Segundo dados da Cisco, empresa especialista em redes e tecnologia da informação, o Brasil é o segundo país do mundo com maior número de visualizações em plataformas de vídeos, com mais de 11 bilhões de views. Cerca de 96% de usuários na web consomem vídeos online por aqui. Mas você sabe como usar os vídeos a favor do seu negócio?
Falar em presença digital parece que é tema já batido, mas é importante lembrar que os algoritmos favorecem o uso do vídeo, que faz o público permanecer conectado com a sua página ou rede social - contribuindo inclusive para sua presença nos sistemas de buscas.
Em uma pesquisa da Syndacast realizada com profissionais de marketing ao redor do mundo, 52% deles afirmaram que produzir conteúdo em vídeo garante a melhor taxa de retorno de investimento. Para estes, que já sabem o poder do vídeo em uma estratégia de comunicação, basta afinar a produção com o que de fato o seu público-alvo está consumido para ser cada vez mais assertivo.
Mas e os 48% que ainda não produzem conteúdo em vídeo e, portanto, não conseguem avaliar o retorno do investimento em uma produção de qualidade?
Embora já tenhamos soluções de vídeo-produto disponíveis do mercado, com preços e prazos previsíveis, de nada vai adiantar este investimento se você não pensar de verdade no seu público-alvo e por onde você vai escoar e capilarizar este vídeo para chegar aos canais em que seu cliente está conectado. Se já tiver isso em mãos, é uma estratégia certeira.
Atualmente, temos três principais públicos que consomem vídeos online. O primeiro confirma o uso intenso das redes sociais: cerca de 70% da população mundial tem pelo menos uma conta em alguma das principias ferramentas como Instagram, LinkedIn, Facebook ou TikTok.
Ou seja, conectar sua empresa nas redes sociais pode ser essencial para o seu negócio hoje em dia, desde que você saiba em quais dessas redes está seu público.
Uma vez feito isso, é fundamental adaptar o tipo de produção ao tipo de rede em que o conteúdo será publicado e você pode planejar isso desde o briefing com seu parceiro de conteúdo em vídeo. Um exemplo clássico é o Instagram, que possui nada mais nada menos do que 3 formatos de aplicações diferentes: square (o famoso e tradicional quadrado 1:1), landscape (imagens na horizontal em 16:9) e portrait (os queridinhos verticais no formato 9:16).
Você até pode pegar um vídeo que foi feito em outro formato e publicar de forma adaptada, mas o algoritmo – que é um ser exigente – não gosta e não favorece sua distribuição nesses casos. Então, sua outra opção é planejar e produzir o conteúdo pensando em 3 entregas simultâneas nos formatos que citei acima: square, landscape e portrait. Dá para tudo isso ser derivado de uma mesma produção? Dá, sim.
Mas antes você tem que se perguntar: o meu público alvo está no stories? Faz sentido esta produção na vertical em 9:16? Se você não souber estas respostas não é o vídeo que não funciona, é sua estratégia de social que está equivocada.
Outro público é aquele que consome informações diariamente. São aquelas pessoas que querem ler notícias, tirar dúvidas e consultar dados. Por isso, é muito importante ter um canal de comunicação que entregue essas informações ao público, com objetividade e qualidade.
E não necessariamente, este segundo público está nas redes sociais tradicionais. Você pode ter uma página própria onde posta seus vídeos com conteúdos mais densos e atrair o tráfego para lá. Lembre-se de prestar atenção no movimento fortíssimo de transformação das marcas que passam a ser seus próprios publishers. Se vale fazer uma aposta aqui, é de que a comunicação corporativa será uma grande fonte de entretenimento.
Por último, mas não menos importante, por incrível que pareça, os acessos ao e-mail continuam extremamente populares, ainda que aplicativos e plataformas de mensagens instantâneas tenham surgido para otimizar o serviço. Vídeos curtos veiculados diretamente nos e-mails e principalmente com aplicação de legenda têm resultados muito eficientes nas campanhas de email.
*Simone Cyrineu é pós-graduada em gestão de vendas e negociação pela Fundação Instituto de Administração. Desde 2017, é CEO da thanks for sharing, produtora audiovisual de animação 2D voltada para a produção ágil de vídeos corporativos.
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