Desde 2003, por meio de programa Desmatamento Evitado, a SPVS contribui com a conservação dos últimos remanescentes de áreas naturais de ecossistemas ameaçados, como a Floresta com Araucária, encontrada principalmente nos Estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
O monitoramento da fauna é uma das atividades desenvolvidas nas áreas adotadas pelo projeto. Com recursos fornecidos pelo projeto, proprietários adquirem câmeras e armadilhas fotográficas que, com a orientação dos técnicos do programa, mensalmente são instaladas em diferentes pontos estratégicos das propriedades, com a intenção de capturar registros dos animais nativos que vivem nesses locais.
De acordo com a gestora ambiental e técnica do programa da SPVS, Natasha Choinski, os vídeos representam uma conquista para o projeto e para a conservação da biodiversidade. “É por meio dessa verificação que podemos constatar que nosso objetivo principal está sendo cumprido”, diz. Segundo ela, a presença de felinos, como o puma, é um indicador de qualidade do ambiente, já que a espécie depende de um espaço territorial grande e conservado para viver, com bastante diversidade de presas.
Ao longo dos anos, diversos animais entre aves e mamíferos já foram avistados nas reservas. Entre os felinos, estão o puma, a jaguatirica e o gato-do-mato-pequeno. Confira os registros:
Gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus)
Espécie aparentemente comum nos remanescentes florestais do Sul do Brasil. Tem hábitos noturnos, é solitário, ágil e considerado o menor felino do Brasil. Alimenta-se de roedores, marsupiais, aves e répteis. Está vulnerável no Estado do Paraná e no Brasil. Foi registrado por uma câmera instalada na fazenda Cerro das Flores, localizada no município de Bocaiúva do Sul (PR). A área é participante do Programa Desmatamento Evitado desde 2008.
Jaguatirica (Leopardus pardalis)
Espécie tipicamente florestal e de ampla distribuição. Solitários, formam casais somente no período reprodutivo. Possui hábitos noturnos e é um ágil nadador. Utiliza ocos de árvores e grutas como abrigo. Carnívoro, alimenta-se de pequenos vertebrados, aves e répteis, mas existem alguns registros do consumo de presas maiores como o bugio, por exemplo. Devido à supressão dos ambientes naturais, ao comércio ilegal de peles e aos frequentes atropelamentos, é uma espécie considerada vulnerável. Também foi registrado na fazenda Cerro das Flores, em Bocaiúva do Sul – PR.
Considerado o segundo maior felino das Américas, o puma (também conhecido como onça-parda, leãozinho-baio ou suçuarana) é uma espécie com hábitos crepusculares e noturnos, permanecendo em repouso durante o dia, em cima de árvores ou dentro de grutas. Está com o status de vulnerável no Paraná e no Brasil devido à destruição, fragmentação e descaracterização de seu habitat natural. Foi registrado na Fazenda Santa Mônica, em Ponta Grossa (PR). A área participa do programa desde 2009.
*Artigo escrito pela equipe da ONG Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS).
**Quer saber mais sobre cidadania, responsabilidade social, sustentabilidade e terceiro setor? Acesse nosso site! Siga o Instituto GRPCOM também no twitter: @institutogrpcom
-
Impasse sobre guerras ofusca agenda de Lula no G20 para combater a fome e taxar super-ricos
-
Decisão do STF de descriminalizar maconha gera confusão sobre abordagem policial
-
Enquete: na ausência de Lula, quem deveria representar o Brasil na abertura da Olimpíada?
-
“Não são bem-vindos a Paris”: delegação de Israel é hostilizada antes da abertura da Olimpíada
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS