É tempo de Copa do Mundo. Época em que até quem não acompanha futebol pára para assistir TV. Todos os noticiários só falam do esporte que está sendo jogado na África do Sul neste momento. O blog do Instituto RPC não poderia ficar de fora e por isso traz aqui um assunto que tem a ver também com um tema recorrente em posts anteriores: sustentabilidade.
Na África do Sul, tal como foi em 2006 na Copa da Alemanha, uma série de medidas foram tomadas para reduzir os danos ambientais causados pela construção e reconstrução de estádios e pelo aumento do número de pessoas que visitam o país durante o evento. Há até um programa oficial em parceria com a FIFA, o Gol Verde, “direcionado a identificar os possíveis problemas, evitá-los ou minimizá-los quando possível e compensar ou neutralizar as influências adversas” (veja mais no site da FIFA).
O estágio de inovação sul-africano, no entanto, ainda é considerado intermediário em relação ao que se espera da Copa no Brasil, de que seja a primeira com mudanças sustentáveis em larga escala. Nos projetos dos estádios brasileiros, o que se vê são ideias como o uso de bioetanol e energia geotérmica para gerar eletricidade, sistema para repelir o calor do nordeste e assim evitar gastos com refrigeração, placas fotovoltaicas, reaproveitamento e tratamento da água da chuva…
Tudo isso é possível, mas é preciso mais do que bons projetos. É necessário também esforço político e mobilização da sociedade (ver exemplo no vídeo abaixo). No final de abril, os Ministérios do Esporte e do Meio Ambiente do Brasil firmaram um acordo de cooperação visando garantir uma agenda sustentável tanto para a Copa de 2014, quanto para as Olímpiadas de 2016. É um bom começo, por mais atrasados que já estejamos nas obras da Copa.
Fala-se em “eventos verdes”, em dar exemplo para o resto do mundo. Como diria o outro, “quem viver, verá!”.
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