Quando um profissional de Marketing vai lançar um produto novo no mercado ele deverá estabelecer estratégias que contemplem o ciclo de vida deste produto. A empresa produtora deste novo produto espera que ele tenha vida longa e produtiva. Embora não espere que o produto vá durar e vender indefinidamente, ela deseja obter lucro razoável para cobrir todos os esforços e riscos que foram investidos nele.
Quando este produto é visto e desenvolvido pela ótica do Marketing Ambiental e com a visão da sustentabilidade, seguindo a tendência global dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS 12 que preconiza assegurar padrões de consumo e produção sustentáveis o Ciclo de Vida Sustentável de Produto são marcados por seis estágios, assim definidos:
Projeto de produtos: São consideradas em seu projeto todas as implicações e variáveis de Sustentabilidade nos diversos estágios do Ciclo de Vida deste Produto. Dando apoio às decisões que digam respeito à composição de todos os componentes específicos do produto;
Matéria prima e insumos: São os produtos primários que comporão este novo produto mais os insumos, energia, água, manutenção, transporte, embalagens, etc. São tratados com todo o critério da sustentabilidade, inclusive os produzidos por fornecedores e terceirizados com todas as suas variáveis ambientais, sociais, econômicas, culturais;
Processo de produção: É a manufatura destes produtos dentro da fábrica, os diversos insumos e produtos sendo trabalhados para dar origem a este novo produto, incluindo aí também o trabalho realizado e seus aspectos laborais e legais;
Uso e consumo: São considerados os aspectos de uso e consumo deste produto, se sua utilização é ou não impactantes ao meio ambiente, para a saúde, implicações sociais e outros aspectos relevantes;
Disposição final: É analisada a sua disposição no meio ambiente, o destino de suas embalagens e todos os seus componentes e ainda sua reaplicabilidade e condições de reaproveitamento póstumo e sua conversão em novos e outros produtos.
Na disposição final também deverão ser observados mais dois aspectos, de suma importância, inclusive com implicações legais, tais como a logística reversa (Lei 13.205), que é dar solução e retorno ao fabricante ou empresas constituídas por este fabricante do produto obsoleto ou fora de uso, de suas embalagens e de seus componentes para que não fiquem ou sejam jogados de modo irresponsável no meio ambiente e que ainda, tenham um fluxo social inclusive serem tratados nessa via como uma nova atividade econômica pelos seus captores. Outro aspecto primordial nessa nova questão é a manufatura reversa, que é a desmontagem do produto e dos seus diversos componentes, matérias primas e insumos de modo que, após a logística reversa, eles sejam manipulados, desmontados (desmanufaturados) e dispostos de maneira ambientalmente responsável, impedindo assim a sua colocação inadequada e em locais impróprios e serem reaproveitados e/ reutilizados de maneira mais nobre, criando um novo ciclo social e econômico.
Estes subsídios às estratégias de Marketing das empresas (tipo de declarações ambientais, sociais e culturais ou esquemas de rotulagem), além de ajudar a evitar declarações simplistas de concorrentes, são baseadas em uma análise mais ampla do sistema de produção, identificando oportunidades de melhoramentos dos aspectos ambientais, na sua performance como produto e principalmente no seu posicionamento perante seu mercado consumidor, com a marca expressiva da sustentabilidade.
O Ciclo de Vida Sustentável de Produto corrobora que até 2030, conseguimos reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reutilização. Precisamos de profissionais que desenvolvam competências para navegar pelas complexidades ambientais, sociais, econômicas e culturais, rumo a um futuro melhor e mais saudável para toda a Humanidade.
*Artigo escrito por Hugo Weber Jr. – Consultor e Conselheiro voluntário do Núcleo de Instituições de Ensino Superior (NIES) do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE). O Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial – CPCE é colaborador voluntário do blog Giro Sustentável.
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