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EducAÇÃO – Educação de qualidade
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Observando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável– ODS, percebemos o quanto são conectados. Para uma educadora, os dois que devem mais  chamar a atenção: ODS 4 – Educação de Qualidade e ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico. Não que os demais não sejam fundamentais, mas dado o momento que o país vive e, com a proximidade do novo ano, vemos as expectativas tomarem conta do nosso imaginário como educadores. Isto pode acontecer de duas formas: com o simples desejo de que as coisas sejam diferentes e, principalmente melhores, ou construindo uma ponte que nos conduza a um futuro de oportunidades para as quais possamos estar preparados. E, é neste sentido que podemos debater sobre a emergência e relevância de uma educação de qualidade como agente do crescimento e desenvolvimento sustentável.

Desdobrando as metas dos respectivos objetivos, é possível verificar, por exemplo, que o item 4.7  “Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável” é perfeitamente correlacionável com o item 8.3 “Promover políticas orientadas para o desenvolvimento que apoiem as atividades produtivas, geração de emprego decente, empreendedorismo, criatividade e inovação, e incentivar a formalização e o crescimento das micro, pequenas e médias empresas, inclusive por meio do acesso a serviços financeiros”.

Mas isso não é coincidência, demonstra como os objetivos estão alinhados, principalmente como educação e desenvolvimento se complementam e retroalimentam. Não é o caso de ficarmos pensando quem vem primeiro, e sim de investirmos na educação. Significa que podemos aprender com a história e com a experiência de outros países como Japão, Coreia do Sul entre outros, os quais saíram da pobreza extrema para patamares invejáveis de desenvolvimento humano, econômico e social. Japão é a terceira economia do mundo e a Coreia do Sul décima primeira economia.

O mundo do trabalho muda, ainda bem, pois somos seres com necessidades ilimitadas. As formas de lidar com o trabalho vêm sofrendo disrupções, as inovações tecnológicas facilitam diferentes organizações produtivas, já não precisamos sair de casa para trabalhar, e contribuir com a construção de uma sociedade mais justa e equânime. Embora muitas atividades produtivas deixem de existir, inúmeras outras devem surgir. A tecnologia gera novos postos de trabalho. Para exercermos estas novas funções precisamos estar preparados. Na competência dessa nova geração Z além de novos  conhecimentos e habilidades devemos desenvolver as atitudes importantes neste novo cenário: a colaboração, o trabalho em equipe com outras gerações,  a ética e principalmente propósito e ação para fazer a diferença positiva são fundamentais.

A educação, em todos os níveis, vem sendo repensada e discutida, pois os currículos já não dão conta destas novas atribuições. O caminho é desafiador, mas possível. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS falam de pobreza, desigualdade, saúde, gênero, inovação, cidades, cultura da paz, desafios ambientais como: água, energia, modelo de consumo e produção, mudanças climáticas biodiversidade marinha e terrestre para em parceria alcançar o desenvolvimento sustentável. Afinal como a educação pode colaborar para nesta construção da sociedade mais justa?

Seguindo neste contexto é importante adotarmos a cultura da educação continuada, para toda a vida, além dos bancos escolares, com fins específicos, com capacidade de gerar resultados efetivos, de excelência. O espírito inovador pode ser aprendido e estimulado, não há limites para a criatividade humana. A propósito, por mais que convivamos com altas tecnologias, big data, carros autônomos, inteligência artificial, devemos lembrar que tudo isto é fruto da imaginação e capacidade de criação advindas do homem.

Que nós fazemos a diferença. Que muitos destes projetos, nasceram pequenos, localmente, aliás é onde tudo acontece. Agindo localmente somos capazes de gerar mudanças globais. Mas tudo isto precisa de um verbo e de um foco orientador “educAÇÃO” para que possamos construir uma sociedade com empregos decentes, capaz de acolher a todos os trabalhadores, independente de sua idade.

Que venha 2018, e nos encontre em plena atividade intelectual, espiritual e laboral. Só assim estaremos coerentes com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS. Assim, transformando a nós mesmos, poderemos ser a mudança que desejamos para o mundo. Boas Festas, e muita inovação e criatividade, afinal Fernando Pessoa já afirmava “navegar é preciso, viver não é preciso” e desta imprecisão vem a beleza da Vida!

*Artigo escrito pela economista colaboradora voluntária Angela Broch e a socióloga  Rosane Fontoura,  coordenadora executiva do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE). O Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial – CPCE é colaborador voluntário do blog Giro Sustentável.

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