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Brasil é o único país a ganhar capítulo em Programa Educacional da ONU

PRME Brasil (Foto: )
PRME Brasil

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Incluir conceitos como Ética e Responsabilidade Corporativa em programas educacionais voltados para executivos é uma das principais tendências globais observada nas melhores instituições acadêmicas mundo a fora. A explicação para o movimento é bastante simples. Existe um novo paradigma na forma de se pensar e fazer negócios, que tem raízes em outro conceito chamado Sustentabilidade. Ou seja, o mercado pede profissionais que tenham conhecimento deste novo paradigma e assim, não coloquem suas empresas em risco no que tange passivos sociais, ambientais e voltados a reputação e imagem.

Tendo este panorama como pano de fundo, em 2007 a Organização das Nações Unidas lançou o PRME – Principles for Responsible Management Education ou Princípios para Educação Executiva Responsável. O programa é composto por seis diretrizes que norteiam a gestão das instituições acadêmicas, universidades corporativas e organizações de suporte que compartilham dessa visão de que é preciso educar de forma responsável.

De lá para cá, a rede brasileira se organizou e hoje é composta por 21 organizações signatárias do PRME, presentes em diversos estados como Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Todas elas possuem ações em diversos níveis educacionais, com foco na disseminação de valores voltados à sustentabilidade, com o objetivo de desenvolver lideranças para atuar neste novo contexto.

Como prova deste esforço brasileiro na busca de posicionar seu setor educacional dentro deste importante movimento, no dia 08 de agosto foi oficialmente lançado o Capítulo Brasileiro dos Princípios para Educação Empresarial Responsável, que terá a missão de ampliar o movimento da educação com foco transversal em sustentabilidade em todos os níveis educacionais no País.

Formado por uma estrutura de governança composto por um board que desenhará o planejamento estratégico do grupo para 2014 e comissões que ajudarão a operacionalizar os objetivos, o grupo funcionará como um centro de excelência em educação e sustentabilidade no País, promovendo parcerias para a produção científica na área, intercambio de alunos e professores, desenhos de soluções educacionais em conjunto e a interlocuções com órgãos do governo que formulam políticas públicas no setor educacional.

Para Norman Arruda Filho, presidente da Diretoria do Capítulo Brasileiro do PRME, a ideia é consolidar cada vez mais a educação para a sustentabilidade de forma transversal na educação pública e privada no País, em todos os seus níveis. “O Brasil tem uma oportunidade única de provar que é possível crescer respeitando o meio ambiente e as pessoas. Para isso, o setor educacional precisa estar pronto para oferecer a educação necessária aos nossos jovens que estão entrando ou já atuam no mercado de trabalho”, declara.

*Artigo escrito pela equipe do ISAE/FGV, instituição parceira do Instituto GRPCOM

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