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A importância da educação ambiental para a sustentabilidade
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Na busca por uma consciência mais crítica sobre a sustentabilidade, a educação ambiental deve ser trabalhada de forma abrangente para atingir a todos os cidadãos. Ela pode ser entendida como uma metodologia, em que cada pessoa pode assumir e adquirir o papel de membro principal do processo de ensino ou aprendizagem. Os atuais problemas ambientais revelam uma crise do antropocentrismo (do grego, anthropos “humano” e kentron “centro” que significa homem no centro). Não é a natureza que está em desequilíbrio, mas a forma como as sociedades estão estruturadas.

A sustentabilidade ocorre a partir de uma lógica que satisfaça as necessidades atuais, sem comprometer as gerações futuras, pois o saber ambiental emerge de uma reflexão sobre a construção da própria vida humana no planeta. Enxergamos como fundamental que todo ser humano cumpra com os seus deveres e obrigações cuidando bem da natureza. O processo de educação ambiental requer então uma mudança comportamental.

O esgotamento nos ecossistemas dos recursos naturais e sua degradação requerem ações não somente reativas, mas sim, cada vez mais proativas num mundo em que o saber ambiental emerge de uma reflexão do nosso projeto de dominação baseado na dualidade homem e natureza. A transformação do conhecimento em forma de tecnologias e instrumentos tem nos mostrado que estamos utilizando indevidamente os saberes adquiridos.

Inúmeras discussões sobre a educação ambiental surgiram de uma necessidade histórica que, desde a década de 60, no século XX, discutem a relação do homem com a natureza tentando, de certa forma, buscar alternativas sustentáveis, sendo um dos caminhos para tentar mudar a relação da humanidade com a natureza.

Segundo alguns estudiosos num terreno altamente político e ideológico, a educação ambiental surge como proposta ao enfrentamento dessa crise por meio da articulação entre as dimensões sociais e ambientais. A preocupação com o tema no Brasil iniciou-se mais intensamente na década de 90 com a aprovação da Lei 9.795, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental. A lei afirma tratar-se de um componente essencial e permanente da educação no país, devendo estar presente de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal em cada comunidade.

A educação ambiental deve ser abordada de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nas diversas disciplinas do currículo e contextualizados com a realidade de cada comunidade.

Para tanto, deveremos utilizar de metodologias ativas que propiciem a educação ambiental sensibilizando e alertando para um sistema cíclico, recíclico e não linear alcançando o pensamento sistêmico. Buscar em cada plano de ensino gerar o conhecimento dos componentes e dos mecanismos que regem os sistemas naturais, além de apresentar propostas de responsabilização e reconhecimento do ser humano como principal protagonista.

É necessário gerar a devida competência para a capacidade de avaliar e agir efetivamente na gestão do sistema nos mais variados ambientes educativos. Assim como, ajudar a exercer a cidadania na participação ativa da mudança e resgatar os direitos promovendo uma nova ética capaz de conciliar o ambiente e a sociedade.

A educação ambiental tornou-se instrumento importante para construir um futuro melhor para as próximas gerações de forma sustentável. Ela compreende os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltados para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum da sociedade, fundamental para a qualidade de vida e a sua sustentabilidade.

Nos meios sociais a educação ambiental deverá ser trabalhada não de forma fragmentada, estanque, imóvel ou ainda limitada às comemorações de datas como dia do meio ambiente, dia da água ou dia do índio. Não podemos mais ficar apenas com discussões a respeito da reciclagem ou separação de lixo, dos desastres ambientais, enchentes e outros temas catastróficos. Podemos sim educar para o despertar de uma consciência e práticas de ações ambientais sustentáveis.

 

*Artigo escrito por Claudio Bilyk, Mestre Profissional em Geração de Tecnologia com ênfase em Meio Ambiente e Desenvolvimento. Professor do UniOpet nos cursos de Engenharia, instituição associada ao Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR). O Sinepe é parceiro do Instituto GRPCOM.   

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