Como líderes empresariais, sabemos que precisamos pensar estrategicamente antes de agir taticamente. Essa abordagem é aplicada a muitas atividades, inclusive digitais. Afinal, para lidar com as oportunidades e desafios que o digital representa para a organização, inúmeros líderes acreditam que precisam de um plano a longo prazo abrangente e bem definido que aborde todas as questões relacionadas à transformação digital.
Não é novidade para ninguém que a pandemia de Covid-19 acelerou o processo de transformação digital das empresas no Brasil e no mundo. Porém, quando se trata do famoso digital, apenas seguir as principais tendências com velocidade não é suficiente, ao passo que a maturidade tecnológica pode variar e impactar significativamente os resultados das empresas.
Inclusive, de acordo com o Estudo Nacional sobre Evolução da Inovação de Negócios e Digital, apresentado pela Meta, empresa brasileira de tecnologia com foco em transformação digital e inovação, e a Fundação Dom Cabral (FDC), uma das principais escolas de negócios do país, para 67% dos executivos respondentes o principal desafio da transformação digital não é a tecnologia, mas sim a cultura organizacional. Enquanto 55% apontam a criação de uma visão estratégica para inovação, e não o desenvolvimento tecnológico em si, como primordial.
De fato, a transformação digital está conectada às inúmeras estratégias das organizações, e não deve restringir-se apenas aos setores de TI. Afinal, a tecnologia está evoluindo em uma velocidade vertiginosa e ninguém pode prever onde estará o digital daqui a um ano, ou o que os clientes exigirão em três anos, por exemplo. Isso exige, sobretudo, que as organizações sejam ágeis e adotem uma abordagem diferente e estratégica para as experiências digitais, envolvendo rapidamente o que diz respeito à execução e experimentação.
É essencial que as organizações pensem na transformação digital desde o início e criem o que chamamos de microexperiências, ou seja, pontos de contato com o cliente de forma sutil, contínua e memorável. Isto contribuirá diretamente na construção de uma vantagem competitiva e, consequentemente, impulsionará a diferenciação.
Mas como as organizações aproveitam a tecnologia que permite o uso de dados em tempo real, que seja preditiva e acessível de qualquer lugar? Como eles criam microexperiências que ressoam com os consumidores por anos? E de que forma é possível criar um modelo interativo que permita encontrar insights e evoluir a experiência do cliente?
Basicamente, as organizações precisam criar experiências digitais que atendam (e até mesmo superem) as principais expectativas dos consumidores – personalização, surpresa e alta funcionalidade de autoatendimento – além das experiências de design inteligentes, sociais, abrangentes e espaciais. É possível usar experiências digitais não apenas para a resolução de problemas de negócios complicados, como também para impulsionar o engajamento e aumentar a receita.
Pense nisso!
*Emerson Lima é fundador e CEO da Sauter Digital, startup especializada em Nuvem, Dados e DevOps.
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