Elon Musk tem mostrado repetidamente comportamentos de uma liderança tóxica.| Foto: Imagem de Mohammed Hassan / Pixabay
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Em tempos onde as organizações abrem espaço cada vez mais para desenvolver lideranças mais humanizadas, Elon Musk tem mostrado repetidamente comportamentos de uma liderança tóxica. O executivo chegou para comandar o Twitter demitindo grande parte da equipe e depois de ameaçar os que ficaram para aceitar uma cultura “extremamente dura" com jornadas de 80 horas semanais, recebeu como resposta mais uma centena de pedidos de demissão.

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Com isso, não só destrói todo o conhecimento adquirido por aqueles profissionais como também uma cultura organizacional admirada e construída ao longo de muito tempo. Ele se tornou um exemplo de como não agir frente aos colaboradores e outros stakeholders.

Ao fazer a chamada “eficiência”, toca em um ponto crucial: a quebra de confiança e até efetivamente de contratos de empresas que patrocinam o Twitter e o mantêm em pé. Hoje, 90% da receita da rede social vem de publicidade e é exatamente essas empresas que estão abandonando o barco.

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No que se refere à comunicação, principalmente em casos de demissão em massa, existem diferentes formas de dizer a mesma coisa. Não é só a mensagem que importa, mas a maneira como é transmitida. A transparência não exclui a sensibilidade. É possível — e se deve — ser objetivo, claro e firme na hora de passar uma mensagem difícil e ao mesmo tempo demonstrar empatia .

De olho neste cenário, elenco abaixo 08 sinais de uma liderança tóxica:

1) Ela nunca está errada: é uma liderança que acredita estar sempre certa, sem dar espaço para questionamentos sobre a sua conduta na empresa. Tem como uma de suas principais características a imposição do controle.

2) Espera que o colaborador seja como ela, impondo comando da equipe, essa liderança espera sempre que o colaborador haja como ela em situações que possam vir a surgir no ambiente de trabalho.

3) Micro gerencia todo o tempo de trabalho dos colaboradores: é controladora e impõe muitas atividades dentro de um curto período de tempo, além de ficar supervisionando rotina por rotina o trabalho da equipe.

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4) Não ouve o ponto de vista dos colaboradores: nunca está aberta a questionamentos, críticas ou sugestões sobre como lidar com o trabalho. Não exerce a escuta sensível com os colaboradores.

5) É passiva-agressiva ou ignora os funcionários. Para se sentirem parte da organização, os colaboradores precisam ser ouvidos e fazer parte das discussões sobre a empresa. Isso traz diversidade e inovação para a organização. Quando um líder ignora seus colaboradores, ignora junto com isso a possibilidade de inovar no seu negócio.

6) Nenhum de seus colegas de trabalho se sente confortável para falar sobre algum problema. Um líder que não é empático e compassivo com o seu time abre espaços para que não exista uma relação de confiança entre o time. Quando isso acontece, todos saem perdendo, pois a segurança psicológica não é incentivada.

7) Acredita que o trabalho do colaborador nunca é suficiente, uma liderança tóxica é aquela que não valoriza os resultados e conquistas do time. É aquela que mesmo vendo a entrega dos colaboradores, acredita que o trabalho desenvolvido por eles ainda é insuficiente.

8) É rápida ao apontar erros: outro sinal de uma liderança tóxica é que ela em geral é mais rápida para apontar erros do que para expressar gratidão aos funcionários por algo que tenha sido feito.

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Diante dos exemplos citados acima, como a sua empresa tem lidado com lideranças tóxicas?

*Carine Roos é CEO e fundadora da Newa.