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No início do ano todos tem as esperanças renovadas para realizar o que não foi feito em 2012. Mas será que finalmente o ano de 2013 será o ano da sustentabilidade?

Olhando a história, é fácil enfraquecer a esperança. Desde 1972, quando o Clube de Roma publicou “Os Limites do Crescimento”, até hoje, com as diversas evidências científicas sobre a urgência de um modelo mais sustentável de sociedade, há uma constante: a falta de vontade política para fazer o que deve ser feito. Os empasses nos acordos internacionais, como o Protocolo de Kyoto, e a falta de compromissos concretos após a Rio +20 são apenas dois exemplos entre um grande leque de indecisões e falta de acordo entre os lideres mundiais.

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Não é muito complicado entender os motivos desta falta de avanço. O principal índice de sucesso pelo qual um governo é avaliado é o financeiro: qual o crescimento do PIB, quantos empregos gerados ou qual o superávit. Colocar em prática medidas que promovam a sustentabilidade muitas vezes precisam de mais investimento do que os governantes estão dispostos a comprometer. Porém, o orçamento governamental normalmente não é o impeditivo principal, são os interesses financeiros de um país, cidade ou estado. Afinal, como uma indústria vai conseguir competir com produtos chineses se, além do próprio negócio, ainda tiver que se preocupar com a sustentabilidade? E por que os chineses vão se preocupar com a sustentabilidade se lá o crescimento econômico do país é excelente?

É um cenário complicado, pois os que estão dispostos a fazer algo para mudar não conseguem sem arriscarem muito. E aqueles que, por sua vez, não querem mudar tampouco têm incentivos para pensar diferente.

E qual a saída? A resposta pode estar no sintoma da situação, na vontade política. Alguns exemplos de sucesso podem ser vistos, como o Butão, que tem sua governança sendo guiada pelo índice FIB, a Felicidade Interna Bruta, e tem contribuído em muito pela qualidade de vida e ambiental no país asiático. Mas para mudar o paradigma do PIB para o FIB, o líder do Butão precisou de coragem para trabalhar pensando nos benefícios de médio e longo prazo para a população.

Quem sabe nessa época de promessas de início do ano possamos ter a esperança de que aqui algum líder ou político tenha a coragem de realizar propostas que coloquem nosso país e nosso mundo em um rumo mais sustentável!

*Artigo escrito por André F. Bongestabs, articulador no SESI-PR, parceiro do Instituto GRPCOM

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