O processo de transformação digital tornou-se um passo indispensável para empreendimentos dos mais diferentes segmentos.| Foto: Vecstock / Freepik
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O processo de digitalização - ou transformação digital - já bate na porta das empresas há algum tempo e, agora, mais do que nunca, tornou-se um passo indispensável para empreendimentos dos mais diferentes segmentos.

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Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que sete em cada dez empresas brasileiras já utilizam ferramentas digitais em seu processo produtivo. Já a pesquisa Transformação Digital para MPMEs, da Microsoft, aponta que 72% das micro, pequenas e médias empresas afirmam que pretendem investir em tecnologia nos próximos meses, mas apenas 28% contam com isso como prática recorrente.

A utilização de ferramentas, mesmo que não façam parte de uma estratégia específica, já é, obviamente, um passo importante. No entanto, a aplicação da transformação digital pode trazer vantagens competitivas para as marcas, que vão desde a análise de dados até a identificação precoce de problemas. Mas diante desse cenário, por que essa mudança ainda é um desafio?

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Existem alguns motivos para essa questão. Acredito que o ponto de partida é que algumas empresas não sabem muito bem por onde começar o processo de digitalização, elencando uma ou mais prioridades. Apesar do rápido avanço da tecnologia, há também um legado mais tradicional sobre como lidar com os processos, o que cria essa espécie de “trava” nas companhias. A dificuldade de entendimento sobre como mensurar os resultados dos processos digitais também é outro obstáculo.

As transformações digitais demandam adaptações por parte das empresas, pois requerem a modernização de processos, estratégias e soluções. O processo de digitalização, na prática, tende a alterar a forma de operação das empresas, e esse também é um ponto desafiador. No entanto, não há o que temer. A transformação pode ser feita aos poucos, passo a passo, conforme a necessidade de cada empresa, conforme o tipo de serviço ou produto que oferece.

Entre as muitas tendências do mercado, destaco algumas que já vêm para facilitar os processos e tornar a experiência digital mais assertiva para a empresa - e consequentemente, para os consumidores.

Low-Code e No-Code

O Low-Code é uma abordagem de desenvolvimento de software que permite a criação de aplicativos e sistemas com pouca codificação ou linguagem de programação específica. Dessa forma, não é necessário ter conhecimentos técnicos avançados para desenvolver projetos. O No-Code funciona de forma parecida, só que sem a necessidade de conhecimento técnico prévio. Isso porque utiliza interfaces pré-definidas. Ou seja: trazem agilidade na criação de projetos digitais, autonomia, redução de custo e requerem poucos recursos. Ambos já são utilizados por grandes empresas em todo o mundo.

Plataformas de dados

Uma plataforma de dados sólida é um componente essencial para permitir uma cultura orientada por dados em uma empresa. Caso os dados estejam espalhados por diversas fontes, é praticamente impossível aproveitá-los para tirar conclusões valiosas e analisar cenários para tomadas de decisões. As plataformas de dados modernas são flexíveis e escaláveis, permitindo que as empresas absorvam, armazenem, processem e analisem dados de maneira econômica e otimizada.

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Inteligência artificial

Um dos temas mais falados do momento, a inteligência artificial traz muitas possibilidades. A IA é uma tecnologia que permite que computadores aprendam e tomem decisões com base em dados, favorecendo que as empresas tomem decisões rápidas sobre as oportunidades de maior prioridade, melhorando a eficiência e automatizando processos ao longo do caminho.

Automação inteligente

A automação inteligente é um dos carros-chefe da transformação digital, por conta do potencial de otimização de processos que traz para as companhias. Automatizar tarefas e processos permite, por exemplo, que os colaboradores possam se concentrar em tarefas específicas e no trabalho de maior valor. Com as novas tecnologias de automação, as tarefas manuais podem ser automatizadas mais rapidamente do que nunca, aumentando a produtividade, melhorando a precisão e reduzindo consideravelmente o tempo e o custo.

Portanto, o principal objetivo da digitalização é alinhar a empresa às demandas e expectativas do novo consumidor. Para isso, é necessário acompanhar as tendências tecnológicas e entender como elas podem auxiliar as empresas de forma personalizada. Para se ter uma ideia, de acordo com relatório da Insider Intelligence, 99,6% da geração Z serão usuários regulares da internet até 2026. Ou seja, para alcançar esse contingente de potenciais clientes, é preciso estar na mesma página. E sua empresa, como está no processo de transformação digital?

*Fellipe Guimarães é CEO da Codeby, a Keyrus Company.