Foto: SXC Energia eólica é uma das fontes renováveis já utilizada em diversos países.| Foto:
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No momento em que cada vez mais a sustentabilidade e a conservação do planeta estão em evidência, as energias renováveis aparecem como uma das alternativas. Existem muitos debates sobre o uso do biodiesel e do álcool para os automóveis, além da energia eólica como fonte de energia elétrica. Aproveitando este momento, o Governo do Estado do Paraná juntamente com o Instituto de Tecnologia do Paraná, Tecpar, desenvolveram um programa que busca colocar o Estado, estrategicamente, em um período de 10 anos, em uma posição competitiva mundial com relação à geração distribuída renovável interconectada a redes inteligentes, que também são conhecidas como smart grids. Elas servem como redes de distribuição informativas, que podem ser usadas também para geração de energia elétrica em pequenas escalas. Em pouco tempo, empresas, casas, edifícios, podem auxiliar nesta produção de energia.

No Brasil, segundo o relatório divulgado pela Copel e o balanço energético nacional de 2010, observa-se que, do total, 53% é obtido de fontes não renováveis de energia, o petróleo e seus derivados (38%), gás natural (9%), carvão mineral e urânio (6%), sendo que os setores que mais consomem energia são o industrial e de transportes.

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O “Smart Energy Paraná” reúne em seu comitê gestor representantes do Governo, do setor empresarial, academia e instituições de pesquisa. Segundo Daniel Fraxino, gerente de projetos da Tecpar, o Paraná, por ter uma característica muito particular, que é ter sete universidades estaduais em seu território, além da estrutura universitária da capital, facilita um alinhamento estratégico que ordene e crie sinergias entre os gestores públicos, centros de pesquisa, indústria e mercado.

O projeto foi lançado em 29 de junho de 2012, com a responsabilidade repartida pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e tendo a sua Secretaria Executiva no Tecpar. Os trabalhos estão no período de construção da constituição da governança do programa, na negociação de acordos nacionais e internacionais para desenvolvimento de projetos piloto e cursos de capacitação. “Estamos buscando a instalação de uma estação solarimétrica padrão SONDA, que será a primeira em nosso Estado, na criação de uma plataforma tecnológica para teste, demonstração e certificação de equipamentos e processos, e no apoio à organização do Congresso Internacional de Energias Inteligentes 2013”, afirma Fraxino.

A intenção do programa é utilizar as fontes de energias limpas. Em um primeiro momento será dado ênfase nas fontes fotovoltaica e eólica. “Mas, também nos interessa conhecer mais sobre as fontes maremotriz e undimotriz, por exemplo”, finaliza.

Itaipu também conta com um projeto para energias renováveis

A Itaipu Binacional, maior geradora de hidreletricidade do mundo, criou a Plataforma Itaipu de Energias Renováveis, que tem como objetivo criar novas oportunidades de negócio e proporcionar autonomia energética para os setores agropecuário e agroindustrial da região Oeste do Paraná, paralelamente a um processo de saneamento ambiental, utilizando as energias eólica, biomassa, solar e hidráulica.

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Em energia eólica, até 2030, o Governo brasileiro espera ter capacidade instalada de 3,3 gigawatts em todo território nacional. O Paraná tem um potencial estimado em 3,5 gigawatts. Para se ter uma idéia, as 17 hidrelétricas e uma termelétrica da Companhia Paranaense de Energia (Copel) somam uma capacidade instalada de 4,5 gigawatts.

Do ponto de vista energético, a geração de eletricidade, a partir da biomassa nova, encontra um cenário bastante favorável, dada a forte produção agropecuária local e suas características fundiárias. Outro aspecto positivo da geração de energia a partir da biomassa é que essa tem grande potencial para irrigar a economia local, fomentando os setores de indústria e comércio (fabricação e venda de equipamentos) e também de serviços (elaboração de projetos).

Por outro lado, a energia solar é a solução ideal para áreas afastadas e que ainda não dispõe de energia elétrica. Destaca-se também por ser um tipo de energia alternativa, limpa e benéfica ao meio ambiente. Para cada quadrado de coletor solar instalado, evita-se a inundação de 56 metros quadrados de terras férteis para a construção de usinas hidrelétricas.

Já a contribuição da energia hidráulica na matriz energética nacional, segundo o Balanço Energético Nacional, é de 14%, participando com mais de 74% de toda a energia gerada no País.

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Cada tipo de energia tem seu projeto independente. Mas, todos englobam um só, a busca por energias limpas e que auxiliem na conservação do planeta.

 

*Artigo escrito pela equipe do ISAE/FGV, instituição parceira do Instituto GRPCOM.

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