(Foto: SPVS - exemplo de área natural urbana, a RPPN Airumã)| Foto:
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A conservação de áreas naturais inseridas ou próximas aos centros urbanos representa um ganho tanto para a vida silvestre quanto para a sociedade. Os benefícios mais evidentes são a manutenção de habitats para a flora e fauna nativas e a melhora na qualidade de vida dos habitantes das cidades.

Pessoas que vivem próximas a áreas de mata nativa percebem mudanças significativas. Essas áreas costumam ter temperaturas mais agradáveis, já que a presença da vegetação combate o fenômeno climático conhecido como “ilha de calor”, comum em locais muito urbanizados. As plantas também melhoram a qualidade do ar, retendo poluentes atmosféricos e realizando trocas gasosas – capturando o carbono e liberando o oxigênio.

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As áreas naturais protegem o solo da erosão e dos deslizamentos de terra. E o risco de enchentes também pode ser controlado pela manutenção dessas áreas. A qualidade e a quantidade de água para o abastecimento público também estão diretamente ligados à presença de vegetação em torno das nascentes, margens de rios e áreas de recarga.

As vantagens da preservação surgem aliadas à beleza da vegetação nativa, que pode se tornar área de lazer para moradores e visitantes, além de tornar a vizinhança mais agradável. Soma-se a isso a contribuição dessa rede de áreas preservadas para que todo o ecossistema se torne mais resistente diante das mudanças climáticas globais.

Esses benefícios que obtemos da natureza são chamados serviços ecossistêmicos e são fundamentais para o nosso desenvolvimento social e econômico. A expansão das cidades sobre as florestas e o avanço das tecnologias podem fazer parecer mais distante o fato de que nosso progresso é dependente da conservação dos ecossistemas. O sintoma dessa negligência é a forma como os processos de tomada de decisão política e econômica têm dado pouca importância ao planejamento sustentável do desenvolvimento.

Cidades mais verdes e cidadãos mais familiarizados com as florestas nativas fazem pressão sobre os tomadores de decisão pela promoção do equilíbrio ambiental e pela manutenção dos serviços ecossistêmicos.

*Artigo escrito pela equipe da OSC Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental – SPVS, parceira do Instituto GRPCOM no blog Giro Sustentável.

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