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O mundo e sociedade sempre sofreram mudanças ao longo dos tempos. Mas nos últimos anos, essas mudanças são cada vez mais constantes e repentinas.
Quem imaginou que da noite para o dia o planeta inteiro ficaria em casa para conter um vírus? E que essa atitude mudaria tanto os hábitos de consumo e de vida de todos nós?
Pois é! Essas mudanças afetam pessoas e também organizações. Empresas precisaram se reinventar, mudar seu foco de atuação ou melhorar seus processos para dar conta de uma nova demanda de trabalho. E qual estilo de empresa/organização se saiu melhor nesse processo de adaptação? Aquelas que têm suas metas e estratégias anuais bem estabelecidas e levadas “ao pé da letra” ou aquelas flexíveis e antifrágeis, que trocam de estratégias de tempos em tempos, avaliando o cenário?
Você já deve imaginar qual foi, não é mesmo? E esse perfil de gestão – flexível e antifrágil – possui um nome e uma teoria: a gestão ágil!
O modelo ágil de negócio
A gestão ágil nasceu na área da TI com o objetivo de criar e responder às mudanças de forma rápida. É uma maneira de lidar com um ambiente incerto e turbulento e, em última análise, ter sucesso.
E com o passar do tempo as pessoas perceberam que estes desafios não são limitados aos “nerds de computador”, mas fazem parte de qualquer área ou empresa, o que fez com que as pessoas se perguntassem: “como podemos estruturar e operar nossa organização de uma maneira que nos permita criar e responder às mudanças e lidar com a incerteza?”
Mas, será que esse modelo de gestão cabe também no Terceiro Setor?
A resposta é, sim!
Pensando que todas as áreas podem se beneficiar de um ambiente ágil e pronto para responder às mudanças, a comunidade Agile Curitiba iniciou um trabalho voluntário com o Instituto GRPCOM para que o Terceiro Setor também possa conhecer e se beneficiar desta forma de trabalhar.
O Instituto GRPCOM começou essa jornada pelas OKRs, para definir suas metas, e implementou um modelo baseado em Scrum para execução. O objetivo foi fazer com que a equipe melhorasse seu desempenho e os colaboradores se sentissem mais motivados e pudessem reorganizar a rota com rapidez, para mudar as estratégias sempre que necessário.
As oportunidades para organizações que iniciam uma transformação ágil são muitas, entre elas: maior transparência, melhor colaboração, maior produtividade e menos riscos. O caminho pode ser longo, mas os benefícios são reais.
Daniel Francisco Wandarti, fundador do Agile Curitiba, é Agile Coach na Objective, com Mestrado em Informática Aplicada, MBA em Gestão de Empresas e certificações KSD/KSI pela Kanban University, CSM/CSP pelo Scrum Alliance e PMP pelo PMI. Iniciou sua jornada com agilidade há 15 anos, quando conheceu o Scrum.