A comunicação hoje é grande problema da humanidade. Os ruídos que há entre o emissor e o receptor acabam levando a desacordos e desentendimentos muitas vezes irreversíveis. Mas há quem diga que a comunicação é a solução de vários problemas, principalmente nas organizações, onde cada área fala sua linguagem e há falhas no processo.
O coordenador do MBA em Desenvolvimento Humano de Gestores, Edmarson Bacelar, aborda que o principal problema é a falta de responsabilidade do colaborador. “A falta de responsabilidade gera indefinição. Muitas vezes, áreas ou pessoas não qualificadas, ou com as devidas informações, comunicam de forma errônea”, coloca. Porém, onde começa a falha? Quem emitiu, ou quem recebeu ela? Em um comunicado escrito, as vezes uma vírgula muda todo o sentido da frase. Por isso, Bacelar acredita que o erro é no início da comunicação. “Acredito que a “culpa” seja do emissor, pois ele deve saber de suas responsabilidades e limites, além das políticas da empresa”, aborda.
Comunicar-se de forma limpa e objetiva é o melhor jeito para alcançar a excelência em sua informação. Nem sempre detalhar muito, ou deixar complexo demais, atingirá o que você precisa. É preciso adequar sua linguagem, para que o comunicado chegue com o intuito certo e com extrema clareza, não deixando dúvidas no receptor. “Validar e submeter, sempre que possível, a informação a ser comunicada para pessoas deste grupo, de modo a fazer os ajustes necessários, evitando distorções ou linguagem inadequada ao público-alvo”, afirma Edmarson.
Mas como ser assertivo em meus comunicados? Como posso atingir meu público interno de forma correta? Este é um ponto importante neste momento. Até porque é necessário que você tenha empatia com quem quer conversar. Pois as pessoas não dão relevância, ou levam em consideração o que a pessoa está falando, se ela não tem afinidade, ou não vê nela credibilidade para tal. Segundo Edmarson, “é preciso ter transparência e conhecimento das políticas e regras da organização, além de considerar o que pode ser dito”.
Em muitos casos, as empresas definem uma área de comunicação interna, que é responsável por definir e comunicar as coisas mais importantes, além de incentivar e procurar a melhor forma das áreas se relacionarem, fazendo com que elas se comuniquem mais assertivamente. Porém não é ela que deve falar tudo dentro da empresa. “Deve haver definição das responsabilidades por áreas, para que ocorra no nível adequado de competência. Em comunicações “sensíveis”, crises ou estratégicas, acho que a centralização é importante”, coloca Edmarson.
Ter clareza em suas responsabilidades e saber comunicar assertivamente é a chave para que a empresa tenha uma comunicação integrada. As áreas devem saber que têm que informar a organização, assim como falar com outras áreas. Já a comunicação interna institucional deve ser clara e breve, sendo imprescindível a agilidade da comunicação. Emissor e receptor devem conversar para que os ruídos não venham interferir nas decisões e caminhos a serem tomados.
*Artigo escrito pela equipe do ISAE/FGV, publicado também na 38ª Edição da Revista Perspectiva. O ISAE/FGV é uma instituição parceira do Instituto GRPCOM.
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