É de conhecimento da maioria da população a importância da água. O corpo humano, por exemplo, é constituído entre 70% e 75% de água. Logo, água é vida!
Nesse contexto, encontramos inúmeras realidades, desde pessoas preocupadas com o uso e reuso adequado desse recurso tão precioso, como aqueles alheios à atual crise hídrica no Brasil e no mundo.
Hoje, falamos da crise hídrica, mas por décadas se falou e ainda se fala de regiões em diferentes partes do mundo onde pessoas morrem de sede e de fome. A água, por sua natureza, não pode ser distribuída de forma igual, pois ela deriva de rios, lagos e nascentes que estão localizados em determinados territórios no planeta. Porém, hoje, o homem possui uma tecnologia muito avançada que pode contribuir positivamente para o abastecimento da água para toda população mundial, como o processo de dessalinização da água do mar. Mas, essa é uma questão que além de interesse político e econômico deveria envolver um sistema de valores e princípios que garantisse a satisfação das necessidades das gerações presentes e futuras e consequentemente a qualidade de vida para todos.
Para a população em geral fica o convite em utilizar de forma responsável esse recurso que faz a grande engrenagem do ciclo da vida funcionar. Atualmente, 70% da água consumida no mundo é destinada para a irrigação. Outros 20% são usados pela indústria e 10% nas residências. No Brasil, a cultura do desperdício deriva da abundância dos recursos hídricos disponíveis. A despreocupação com o tema fez o cenário mudar. Hoje, vive-se um momento de escassez da água nas grandes cidades, onde os cursos d’água sofrem com poluição por esgotos domésticos, industriais e agrícolas, além da falta de proteção dos mananciais e, consequentemente, a diminuição das reservas subterrâneas.
Por isso, a necessidade de colocarmos em prática a “língua” dos 10 R’s dos Recursos Hídricos:
Reduzir o consumo de água: tanto a agricultura como a indústria e todos os setores da economia juntamente com a população podem reduzir o consumo de água.
Reuso da água: uso racional ou eficiente da água potável.
Reaproveitar a água da chuva: a instalação de cisternas pode colaborar para reduzir a utilização de água potável em usos secundários, como a lavagem de calçadas e descargas de banheiros; nas indústrias, vários processos podem usar a água de reuso.
Repensar o uso: incluir hábitos no cotidiano e ver se realmente precisamos gastar tanta água em determinadas tarefas.
Rever o modo de produção e consumo: toda pessoa deveria rever o seu consumo não apenas da água in natura, mas dos objetos que levam água na sua produção. Exemplo: o processo de produção de uma calça jeans consome aproximadamente 15 mil litros de água. Menos consumo = menos utilização de água.
Reduzir a Pegada Hídrica: compromisso de todos para redução do consumo de água nas atividades do dia a dia. A agricultura é uma das áreas que mais utiliza água, por isso, precisamos encontrar alternativas para reduzir o desperdício no campo: irrigação noturna, técnicas de plantio direto, etc.
Revitalização dos rios e nascentes: os rios são as bacias naturais para armazenar a água, portanto, revitalizar os rios é muito importante.
Recuperar as matas ciliares e as nascentes: preservando as matas do entorno dos rios estamos protegendo-os do assoreamento.
Regulamentar o uso da água entre outras medidas: o poder público pode criar mais legislações específicas para este fim.
Restabelecer os níveis dos reservatórios: o governo pode, com planejamento, propor alternativas de engenharia e de políticas de recuperação de florestas para proporcionar o ciclo hidrológico (evaporação, precipitação, infiltração e escoamento).
O uso sustentável dos recursos hídricos depende da consciência moldada pelo conhecimento, que somente a educação pode subsidiar. Um povo consciente sabe qual é o real valor da água.
*Artigo escrito pela professora Valderez Taborda, representante das Faculdades Santa Cruz no Núcleo de Instituições de Ensino Superior (NIES) do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE) e pela coordenadora executiva do CPCE, Rosane Fontoura. O Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial – CPCE é colaborador voluntário do blog Giro Sustentável.
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