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Até mesmo as decorações de Natal foram modificadas pela preocupação com a falta d’água. Vários shoppings de São Paulo trocaram as flores naturais pelas artificiais para economizar água e o fato virou notícia. Quem poderia imaginar?
Se disséssemos isto há alguns anos, nos definiriam como malucos ou desvairados. Mas hoje, já começamos 2015 com a situação da falta de recursos hídricos chegando a patamares desesperadores, principalmente na capital paulista. O fato nos leva a uma série de reflexões, indagações e questionamentos.
Não poderíamos ter imaginado tal cenário e nos precavido antecipadamente? Seríamos sensatos se tivéssemos economizado com mais eficácia antes de chegarmos a este ponto? O governo deveria ter sobretaxado o custo da água antes que ela estivesse acabando? Não conseguiríamos ser verdadeiramente disciplinados visando apenas o não desperdício? E não somente de água, mas também de energia e alimentos.
As crianças são doutrinadas diariamente nas escolas para a economia dos recursos naturais. Utilizamos copos não descartáveis para a ingestão de sucos ou água e para auxiliar durante a escovação dos dentes – assim, a torneira não fica aberta. Aproveitamos a água das chuvas para regar as plantas e buscamos, através de pequenos gestos, construir um futuro melhor.
Mas parece que pouco adianta, já que em casa a criança observa o contrário do que lhe é ensinado: banhos demorados, a torneira da cozinha sempre aberta, carros lavados semanalmente com mangueira e diversas outras reações insensatas de toda nossa sociedade adulta.
Não estamos, nas escolas, dando conta de educar os pequenos, pois o adulto que mantém com a criança a relação de poder não consegue em sua normalidade dar bons exemplos – nem os mais simples, como não desperdiçar água. Convém um pensar mais inteligente para 2015, uma mudança de atitude severa com relação aos recursos naturais e a outros. Que 2015 seja um ano glorioso em termos de mudanças de atitudes para o bem comum!
*Artigo escrito por Esther Cristina Pereira, psicopedagoga, diretora da Escola Atuação e vice-presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR). O SINEPE é colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Giro Sustentável.
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