
Há dois meses o Ministério da Justiça lançou a Campanha Nacional do Desarmamento 2011. Nesse período, 9,1 mil armas e 30 mil munições foram recolhidas em todo o país. Os revólveres de calibre 38 lideram a lista – representando 26% das armas entregues – o que é um dado importante, já que estatísticas apontam que a maior parte dos crimes no Brasil são cometidos com esse tipo de arma.
Pesquisas oficiais também revelam que 80% dos crimes são realizados com armas legalizadas. O que parece um tanto quanto contraditório, já que desde que o Estatuto do Desarmamento entrou em vigor, em 2003, o acesso ao registro e porte de armas ficou bem mais difícil: é necessário ter no mínimo 25 anos, comprovar idoneidade com certidões de antecedentes criminais, capacidade técnica, aptidão psicológica e, é claro, provar a necessidade efetiva de uma arma.
O fato é que desde 2003 o país já recolheu 550 mil armas de fogo, legalizadas ou não, nas campanhas de desarmamento. Nesta edição, por exemplo, já foram entregues 32 fuzis, 4 metralhadoras e 2 submetralhadoras. Em troca, é paga uma indenização de R$ 100, R$ 200 ou R$ 300 reais para cada arma entregue e o anonimato da pessoa é preservado.
Iniciativas como esta contribuem para evitar que atrocidades como a que ocorreu em Realengo – RJ, em março, voltem a acontecer. E mesmo quem não tem uma arma para entregar, pode contribuir para reduzir a violência no país. Como? Participando de movimentos que exigem e cobram do governo uma atuação mais efetiva no que diz respeito ao comércio ilegal e tráfico internacional de armas de fogo. Alguns exemplos são o trabalho realizado nacionalmente pelas ONGs Viva Rio e o Instituto Sou da Paz, que atuam em prol da redução da violência armada e o respeito aos direitos humanos.
Na sua opinião, a Campanha de Desarmamento é uma medida eficaz para a redução da violência armada no país? Conte para nós!
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