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A segregação ainda existe

Está implicito na alma dos sul-africanos. Tanto os que sofreram com o apartheid, quanto os que não, têm consigo rastros das quatro décadas de segregação racial no país.

A realidade é que oficialmente o racismo acabou há 16 anos graças ao mito Nelson Mandela, mas prestando atenção nos detalhes e andando pelas ruas de Johannesburgo ainda convive-se com o mal.

O único meio de trasnporte real na cidade, para quem não tem carro, são os táxis (mas que aqui são vans, ao melhor estilo das lotações que existem em diversas cidades do Brasil. Apenas negros as utilizam e esses carros são os responsáveis pelas maiores barbaridades no trânsito local.

Ao cometer mais uma, um táxi com um negro ao volante e negros como passageiro escuta. “Seu Kaffa (kéfa em afrikaner) do inferno”, fala-se num termo pejorativo criado durante o apartheid para dizer que os pretos (como são chamados os negros no país) não acreditam em Deus.

Do lado oposto da balança das raças, a reação também é ofensiva. A canção “Mate o boer (branco, fazendeiro)”, instigando a violência já foi cantada até pelo líder jovem/populista Julius Malema.

Muito dificilmente encontram-se negros como patrões. Em quase todos os lugares, são empregados e também formam uma imensa casta de desempergados no país.

Reuters
Mandela comemora os 20 anos de sua libertação após 27 anos preso por lutar contra o regime de segregação racial

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