Com a redução da taxa Selic, o caminho está aberto e é favorável para as startups, basta avaliar as opções e planejar as próximas etapas.| Foto: Kiengcan / Freepik
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A economia brasileira vem apresentando crescimento significativo nos últimos meses. Muitas ações por parte do Governo Federal contribuíram para esse momento de estabilidade, o que culminou no aumento do Produto Interno Bruto (PIB) em 1,9% no primeiro trimestre de 2023, totalizando R$ 2,6 trilhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Agora, o novo passo foi a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de baixar a taxa Selic para 13,25% ao ano. O Banco Central vinha mantendo a taxa fixada em 13,75% ao ano desde agosto de 2022. Pode parecer uma mudança pequena, mas a redução traz benefícios para os empreendedores e startups de diferentes segmentos.

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Para as startups, o caminho está aberto e é favorável, basta avaliar as opções e planejar as próximas etapas. Como os juros ficam mais baixos com a queda da Selic, este é o momento dos empreendedores buscarem empréstimos para expandir o negócio ou quitar dívidas. Sempre é válido lembrar da necessidade de se fazer uma pesquisa detalhada com o objetivo de escolher uma instituição financeira com as melhores condições. O Banco do Brasil, por exemplo, empresa financeira estatal, afirma que os produtos direcionados a pessoa jurídica tiveram os juros reduzidos.

O mercado se mostra, então, mais propício para os investimentos. Muitos investidores podem se sentir mais confiantes e preparados para assumir riscos, buscando retornos mais expressivos, preferindo opções mais arriscadas, tais como investimentos em startups, à tradicional renda fixa. Assim, os empreendedores das startups vão ter cenário mais favorável para captar investimentos para os seus negócios, crescer mais rápido e entregar taxas de retorno mais atrativas para os investidores. Entretanto, é necessário que a taxa Selic continue nesse movimento de queda nas próximas reuniões do Copom.

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Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, um índice de juros usado pelo Banco Central que influencia outras taxas de juros do país, inclusive as determinadas por bancos e outras instituições financeiras, como as fintechs, startups especializadas em produtos financeiros totalmente digitais. É o principal instrumento de política monetária usado pelo Governo para controlar a inflação, quando a baixa sempre provoca aquecimento na economia e um estímulo ao consumo.

Entre as startups, sua redução representa um desafio apenas para as fintechs. Esse tipo de empresa de operações bancárias digitais lucra com os juros mais altos, pois depende das taxas mais elevadas para ter rendimentos por meio de sua carteira de clientes. Para eles, é preciso recalcular a rota, avaliar a saúde financeira do negócio e tomar passos com  cautela.

*Por Diogo Catão é CEO da Dome Ventures.