Em 2008, pela primeira vez na história, o número de pessoas vivendo em cidades superou o número de pessoas que vivem no campo. E, de acordo com o Programa de Cidades do Pacto Global da ONU, são as cidades que têm o maior potencial de influência na criação de sociedades sustentáveis. Entretanto, a construção ou reestruturação destes espaços são um desafio e parecem tomar direções opostas ao da sustentabilidade.
Mas o que é uma cidade sustentável? Pode-se dizer que são aquelas que atingem um equilíbrio de forma sistêmica nos âmbitos social, econômico, político e ambiental. Segundo a Rede de Cidades Sustentáveis, uma cidade sustentável se caracteriza por boas ações nas áreas de governança, consumo sustentável, ação local para saúde, melhor mobilidade e menos tráfego, economia dinâmica e sustentável, educação para sustentabilidade, cultura para sustentabilidade, planejamento e desenho urbano, gestão local para sustentabilidade, equidade, justiça social e cultura de paz, e bens naturais comuns.
Nesse sentido, um exemplo de superação vem de um país latino-americano. A metrópole Bogotá, capital da Colômbia, vem apresentando mudanças significativase resultantes de uma rede de ações bem estruturadas, desenvolvidas de forma integrada pelo poder público, privado e a sociedade civil.
A título de exemplo, para combater a violência, o orçamento para segurança pública dobrou, foram fixadas metas jurídicas claras de combate ao crime, com punições severas para a corrupção na polícia. E a partir de 1998, a reforma de Bogotá se intensificou: Um milhão de metros quadrados foram disponibilizados para novas praças e áreas de lazer. A prefeitura também investiu consideravelmente em transportes coletivos eficientes, implantando o “Transmilênio”, um sistema de corredores de ônibus capaz de diminuir o trânsito e reduzir a emissão de poluentes. As calçadas foram ampliadas e atualmente a cidade conta com mais de 330 quilômetros de ciclovias, uma das mais extensas do mundo.
O Brasil, que concentra 85% da população em áreas urbanas, também tem boas práticas em prol da sustentabilidade urbana. Confira alguns exemplos:
– Porto Alegre, no âmbito da governança, com seu programa de orçamento participativo;
– Curitiba, na área de planejamento e desenho urbano;
– Foz do Iguaçu, no aspecto de gestão de bens naturais comuns, com o projeto Cultivando Água Boa;
– Araçuaí, em educação sustentável, com o projeto Araçuaí Sustentável;
– Fortaleza, no âmbito de economia dinâmica e sustentável, com o projeto Banco Palmas;
– Macapá, em equidade, justiça social e paz, com o projeto Formação em Segurança Pública, Direitos Humanos e Cidadania.
Participe, divulgue e conheça mais sobre estas cidades e outros movimentos transformadores!
*Este artigo foi escrito pela equipe do Instituto Arayara, uma das ONGs cadastradas no projeto Serviços e Cidadania, do Instituto GRPCOM.
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