A manutenção da qualidade dos mananciais, sejam fontes superficiais ou subterrâneas de água, depende também de boas práticas de conservação da vegetação nativa aliadas ao tratamento de efluentes. Zonas periurbanas e rurais geralmente não são atendidas pela rede coletora de esgoto e o uso de sumidouros ou o lançamento direto em corpos hídricos é a forma mais utilizada para descartar os efluentes, o que costuma causar contaminação ambiental.
Nesses casos, um método alternativo e eficiente é o sistema de tratamento de esgoto por zona de raízes ou wetlands, que além de bom para o meio ambiente – pois o efluente é naturalmente filtrado pelas plantas e a água é devolvida limpa para a natureza – também possui baixo custo de instalação e manutenção.
Nesse sistema, o esgoto doméstico passa por um tanque séptico e vai para um outro tanque escavado no chão – impermeabilizado com lona e preenchido com camadas de pedra brita e areia, que funciona como um filtro biológico. Sobre esse tanque são colocadas plantas que ajudarão no processo de decomposição e aproveitamento da matéria orgânica, além de levarem oxigênio ao sistema por meio de suas raízes.
Algumas espécies que podem ser utilizadas são o copo-de-leite, cana índica, helicônia e papiro-brasileiro. Implantar um sistema de tratamento de esgoto por zona de raízes em casa é uma forma de proteção ambiental, sem poluir rios e solos, e ainda cultivar um bonito jardim.
Para incentivar essa boa prática, foi realizada em fevereiro um curso sobre o tema em Piraquara (PR). Cerca de 30 pessoas, entre proprietários de áreas naturais da região, professores e servidores do município, participaram da capacitação, que contou a montagem de uma estação de tratamento em forma de maquete em um aquário. Por meio dela e da orientação dos técnicos, os participantes puderam visualizar de forma didática o processo de instalação da estrutura.
O curso foi organizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (SMMU) e pela SPVS e contou com a parceria das Secretarias Municipais de Infraestrutura e de Educação, Sanepar, Instituto Emater e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
*Artigo escrito pela equipe da ONG Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental – SPVS, parceira do Instituto GRPCOM no blog Giro Sustentável.
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