Quando falamos em inovação tecnológica, automaticamente, nos referimos a melhorias em processos e produtos a partir do investimento no setor, com o propósito de otimizar desempenhos e resultados, além de agregar valor ao negócio. De forma simplificada, nada mais é do que uma questão estratégica e essencial para as empresas que desejam sobreviver ao mercado que está cada vez mais competitivo e inovador.
Nesse sentido, a tendência é que os próximos anos sejam transformadores para a inovação tecnológica e, sobretudo, para a transformação digital, que já vem em uma crescente significativa nos últimos tempos. Inclusive, de acordo com uma pesquisa realizada pela TOTVS, maior empresa de desenvolvimento de sistema de gestão do país, 85% das organizações brasileiras ampliaram os investimentos em TI nos últimos três anos.
Não à toa, o surgimento desenfreado de ferramentas que prometem promover inúmeras transformações digitais, faz com que os profissionais desenvolvam ainda mais novas habilidades e se especializem constantemente. Afinal, enquanto as big techs passam por um momento turbulento e desafiador, diante dos layoffs, inúmeras empresas menores estão se digitalizando cada vez mais e, consequentemente, demandando uma mão de obra incessante.
Fato é que, diariamente surge um turbilhão de ideias e inovações disruptivas, capazes de transformar os hábitos dos consumidores e, respectivamente, a rotina das organizações. Mas, afinal, quando falamos com relação aos profissionais de tecnologia, quais são as tendências as quais eles devem ficar atentos nos próximos meses?
Bom, não é segredo para ninguém que o ChatGPT disseminou, recentemente, a importância do desenvolvimento de plataformas de Inteligência Artificial (IA). Não à toa, a linguagem de programação Python e JavaScript ganharam ainda mais destaque e, consequentemente, houve um aumento de 179% e 250% respectivamente, em candidaturas nas vagas que exigem essas tecnologias nos últimos meses.
A digitalização dos negócios também é algo incontestável, ao passo que o próprio cenário econômico contribuiu com o desenvolvimento tecnológico do ambiente corporativo. Visando torná-los mais eficientes e baratos, nem mesmo os layoffs, serão capazes de impedir esta transformação digital.
Inclusive, hoje as organizações e projetos pequenos também precisam de tecnologia para se desenvolverem. Por isso, os profissionais que aprimorarem suas respectivas soft skills, a fim de mapearem os processos dessas empresas, como funciona o negócio, os possíveis problemas e, sobretudo, como solucioná-los, certamente garantirão um registro na carteira.
Outro ponto importante é a dispersão geográfica, capaz de atrair e reter talentos, a partir da flexibilidade que o trabalho remoto proporcionou. Por isso, quase uma regra nas empresas, a tendência é que, aos poucos, profissionais e organizações fujam dos grandes centros.
E, por último, um futuro mais equilibrado no que diz respeito à igualdade de gênero no ambiente de trabalho. Segundo um levantamento da Companhia de Estágios, 54% dos estudantes aprovados em processos seletivos para vagas de estágio em 2022 foram mulheres, sobretudo, nas vagas predominantes masculinas, como tecnologia e engenharia. Lembrando que este aumento foi percebido não apenas nas candidaturas, como também nas vagas, reafirmando que é possível combater esse tipo de discriminação nas empresas.
Portanto, tendências não faltam para os profissionais de tecnologia ficarem de olho. Afinal, embora o setor esteja mais seletivo, empresas e profissionais buscam diariamente se manter relevantes e competitivos, ao passo que o mercado está cada vez mais dinâmico e exigente. Revolucionar a maneira como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos se tornou quase um hobby nesta era automatizada.
*Emerson Lima é fundador e CEO da Sauter Digital, startup especializada em Nuvem, Dados e DevOps. Iniciou sua vida profissional realizando a manutenção de computadores e, hoje, atende mais de 250 clientes de diversos segmentos.
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