Durante um bom tempo nós consumimos sem pensar efetivamente no que isso acarreta, não apenas para o nosso bolso, mas para a sociedade e para o nosso planeta.
Mas a facilidade do acesso à informação através da internet e a discussão de temas relevantes para a evolução da sociedade, estão fazendo com que pensemos duas vezes antes de comprar algo ou abrir a carteira para investir nosso “dinheiro suado” em algum serviço, por exemplo. O consumismo está começando a perder a sua força e está dando espaço para a colaboração.
O Bliive é um exemplo prático disso, a rede colaborativa de troca de tempo, na qual as pessoas cadastram-se num site e se dispõem a trocar seus conhecimentos e habilidades com outras pessoas, promove a colaboração e a socialização através da troca de experiências, provando que o dinheiro é menos necessário do que imaginamos.
Outro exemplo é o aplicativo Dois Camelos, criado para o Facebook, que facilita a troca de produtos entre os usuários da rede e promove o consumo consciente.
Depois da onda de consumo coletivo, onde muitas vezes o ato de comprar é mais relevante do que o que comprar, a sociedade pede algo mais consciente. Críticas à parte, não vou negar que é bom comprar algo por um valor abaixo do que é comercializado no mercado, e não deixa de ser também colaborativo. A grande questão é: o que está sendo comprado é consequência de uma necessidade ou de um impulso consumista?
Por esse motivo as iniciativas que promovem o consumo consciente descartando a necessidade de dinheiro para a realização do ‘’negócio’’ são tão interessantes. Por toda a criatividade que isso demanda e principalmente porque o foco não está no produto ou serviço comercializado, mas em quem procura e em quem oferece, na necessidade real das pessoas. Além da flexibilidade que possibilita a ambas as partes no que diz respeito ao que oferecer ou trocar, já que não há um valor monetário estipulado.
Ainda podemos refletir muito além, pois se pensarmos que um dos maiores motivos da desigualdade social é o dinheiro e que estamos iniciando um movimento de consumo e relações na sociedade em que não mais dependemos dele, estamos caminhando rumo a um possível futuro menos desigual.
Estamos há alguns anos na era da informação, onde para “ter acesso ao mundo” basta ter um celular conectado a internet, entramos agora na era da conscientização e da colaboração! Essas três combinações juntas só podem resultar em coisa boa!
Viva a rede! Vida o ser humano!
*Artigo escrito por Liana Weigert, colaboradora do Instituto GRPCOM em Curitiba.
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