Na era da empresa unicórnio, da receita do sucesso e do glamouroso caminho do empreendedorismo, o fracasso virou sinônimo de fim, da incapacidade de honrar essa jornada.
Banimos a chance de erro e somamos à ilusão das jornadas de assertividade e segurança, em nosso instável Brasil empreendedor. As vezes nos vemos tão próximos da necessidade de fracassar e nos anulamos, afinal, isso não pode estar na pirâmide de Maslow do empreendedorismo.
Você não leu errado, fracassar pode ser uma necessidade sim, é ela que pode te fazer encarar algum problema, o medo ou o desconhecido, algo que esteja ali te rondando, ainda tímido.
É o convite para a mudança. Aí vem a ansiedade e a insegurança, aquela que faz com que a gente olhe ao redor e encontre tantas histórias de sucesso. Qual o nosso problema?
Não nos permitimos degustar o erro, sentir seu cheiro, sabor, textura e entender o que ele faz por aqui. Ele está de passagem, mas se soubermos encarar de frente, sem dúvidas, há algo de bom que ele pode nos deixar, antes da sua partida.
Se chegamos até o fracasso é porque nos permitimos tentar, se a tentativa nos trouxe a uma jornada, é porque acertos foram realizados, e nossa falta de compaixão, com a gente mesmo, nos faz míope nesse diagnóstico.
E aí olhamos para fora, para a sociedade empreendedora na vitrine, aquela que está no Youtube ou em uma palestra em uma das centenas de evento de pessoas de sucesso, a live com as 10 dicas da trajetória daquele infalível CEO e nada, nada deu errado. O problema é só seu.
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A nossa capacidade de assumir uma escolha ou um caminho com menos êxito não nos faz menos capaz, pelo contrário, sou partidária a valorização de quem conta que sim, algo deu errado, e está tudo bem, porque é essa montanha russa, de altos e baixos, que nos faz crescer e desfrutarmos do que compreendemos, em nosso individual desejo, do sucesso.Fracasso não é o fim. Fracasso é ponto de partida.
*Laís Macedo é formada em Relações Públicas e pós-graduada em administração estratégica. Aos 24 anos assumiu a gerência geral do LIDE - Grupo de Líderes Empresariais, sendo a mais nova gerente da história do grupo. Foi responsável pela expansão nacional e internacional da associação, abrindo 30 novas unidades em quatro anos. Nos anos de gestão do LIDE, também geriu a rede de filiados Brasil, atendendo aos presidentes das principais empresas nacionais e multinacionais do país. Em 2017 criou a rede de coworking Copa Network, em sociedade com a A5 Investimentos e Alexandre Guerra, ex-presidente do Giraffas.
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