Ademir Grein, fundador da Fraternidade da Capulana, atua desde 2009 realizando trabalhos voluntários e atividades que ajudam a garantir educação, alimentação e condições sanitárias básicas para crianças órfãs em Moçambique. A partir de então, com suporte da Fraternidade, os projetos foram ampliados, alcançando cada vez mais pessoas ao redor do país e de todo o mundo.
O nome da organização foi dado em homenagem aos tecidos com estampas geométricas características dessas regiões africanas. A Capulana possui diversas funções para os cidadãos de Moçambique, como roupas, turbantes e slings (amarrações com o tecido para carregar o bebê junto ao corpo).
Em 2019, foi desenvolvido o projeto Capulanas do Amanhã, que possibilitou, através de apadrinhamento direcionado, o ingresso das crianças em escolas particulares. O projeto permite o compartilhamento de cartas, notícias, presentes, fotos e até videochamadas entre padrinhos e afilhados, trazendo acolhimento, aumentando o suporte emocional da criança e incentivando seus estudos.
Atualmente, a Fraternidade da Capulana também realiza projetos que auxiliam na reestruturação e autonomia de famílias e crianças atingidas pelo ciclone IDAI, incentivando o plantio de alimentos como a mandioca e o arroz, construindo casas com materiais acessíveis e sustentáveis como o hiperadobe e possibilitando uma realidade mais saudável fisicamente e mentalmente, para indivíduos com pouco ou nenhum acesso a condições, que deveriam ser, básicas para todos os seres-humanos. “O projeto ainda conta com um berçário de mudas para introdução do plantio de verduras e legumes que atendem cerca de 500 famílias no país.” relatam os organizadores.
No Brasil, além de realizar inúmeras ações pontuais durante a pandemia do COVID-19, a OSC desenvolveu o “Fraternidade em Campo”, projeto que atua com pessoas em situação de rua, levando kits de higiene, roupas, cobertores e afeto, sempre com o objetivo de buscar formas para auxilia-los na reabilitação e reinserção na sociedade.
A Fraternidade da Capulana foi a vencedora do 1º Prêmio Impulso de Boas Práticas no 3º setor, a premiação faz parte do Programa Impulso do Instituto GRPCOM. A OSC foi premiada na categoria de Compliance e Análise de Riscos, com um projeto que visa garantir um departamento de ouvidoria apropriado e transparente. Segundo a instituição “Apesar de não possuir muitos recursos financeiros, foi criada uma saída mais simples, uma ouvidoria com questões pelo Google Forms, onde as respostas são enviadas diretamente para o conselho fiscal da instituição”, desenvolvendo assim, uma prática sem custo capaz de atender a todos os apoiadores.
*Artigo escrito por Andressa Pereira, formada em Psicologia e estudante de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Andressa é colaboradora voluntária do blog Giro Sustentável da Gazeta do Povo.
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