Há algum tempo percebemos que as pessoas estão mais reclusas. Uma mudança significativa no estilo de vida, com as pessoas trancafiando-se atrás de grades e protegidas por câmeras de segurança, revela que estamos mais preocupados com a segurança – ou melhor, com a falta dela.
Acompanhamos um momento de grandes transições, em que o Brasil é considerado a 8ª economia mundial e não mais uma “imensa Amazônia” – tanto que receberemos, em breve, a Copa do Mundo. Logo poderemos superar o problema da pobreza extrema, melhorando os índices de desigualdade de renda de forma a alcançar uma taxa nacional de pobreza não maior do que 4%.
Mas se existem todas estas evoluções tão positivas, por que a violência aumentou? Por que cada vez mais conhecemos pessoas que se dizem tão inconformadas e assustadas? Onde estamos errando, se as taxas de emprego e a renda da família brasileira estão mais altas?
A população não se sente confortável. Nossos vizinhos se dizem assustados. E mesmo em cidades maravilhosas, de paisagens famosas, a vida não é tão sedutora. De nada adiantam as boas notícias que circulam sobre a economia, se ainda nos sentimos aprisionados e receosos com toda essa falta de segurança.
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