Ao considerar os grandes eventos esportivos que acontecerão neste e no próximo ano no Brasil, muitas empresas e empreendedores estão antecipando investimentos e definindo novos projetos. Naturalmente os negócios mais impactados por estes eventos são turismo (hotelaria, transportes, alimentação), comunicação e marketing, além dos produtos relacionados aos eventos (material esportivo, vestuário, suvenires).
Dentro de cada um destes segmentos, uma variedade de produtos, subprodutos e serviços poderão aproveitar a bolha de consumo e se traduzir em trabalho, renda e lucros. Alguns empreendimentos irão ultrapassar este momento, sendo que a maioria provavelmente se esgota ao final dos eventos.
É o momento de inovar, ser criativo, ousar. Tudo devidamente mapeado: o gosto do consumidor, sua propensão a consumir e gastar, valores médios a serem despendidos pelos turistas nas cidades-sede, quantidade de público visitante esperado, pontos estratégicos para a exposição do aluguel ou da venda de produtos e serviços, além da maneira de apresentação dos mesmos. Estes são alguns aspectos a serem cuidadosamente estudados e planejados.
Assumir financiamento para abertura ou ampliação do negócio, só sob séria avaliação dos riscos, dada a temporalidade dos mesmos na maior parte dos casos. Tudo que o país não precisa é de uma massa de endividados, desempregados, desesperados e estoques e mais estoques de produtos invendáveis, inservíveis e de má qualidade; resíduos sem destinação a expor a falta de planejamento, a falta de visão empresarial, o subdesenvolvimento da nação brasileira. Copa Verde?
Todavia, esta é sem dúvida uma circunstância que pode ser muito bem aproveitada, inclusive para oportunizar experiências de internacionalização e de aculturação. Aos nossos jovens, que lhes sejam descortinadas possibilidades ímpares de se comunicarem em outras línguas, de trocarem experiências culturais (culinária, hábitos e costumes, música e outras expressões artísticas) e de enriquecerem seu patrimônio pessoal experiencial.
As escolas públicas e particulares estão trabalhando estes temas com os jovens? Estão preparando os jovens para tirar o melhor proveito desta situação? O lucro da realização de eventos deste porte no país e nas cidades-sede não é só econômico: é cultural, é social. Hora, portanto, de inventar, criar e romper paradigmas.
E… que tal um negócio social aí? Alguém tem alguma boa ideia?
>> Artigo escrito por Ana Lucia Jansen de Mello de Santana, professora de Economia, coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre o Terceiro Setor (NITS) da Universidade Federal do Paraná e conselheira do projeto Serviços e Cidadania do Instituto GRPCOM.
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