Quando Michel Temer aceitou ser o vice de Dilma Roussef, duvido muito que imaginava acabar como presidente da nação. Veja bem, possivelmente ele até desejasse isso, mas naquela época o PT era quase intocável, e imaginá-lo caindo de podre via impeachment não fazia sentido. Mas caiu. O governo roubou como nunca, gastou como nunca, e deixou como saldo uma crise generalizada sem precedentes. Um exemplo disso foi a Medida Provisória que visava a redução à força da conta de luz, a qual desencadeou uma crise profunda no setor energético. “Temos de agradecer Dilma pela privatização da Eletrobras”, afirmou o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco, em palestra recente. A questão é que Temer, apesar de claramente ter suas ambições de poder – o que notamos por sua resistência em deixar a Presidência –, não é um estadista nato, nem se preparou para ser o líder que o Brasil necessitava e ainda necessita hoje. Para Gustavo Franco, “o PMDB, partido de Michel Temer, nunca foi um partido de reformas ou de economia de mercado, mas diante do ‘consenso de fracasso da nova matriz econômica’, a sigla teve que colocar essa pauta na agenda, mesmo dentro de algumas limitações”. O resultado é que as reformas não causarão grande impacto e ainda acabarão sendo revistas. E, na mesma toada, serão realizadas as diversas privatizações anunciadas, como da Eletrobras, deixando aquela sensação de “feito às pressas” e de “mau negócio”.
Os ganhos com a privatização da Eletrobras
Questionamentos sobre a condução das privatizações à parte, o fato é que privatização mal feita é melhor que privatização nenhuma. Se você ainda não está convencido disso, pense no tanto de prejuízo que o erário público sofreu por causa da gestão corrupta da Petrobras em conluio com o PT, e o quanto teríamos sido poupados se a empresa tivesse sido entregue à iniciativa privada. Felippe Hermes dá mais detalhes sobre o que iremos ganhar com a privatização da Eletrobras.
Mentalidade estatista e mentalidade da iniciativa privada
Não adianta sonhar com o mundo ideal em que acabamos com a corrupção e má gestão das estatais mantendo-as nos braços do Estado. “E se tivermos mais agências reguladoras, mais órgãos de fiscalização?”, perguntariam. Ora, a saída para controlar os gastos do Estado não pode ser criar mais mecanismos de fiscalização. Uma empresa estatal, a princípio, não tem de temer a fiscalização, que ela pode muito bem comprar sem que a concorrência fique de olho. Ou seja, é só mais oportunidade para corrupção, e quem não vê isso ignora a história recente do Brasil. “E a solução não pode ser trocar a classe de políticos e de gestores públicos?”, podem retrucar. Quem pensa isso não entendeu nem por um minuto a complexidade dos esquemas de corrupção na máquina pública. Apostar todas as nossas fichas numa classe de burocratas que só nos deu desgosto é idiotice. Privatizar é a única solução. E vou além: não só uma questão de solucionar um problema doméstico. Romper com a mentalidade estatista é um dever moral; é deixarmos de sermos dependentes do papai “Estado” que soluciona nossos problemas; é criarmos uma cultura de empreendedorismo e de protagonismo do cidadão nas questões da sua comunidade. Vejamos o que Per Bylund tem a dizer sobre “Como o agigantamento do governo nos divide e nos deixa menos civilizados”.
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