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Jornada de trabalho

A revolução do trabalho e a semana de quatro dias: como estruturar as operações para aderir ao novo modelo

Mulher segurando calendário
A ideia de uma semana de trabalho mais curta é um tema cada vez mais relevante. (Foto: Rawpixel / Freepik)

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A adoção de práticas inovadoras em ambientes corporativos se tornou cada vez mais frequente em empresas que desejam se adaptar às mudanças de comportamento das pessoas. A pandemia do Covid-19 e a aceleração da transformação digital tornaram ainda mais evidente a necessidade de se pensar em novas formas de trabalho que promovam o bem-estar dos colaboradores. A ideia de uma semana de trabalho mais curta é um tema cada vez mais relevante, especialmente no mundo corporativo, no qual a produtividade é fundamental para o sucesso das companhias.

O assunto voltou a entrar em debate após a realização de um programa piloto realizado pela 4-Day Week Global em parceria com a 4-Day Week Reino Unido, em que mais de 61 empresas ‘entraram na onda’ e reduziram suas cargas horárias em prol do bem-estar e maior produtividade de suas pessoas. Agora, o movimento chegou ao Brasil e, com ele, trouxe questionamentos para empresas que desejam seguir o  movimento.

Ainda que seja um tema bastante popular entre os colaboradores, para as empresas, há muito trabalho em termos de estudo e planejamento para que essa implementação, ainda que em teste, seja realizada. Para fazer acontecer, é importante entender o que deve ser considerado de acordo com os objetivos da empresa, principalmente em termos de questões técnicas e áreas de atuação que necessitam maior tempo ou atenção dos colaboradores. Em áreas nas quais é essencial estar disponível durante toda a semana, como suporte e vendas, é necessário contratar um time mais extenso para que a redução da carga horária não sobrecarregue as pessoas, efeito oposto ao objetivo principal da mudança.

Sendo assim, para uma implementação eficaz do modelo, é fundamental que o planejamento seja realizado com antecedência e que a gestão conte com ações já direcionadas para treinamentos e novas comunicações para não atrapalhar os resultados da companhia. Além disso, as empresas precisam investir em ferramentas de gestão e comunicação interna eficazes para facilitar a transição para um novo modelo de trabalho. A educação dos colaboradores também é crucial para garantir que o modelo de trabalho flua com facilidade e contribua para uma melhor qualidade de vida.

Para certas empresas, o novo modelo de trabalho pode parecer inviável. Porém, durante as pesquisas e testes realizados, já é possível perceber que os benefícios superam com folga os desafios de implementação. Segundo o projeto “The 4-Day Week Global”, 95% das empresas participantes da pesquisa indicaram que o nível de produtividade dos profissionais foi mantido ou melhorado. Com a adoção em massa da semana de quatro dias de trabalho, é possível que outras empresas comecem a observar os processos e estudar a possibilidade de adotar o modelo. Isso pode levar a uma mudança na cultura de trabalho, resultando em uma maior valorização do tempo livre e do bem-estar dos colaboradores.

*Por Rafael Miranda, co-fundador e CRO da Impulso, organização especializada no desenvolvimento de profissionais e entrega de times de tecnologia sob demanda que há mais de 12 anos impulsiona e auxilia médias e grandes empresas.

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