanhar no dia-a-dia, vocês sabem: não basta ser duro na queda. Precisei de muito processamento, muito 4G e muita bateria, com eventuais fotos em lojas de móveis e materiais de construção. Como já era de se esperar para alguém que está na rua o tempo todo, a bateria extra me salvou várias vezes. Pois a autonomia, pendurada direto no 4G, deixa muito a desejar. A Lenovo tem uma certa obsessão com a finura da linha Z e acaba sacrificando a bateria, que no caso do Z2 Force, é de 2.730 mAh. O snap fornece 1.300 mAh extras.
Bonito, fininho e leve, o Moto Z2 Force não pesava no meu bolso. Mas a questão da bateria me deixou em um dilema complicado: para que ela durasse um dia inteiro longe de tomadas, como aconteceu comigo durante esse período de testes, seria necessário carregar a bateria externa sempre junto, acoplada. O peso a mais deixou o aparelho um pouco desengonçado, sendo necessário levar uma microbolsa a tiracolo ao invés de deixá-lo no bolso do agasalho. Se você passa a maior parte do dia calmo, sentado, vale a pena deixar a bateria extra sempre acoplada. Mas não faz muito sentido para um aparelho que se propõe a pegar no pesado, correto? Minha solução: deixei a bateria acoplada boa parte do tempo em que estava em atividades mais calmas, mas quando precisava sair e andar bastante, deixava-a na bolsinha guardada.
Outra coisa que eu fiz muito nesse período foi andar a pé. E para esses casos, sempre ouço música e podcasts. Novo problema: a ausência do conector P2. Novo dilema: levar o fone bluetooth ou o fone normal com adaptador? Comecei com o fone bluetooth, mas como a bateria ia embora rapidinho e me incomodava andar por aí com um eletrônico a mais, parti para o fone com fios.
Um parênteses: para essas ocasiões, uso um fone tipo esportivo da Philips, que é mais resistente à água e suor e não isola muito o ruído externo, ideal para se andar na rua sem ficar alheio ao trânsito. É um guerreiro: já tem 3 anos e continua intacto, recomendo.
Mais um problema: cheia de coisas na cabeça para cuidar, algumas vezes esqueci de levar comigo o maldito adaptador, que felizmente já vem na caixa com o Z2 Force. Acabei deixando o adaptador acoplado no fone full time...
Outra observação que parece banal, mas que é muito interessante: o formato da fonte. É bem mais prático encaixar na bolsa ou repartições da mochila a fonte do Z2 Force, pelo formato mais alongado e paralelo aos pinos. Percebam a diferença para os pinos perpendiculares da fonte do meu Z Play, inimigo de bolsos. E o mais importante: tem o sistema TurboPower de carregamento, com 15W.
De resto, foi uma alegria usar o Z2 Force. Super veloz e eficiente, o Snapdragon 835 octa-core de 2,35GHz somado aos 6 GB de RAM o tornam um avião. Usei, abusei e exigi bastante do bicho, inclusive projetando filmes e games com o snap de projetor que eu já tinha do meu Moto Z. Também fui a reuniões e abri arquivos de apresentação super pesados (via Office 365) com mais de 1GB e vídeos embutidos. Cheguei até a abrir o Evernote e PDFs, carregando-os simultaneamente às apresentações. Não teve choro nem sofrimento. E graças à bateria interna do snap de projetor, deu para rodar tranquilamente 1h30 de apresentação sem precisar de tomada. Que máquina!
Câmeras
Agora o momento mais decepcionante: a câmera traseira do Z2 Force. Não sei se é por ser a segunda geração da série Z, ou pelo preço que o classifica como topo de linha, mas eu criei uma certa expectativa que não senti ser atendida. Notei que as fotos obtidas com os Motos G5S e Moto X4, que usei junto neste mês, são muito parecidas. Inclsuive nos resultados obtidos com o Modo Profundidade. Se você já conhece bem câmera de Motorola, vai achar familiares as imagens abaixo: alguma perda de nitidez e cores saturadas.
Já a câmera frontal me pareceu um pouco melhor em comparação aos Z anteriores, cujas selfies nunca me animei muito em postar. Com o Z2 os resultados ficaram razoáveis. Na segunda imagem, o clique está em modo embelezamento, que as meninas adoram…
Veredito
O Z2 Force promete e entrega no desempenho e no software — eficiente, clean e com as já conhecidas Moto Experiências (comando de voz, movimentos de navegação no sensor da digital, notificações da Moto Tela, etc). Foi fantástica a experiência de uso ao longo desse mês, resistindo bem às quedas e repelindo pingos de chuva. A câmera obteve resultados irregulares, mas nada que comprometa a vida de quem adora postar fotos nas redes sociais, inclusive selfies. Apesar dos perrengues com bateria, como uma boa heavy-user concluo que é um dos melhores Motos atuais para quem é exigente e curte a linha Z com seus snaps.
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