Na segunda-feira da semana passada, o presidente Barack Obama assumiu seu segundo mandato à frente de um dos países mais poderosos do mundo. A data da posse, no dia 21, coincidiu com um importante feriado estadunidense: o “Martin Luther King’s Day”, comemorado anualmente na terceira segunda-feira de janeiro. Foi a segunda vez na história em que a data de posse de um presidente norte-americano coincidiu com o referido feriado. Desta feita, no entanto, a coincidência é significativa na medida em que, muito provavelmente, a eleição de Obama é um dos grandes resultados da assertiva atuação deste grande líder que foi Martin Luther King Jr.
Quando pensamos em grandes lideranças da humanidade, aliás, King é um dos mais lembrados – ao lado de nomes como Ghandi, Madre Teresa, Nelson Mandela, Dalai Lama e, claro, Jesus Cristo. Mas o quê exatamente estas pessoas têm de diferente das outras? O que podemos aprender a partir de seus exemplos?
Há quase 50 anos, sob o sol escaldante do verão dos EUA, mais de 250 mil pessoas participaram da Marcha sobre Washington para ouvir Martin Luther King discursar sobre direitos civis. Assista abaixo:
Bonito, não? Mas longe de ser o melhor orador que o mundo já viu, certo? Por que, então, tanta gente se deslocou por horas e horas em ônibus de todas as partes dos EUA para aparecer na capital no dia e horário marcados? Não houve convite nas mídias sociais, e também não havia email ou torpedos de celular naquela época…
A resposta, segundo o escritor e palestrante motivacional Simon Sinek, é que King não dizia para as pessoas o que deveria ser mudado, mas sim, dizia a elas em quê acreditava – e a partir disso, os que também acreditavam nos mesmos ideais difundiram a causa para outras. “Há os lideres e há os que lideram. Os líderes podem estar apenas ocupando posições de autoridade. Mas os que lideram, inspiram”, afirma Sinek.
Na verdade, ninguém dos que estavam em Washington em 1963 foi até lá para ouvir King. Foram por si, pelo que acreditavam e sonhavam naquele momento. E nós, 50 anos depois, podemos concordar ou não com este e outros líderes pelo que acreditamos – e não simplesmente pelo que foram, representam, ou nos dizem as outras pessoas que neles acreditam.
Portanto, a lição das grandes lideranças é encontrar a razão de fazer, para depois pensar no “como” e no “que” fazer. Se isso for alcançado, consequentemente torna-se viável assumir o papel de liderança e inspirar outras pessoas. Basta querer, pois acreditar em algo e ter um sonho está ao alcance de todos, não é mesmo?
E você? Qual o propósito da sua vida? Como você exerce a sua liderança?
*Artigo escrito por Rafael Finatti, colaborador do Instituto GRPCOM em Curitiba
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