Sou fã da paranaense Quantum e tenho acompanhado seus lançamentos desde o início, há 2 anos. Usei o Quantum Go por 8 meses e o Quantum Fly por 4 meses, sendo que agora meu marido o utiliza. Assim, acompanhei as novidades apresentadas ontem com bastante interesse.
O primeiro produto é o carro-chefe Quantum Sky, sucessor do Fly. O segundo é o Quantum V, uma proposta bem ousada de smartphone com projetor integrado. Nota-se perfeitamente que o alvo é a linha Moto da Lenovo, e pelas especificações, os produtos devem agitar o mercado de intermediários.
Apesar do Sky ser um aparelho intermediário, a Quantum não economizou nas especificações de hardware e está entregando uma configuarção ótima para um aparelho de R$ 1.349,00: Processador MediaTek Helio P10 Octa-Core de 2 GHz, 4GB de RAM, 64GB de armazenamento (sendo 54GB livres para o usuário), bateria de 4010 mAh e tela de 5,5″ IPS Full HD. Além disso, possui tecnologia de carregamento rápido da bateria.
O leitor de digitais migrou da parte de trás para a frente. No Fly ele estava bem posicionado e me agradava, mas creio que na frontal mais gente deve aprovar. Mas o grande desafio será a câmera, que era o ponto mais fraco do antecessor. Tanto a frontal, de 13 MP quanto a traseira, de 16 MP, possuem flash LED, mas as novidades principais são o modo profissional para a traseira e um novo sistema de embelzamento de selfies na frontal, que promete um resultado menos artificial, já que foi concebido pensando nos aspectos étnicos do brasileiro.
Pessoalmente, gostei muito das especificações. Já estou com um exemplar para teste em mãos e veremos se ele cumpre as promessas. Assista aqui o unboxing do Quantum Sky.
Todavia, quem chamou mesmo minha atenção foi o Quantum V. Não há aparelho similar no mercado, de modo que as comparações são feitas com o snap de projetor da Lenovo, criado para ser usado com a família Moto Z. É vendido à parte e um combo sai por volta de R$ 2.500, sendo que o Quantum V sai por R$ 1.799 com vantagens extras, segundo promessa da empresa. Seu grande chamariz é a projeção a laser, ao contrário da tradicional DLP, que promete um sistema focus-free (ou seja, não precisa ficar regulando manualmente), cores mais vivas e mais contraste, com resolução também maior — 720p. Uso o snap de projetor da Lenovo regularmente com o meu Moto Z Play, e pude usar o Quantum V por uns instantes no evento. Realmente a qualidade impressionou. O snap da Lenovo é ótimo para dar aulas e usar em reuniões, mas na hora de ver vídeos do Netflix e do YouTube ele escorrega um pouco principalmente no contraste. Notei grande diferença com o Quantum V, e o foco inteligente ajuda muito. Mas a prova de fogo será quando eu testá-los lado a lado, em novembro, quando o V estiver oficialmente disponível para venda.
De resto, ele segue as mesmas especificações de RAM e armazenamento, mas o processador é de 1,5 GHz. A bandeja dos SIM Cards suporta 1 micro SIM, 1 nano SIM e mais um cartão micro SD. No Sky, cabe 1 nano SIM e o segundo slot pode ser usado tanto para um micro SIM quanto um micro SD.
Um diferencial bacana dos aparelhos: ambos já vem com capa de silicone e película na caixa!
Conclusão
A Quantum ousou bastante com seus lançamentos e entrega mais que a concorrência por um preço menor. Apesar de ser uma empresa nova, vale lembrar que há o background da Positivo Tecnologia no projeto. A estratégia de mercado é agressiva tanto por parte dos preços quanto da contratação do jogador Neymar como garoto-propaganda. Lembra um pouco da estratégia da Asus, que também não está economizando forças para abocanhar mercado. Será que a ousadia de novata consegue vencer a tradição? Veremos durante os testes dos produtos. Mande suas dúvidas no meu Twitter (estou respondendo a todos hoje) e acompanhe as resenhas aqui no blog!