Fazer o bem sem olhar a quem tem um significado diferente para cada indivíduo que atua no universo do voluntariado. A gratuidade do trabalho voluntário gerada na doação de tempo e talento representa muito mais do que a sensação de dever cumprido para o cidadão. Pesquisas da VNU (Programa de Voluntários das Nações Unidas) mostram que em países em desenvolvimento – como o Brasil – o voluntariado representa 0,7% do PIB Nacional.
Isso representa em todo o mundo mais de 400 bilhões de dólares “doados” por ano para o planeta, já que somamos mais de 140 milhões de voluntários. Se rapidamente dividirmos o país em três partes, um terço dos brasileiros já fez alguma atividade voluntária. O pensamento se baseia na última pesquisa divulgada em dezembro de 2014 pela Fundação Itaú Social e o Instituto Data Folha que aponta três brasileiros em cada dez que já fizeram alguma ação social transformadora.
Apesar de parecer pequeno este grupo representa um número gigante, tanto de quantidade de voluntários, quanto de valor gerado em gratuidades, como o impacto social e valor monetário. São os voluntários que, sem medir esforços, realizam suas ações transformadoras e fazem com que esse PIB cresça a cada dia.
Sabemos que o Brasil tem um grande potencial para o voluntariado. Além das iniciativas espalhadas pelos quatros cantos do país, como a do Centro de Ação Voluntária de Curitiba, que une e integra instituições e pessoas que desejam atuar como voluntárias na área social, existem instituições 100% mantidas por voluntários. Uma maneira de validar e reconhecer a presença de voluntários é por meio do termo de adesão ao serviço. Ele é o documento oficial que reconhece e descreve o trabalho realizado na instituição.
Por mais que os números sejam essenciais em nosso cotidiano, sabemos que nunca as ações daqueles que desejam transformar o mundo foram baseadas em relatórios, mas sim no desejo de viver em uma sociedade mais justa e humana. Essa é a prova de que a mudança da sociedade tem início na transformação do cidadão.
*Aline Vonsovicz é jornalista voluntária do CAV – Centro de Ação Voluntária de Curitiba, instituição parceira do Instituto GRPCOM.
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