Nota-se que o governo Trump é norteado pela premissa de que o presidente deve servir aos interesses do seu povo – o que inclui a recuperação da economia, a salvaguarda da cultura e dos valores locais, a proteção das fronteiras e a defesa contra os inimigos –, e não aos interesses de agentes políticos externos que, quando não estão interessados no colapso total dos EUA, querem que a soberania americana seja dissolvida num projeto maior de governança global. Desse modo, colocar a América em primeiro lugar e combater o globalismo são duas faces da mesma moeda. O que Trump está fazendo em termos de política externa é nada mais nada menos que se opor àqueles que querem destruir seu projeto, o projeto dos EUA soberano e forte: trocando em miúdos, está combatendo globalistas, comunistas e jihadistas.
Pois bem, o homem elegeu-se com essa plataforma de governo. No entanto, a maior parte dos jornalistas não cansa de simular perplexidade diante de posturas e deliberações vindas da Casa Branca, sempre distorcendo fatos e intenções, quando Donald Trump está, na realidade, apenas cumprindo suas promessas de campanha – precisamente aquelas que o fizeram ser eleito.
Em recente discurso na ONU – o órgão máximo do globalismo -, é evidente que o presidente americano iria “quebrar o decoro” de modo a alertar o mundo que com os EUA não se brinca e que ele, Trump, retomou as rédeas do país. E fez isso até que com bastante elegância, conclamando os líderes patriotas a fazerem o mesmo com seus países, e recordando o fundamental papel que a ONU teve no passado na defesa do Estado de Israel.
Houve ainda o momento clímax, em que Trump chamou Kim Jong-um de “rocket man” – porque ele anda muito espertamente dando demonstrações de seu poder de fogo, explodindo bombas de hidrogênio e dizendo que vai expandir seu programa nuclear para destruir parte da América – e retribuiu a ameaça dizendo que os EUA é que destruiriam a Coreia do Norte. A mídia em peso condenou a fala de Trump, chamando-o de maluco, belicoso etc – convenhamos, o que esperar dessa gente que acha que autodefesa é truculência? A íntegra do discurso você pode encontrar neste texto de Eric Balbinus, assim como seus comentários, que frisam o absurdo da comparação de Trump a Kim: “No fim das contas estes mesmos monstros dirão que “Trump é tão ruim quanto Kim”, mesmo um sendo eleito com mandato de quatro anos por um povo que tem liberdade até para as críticas mais absurdas e o outro um tirano que herdou a posição de carrasco-mor de seu pai a posição que também foi do avô”.
Já neste texto, Flávio Morgenstern analisa os principais pontos do discurso: o acordo Acordo nuclear com o Irã e Oriente Médio, a ameaça da Coreia do Norte, o socialismo na Venezuela e em Cuba, o globalismo e a ONU. E aqui você pode conferir a opinião de uma liberal, eleitora de Bernie Sanders e Hillary Clinton, que teve uma postura muito honesta ao refutar as acusações da mídia à Trump nesse episódio do discurso na ONU.
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