Há aproximadamente dois anos, um garoto de 13 anos chamado Aidan Dwyer não apenas observou um padrão bastante peculiar na natureza como desenvolveu um sistema de captação de energia solar muito mais eficiente. Em um passeio por montanhas do estado de NovaYork, ele notou um padrão espiral de crescimento, além de determinada sequência do número de galhos e folhas nas árvores. Esta sequência foi identificada pelo pequeno garoto por, nada mais nada menos, que a famosa sequência de Fibonacci (1, 1, 3, 5, 8, 13, 21, 34…).
À medida que a árvore se projeta para cima, suas ramificações aumentam seguindo a sequência de Fibonacci – de forma que a maior quantidade de folhas esteja exposta à maior quantidade de luz pela maior quantidade de tempo possível. E não é isto mesmo que os painéis solares buscam?
A partir dessa observação e posterior experimentação, Aidan chegou à conclusão de que o ângulo e organização dos galhos e folhas na “árvore” do captador de energia solar aumentam consideravelmente a sua eficiência. Podem chegar a mais de 150% de eficiência durante o inverno se comparado a painéis dispostos de forma achatada, como uma superfície. O projeto da árvore acaba se tornando muito menos suscetível à chuva, neve e sombra, entre outros, e a produtividade vai lá em cima!
Esse conceito é, de fato, tão importante que a Panasonic, durante a feira de design Milano Salone del Mobile 2013, trouxe o projeto “Energetic Energies”, uma tentativa de desenhar a cidade sustentável do futuro. Nesse projeto, o arquiteto japonês Akihisa Hirata apresenta, entre outros pontos, exatamente a ideia de captadores de energia solar em forma de árvore, com painéis sendo unidades independentes de movimentação autônoma e ajustável, de acordo com a incidência da luz natural. Dessa maneira, o consumo de energia é feito de forma racional não só em casas e escritórios, mas na cidade como um todo.
Parando para refletir um pouco, fica bem simples compreender que a natureza, com seus milhões de anos de tentativa e erro, possui um rígido sistema de eliminação de projetos falhos e promoção dos bem-sucedidos e mais adequados ao seu crivo. Isso é uma vantagem grande demais para que nós deixemos de tirar proveito.
A tendência é que observemos mais o que nos rodeia, com o objetivo de não apenas melhorarmos a nossa vida através dos “projetos bem-sucedidos”, mas também a fim de preservarmos os modelos originais dos quais tiramos e ainda devemos tirar as ideias de um futuro melhor.
*Artigo escrito por Pery Freitas, membro da Associação Mensa Brasil.
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