Por Instituto Legado
Jovens estão buscando tornar o mundo um lugar mais justo com iniciativas que podem se transformar num modelo de negócio. Assim nasce o empreendedorismo social: com a premissa de promover cidadania e solucionar vazios institucionais ou serviços básicos, como saúde, moradia, educação. Este estilo de negócio surge a partir da percepção de um gap local. E de onde surge esta nova mentalidade? Muitas vezes, desenvolvendo projetos baseados nas realidades vistas/vivenciadas por você mesmo, por meio de colegas e/ou junto à universidade, fator importante para formar talentos que já cheguem ao mercado com performance financeira e essa mindset de impacto.
É importante pararmos para refletir sobre vivenciar novas realidades, sejam elas locais e no exterior. Por exemplo, na cidade de Mumbai, na Índia, há uma região turística onde convivem pessoas de uma boa realidade financeira. Praia bonita, hotéis de luxo, belos palácios, lojas de grife nacionais e importadas. Porém, a 30 minutos de distância deste local podemos observar que, assim como todos os países, nem tudo é um mar de rosas. Há pessoas passando fome, poluição do ar e do mar e outros problemas estruturais. Pode-se observar que o mesmo também acontece em nossa realidade diária, onde há diversos contextos em regiões próximas.
Recentemente, um grupo de colombianos esteve em Curitiba para um programa voltado ao empreendedorismo em economias emergentes. Eles conheceram incríveis pontos turísticos e grandes organizações, mas voltaram para seu país de origem insistindo na ideia de que a cidade não tem pobreza. Isso nos traz a reflexão de que as diferentes realidades estão mais próximas do que costumamos imaginar e da importância de conhecermos, em contextos sociais, a cidade onde vivemos. É preciso compreender o mundo, os problemas e as soluções que nós ofertamos enquanto empreendedores sociais. Devemos entender os diferentes contextos culturais, isto não só enriquece você, mas também o seu negócio social atual ou futuro.
Sabe aquela primeira e nova experiência que te fez querer abrir um negócio de impacto social? Se a cada dia que passa temos novos aprendizados e ideias para possíveis soluções, imagine tendo uma imersão cultural em uma nova realidade para conhecer e sentir novas experiências. Junta-se, de fato, insumos para uma formação significativa e diferenciada. É aí que pode surgir uma reação à inovação: as possibilidades de se surpreender, de se adaptar ou de mudar de rumo. E esta imersão cultural pode ser realizada em pesquisas na internet, assistindo documentários, na sua faculdade com colegas estrangeiros, em comunidades de sua cidade, participando de programas de voluntariado; a cultura e sua diversidade está ao nosso redor.
Existe uma frase que diz: “Quando seu interior muda, seu exterior reage à mudança”, e é essa reação junto, ao propósito e conhecimento, que nos faz concretizar e, possivelmente, escalar nosso empreendimento. Nós, jovens empreendedores sociais, sonhadores, multiplicadores, devemos desbravar as mais diversas culturas para, assim, nos engajarmos. Com as trocas culturais adquirimos novos conhecimentos e horizontes que nos motivam ainda mais a fazer a diferença e nos trazem infinitas reflexões sobre a nossa própria cultura. Vamos juntos transformar?
*Artigo escrito por Rafael Florentino, graduando em Gestão de Processos pela ISAE/FGV e com extensão em empreendedorismo social nas economias emergentes em universidades da Índia e Colômbia. Sócio-COO da Trópico – Produtora audiovisual focada em causas sociais. O Instituto Legado é parceiro do Instituto GRPCOM no blog Giro Sustentável.
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