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Precisamos de mais bateria ou de usar menos o celular?

Quem nunca se queixou da bateria do seu celular, que atire o primeiro powerbank. Aliás, ao me deparar com um artigo que sugere que não precisamos de mais bateria, e sim de usar menos nossos aparelhos, meu ímpeto inicial era o de acertar um powerbank na cara do autor. Até que parei para pensar. Decidi fazer um balanço das minhas duas primeiras semanas de estudante universitária, pois percebi que eu estava carregando bem menos meu tablet e meu celular. O que mudou, afinal?

Não, não estou usando menos esses dispositivos. Ao contrário. Sou uma estudante sem papel! Tenho usado meus dispositivos móveis durante as aulas para tomar notas e consultar e-books, e no intervalo entre elas, para ler e estudar. Além das atividades acadêmicas, continuo trabalhando com meu tablet como sempre fiz. O computador está bonitão no escritório, mas reconheço que perdi um pouco o costume de usá-lo. Deixo mais para os fins de semana — sem que o tablet e o smartphone sejam deixados de lado.

O que mudou foi eu passar a usar meus dispositivos com a conexão à web desligada. Nem sempre posso deixar em modo avião, pois preciso fazer e receber ligações de trabalho. Quanto à web, tenho me sentido nos tempos do Palm: quando quero ver emails e mensagens, ligo a internet, “baixo” tudo, respondo na hora o mais urgente e desligo. Quanto ao WhatsApp, minha família, amigos e colegas sabem que não adianta exigir resposta imediata de mim. Se é urgente, terão que fazer um antiquado telefonema…

Outro dia, durante uma aula, finalmente saquei o powerbank que estava há uma semana esquecido em um cantinho da mochila. Mas isso só aconteceu porque esqueci de carregar o tablet à noite, em casa, de um dia para o outro. Quanto ao smartphone, carrego normalmente todos os dias, mas tenho chegado em casa à noite sempre com uns 30% de bateria disponível.

O QualityTime tem analisado meu comportamento, apontando o Evernote, o Samsung Notes e o Kindle como os apps mais usados no celular. No tablet, quem se destaca são o Squid, o Xodo e novamente o Evernote. O que eles tem em comum? Funcionam bem sem conexão!

Isso posto, podemos concluir que nossa produtividade está intimamente ligada a aplicações offline. Não precisamos necessariamente de uma conexão ativa para trabalhar com composição e leitura. Por outro lado, a procrastinação exige conexão constante — vide redes sociais, jogos, YouTube e Netflix. Streaming consome bastante bateria, bem como o rolar de tela infinito das timelines

Se você é do tipo que carrega 2 powerbanks na mochila (sim, tenho alguns amigos nerds que fazem isso) talvez seja hora de repensar sua vida…

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