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Empresas adotam serviço de entrega feito por ciclistas

SXC

Há alguns anos o país vem sofrendo com a quantidade de carros e motociclistas que circulam diariamente pelas ruas. O Brasil tem o maior número de motoboys do mundo – dados do Sindimoto – SP (Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas do Estado de São Paulo). Em todo o país são mais de 900 mil motoboys e só no estado de São Paulo estão localizados 500 mil deles. Os números são alarmantes, diante do momento que o mundo vive com a preocupação com o impacto ambiental causado pela emissão de carbono.

A alternativa encontrada por algumas companhias para contribuir com uma logística mais sustentável, foi a adoção de empresas de serviços de entrega feitos por ciclistas. Ao invés dos tradicionais motoboys, estas empresas utilizam bikeboys, para realizar os serviços de busca e entrega. O serviço funciona da mesma maneira: o cliente liga para a empresa, solicita o serviço e o entregador, usando bicicleta e capacete, sai para fazer as entregas. O serviço possui suas vantagens e desvantagens.

Entre os benefícios está o preço mais em conta da entrega e a poluição zero. Porém, entre as complicações está a dificuldade de realizar entrega e o tempo mais longo para lugares mais afastados. A iniciativa é valida a partir do momento em que as motocicletas são doze vezes mais poluentes do que os carros. Enquanto, em um carro zero, a gasolina lança no ar 0,4 gramas de monóxido de carbono, por quilômetro rodado; uma moto nova emite 6 gramas na mesma distância. As motos, inclusive, são mais poluentes que os ônibus.

Uma pesquisa realizada pelos Programas de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores mostrou que uma moto emite mais monóxido de carbono e hidrocarbonetos que um ônibus – em valores absolutos. Por isso, Bike boys, alternativa sustentável, mas vale revisar as normas gerais de circulação e conduta para ciclistas.

*Artigo escrito pela equipe do ISAE/FGV, instituição parceira do Instituto GRPCOM.

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