Quando pensamos em crianças, já nos vem à mente o brincar, o correr e o sorrir. Mas, hoje, o que presenciamos? As crianças diante de equipamentos eletrônicos ou sendo estimuladas pela família a consumirem em excesso, distantes de um brincar livre, alegre e descomprometido. Para reforçar a importância das brincadeiras tradicionais, que não exigem brinquedos caros e estruturados (com uma função específica), foi realizada entre os dias 22 e 28 de maio, a Semana Mundial do Brincar. Durante o evento, promovido desde 2009 pela Aliança pela Infância, voluntários organizaram atividades principalmente em espaços abertos, com música, contação de histórias e manifestações culturais.
A existência de uma data para sensibilizar as famílias sobre a importância do brincar se mostra importante diante dos desafios da infância no mundo contemporâneo, tecnológico e consumista. A criança não se diverte apenas com os objetos, mas com a criação, e, no caso das menores, tudo é novidade. Elas brincam com resíduos sólidos higienizados, com caixas – basta o adulto ser criativo e se disponibilizar corporalmente para o brincar. Precisamos pensar num resgate desses exercícios de imaginação, para que as crianças vivam intensamente a infância e possam se tornar adultos felizes e bem resolvidos.
Brincar sem gastar. Brincar sem consumir. Sim. Essa é a premissa das famílias, ou melhor, deveria ser. Pois o brincar sem consumir faz a família ficar mais próxima e viver mais intensamente a sua relação e os seus valores. Neste brincar com a família, com os entes queridos, está toda a dinâmica que fortalece condutas e comportamentos que devem ser aprendidos. Por isso, que tal recuperar as brincadeiras com sucata, o soltar a pipa construída em casa?
Vale repensar o consumo desenfreado, a preocupação de dar aos nossos filhos aquilo que não tivemos, como se no material pudesse estar contido um ganho emocional. Ledo engano. O maior ganho emocional está no encontro com seus pares, em atividades simples, como fazer um bolo ou um brigadeiro de panela.
*Artigo escrito por Esther Cristina Pereira, vice-presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR) e diretora da Escola Atuação. O SINEPE é colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Giro Sustentável.
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