Promover a educação, a formação e o desenvolvimento profissional das mulheres são princípios para o empoderamento de gênero afirmados pela ONU Mulheres Brasil e a Rede Brasileira do Pacto Global.
As instituições de ensino e corporações devem alcançar a realidade brasileira, caracterizada por diversidades regionais, econômicas e de acesso à educação e ao trabalho. Reconhecer as necessidades das mulheres para promover o empoderamento exige um novo pensar nas possibilidades educacionais que vão além da formação tradicional. Há consenso na literatura que as mulheres brasileiras vêm avançando no campo educacional, contudo esse avanço não foi acompanhado por conquistas no mercado de trabalho. Dados do IBGE/PNAD – 2014 indicam que as mulheres representam 57% da População Economicamente Ativa e apenas 36% do total de mulheres estão empregadas e, ainda, o salário das mulheres representam 85% do salário dos homens independentemente da jornada e do nível de escolaridade, sinalizando a complexidade do problema.
As mulheres reverteram o hiato de gênero na educação, mas não reverteram os hiatos ocupacional e salarial. A sociedade deve encarar a seguinte reflexão – Quais os obstáculos diretos e indiretos para a igualdade de gênero no âmbito do trabalho? Responder essa pergunta demanda ação das empresas e das instituições de ensino. Equacionar as razões que a escolarização das mulheres não tem garantido acesso a postos de gestão e ascensão profissional na mesma condição que os homens, também é papel da educação, que vai da educação infantil aos bancos universitários, exigindo novas abordagens educacionais. Para a problemática de gênero apontada devemos analisar os objetivos terceiro e quarto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Efetivar esses objetivos é o grande desafio: assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos (objetivo terceiro); as mulheres têm avançado nos diversos níveis educacionais, contudo não têm garantido a efetivação do objetivo quarto em alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. Qual o papel da educação para dirimir essa dicotomia? Entendemos que as instituições de ensino devem buscar novas metodologias inclusivas do ponto de vista de gênero buscando empoderar as mulheres para o mercado de trabalho. As Instituições de Ensino Superior precisam estabelecer parcerias com as demais instâncias sociais, Estado, empresas e a sociedade, num processo colaborativo que busquem adequação às regionalidades e a interiorização e a expansão das diversas modalidades de ensino: presencial, semipresencial e a distância.
O relatório promovido pela UNESCO discorre sobre os desafios e perspectivas da educação superior brasileira para a próxima década e aponta a necessidade de evolução com a modalidade de ensino a distância que possibilitará a gestão do acesso ao conhecimento por sujeitos que, por alguma razão, não podem ou não querem realizar estudos presenciais em instituições educacionais. Nesse ponto muitas mulheres se encontram em especial nas regiões de difícil acesso ou que exigem afastamento da família. São barreiras vividas por muitas mulheres. A ONU Mulheres Brasil aponta que “no mundo cada vez mais globalizado e interligado, a utilização de todos os ativos socioeconômicos é crucial para o desenvolvimento dos negócios e sustentabilidade do planeta”, então como podemos desperdiçar as pessoas – mulheres – com escolarização para o trabalho? Este ponto as empresas devem responder.
*Artigo escrito por Drª Ivana M. S. Busato, Coordenadora do curso Gestão em Saúde Pública e Dr. Rodrigo Berté, Diretor da Escola Superior de Saúde, Meio Ambiente e Sustentabilidade, e Humanidades do Centro Universitário Internacional UNINTER, pertencente ao Núcleo de Instituições de Ensino Superior (NIES) do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE). O Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial – CPCE é colaborador voluntário do blog Giro Sustentável.
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